"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Efemérides

Morte de Gonçalves Crespo

A 11 de junho de 1883, morreu o jurista e poeta português António Cândido Gonçalves Crespo.

(Rio de Janeiro, 11 de março de 1846 - Lisboa, 11 de junho de 1883) 

Gonçalves Crespo foi um jurista e poeta português de influência parnasiana, membro das tertúlias intelectuais portuguesas do último quartel do século XIX. Nascido nos arredores da cidade do Rio de Janeiro, filho de mãe escrava, fixou-se em Lisboa aos 14 anos de idade e estudou Direito na Universidade de Coimbra. Dedicou-se essencialmente à poesia e ao jornalismo.
Foi colaborador de diversos periódicos, entre os quais O Occidente (1878-1915) e a Folha, o jornal de Coimbra em que era diretor João Penha, o poeta que introduziu o parnasianismo em Portugal, tendo colaborado igualmente na revista literária República das Letras (1875). Colaborou também nas revistas Renascença (1878-1879?), A Mulher (1879), Jornal do domingo (1881-1888), A Leitura (1894-1896), Branco e Negro (1896-1898), Serões (1901-1911) e na Revista de turismo lançada em 1916. Como poeta estreou-se com a coletânea Miniaturas, publicada em 1870. Também se dedicou à tradução, publicando versões em português de poemas de Heinrich Heine.
A 12 de março de 1874, ainda estudante, casou com a poetisa e escritora Maria Amália Vaz de Carvalho, integrando, graças a ela e ao seu círculo de amigos, o mundo das tertúlias intelectuais de Lisboa. Influenciado pela escola parnasiana, nas suas obras poéticas abandonou a estética romântica, afirmando-se como poeta de grande qualidade, particularmente após a publicação póstuma da sua obra completa (1887). A sua coletânea Nocturnos conheceu várias edições (1882, 1888, 1897, 1923, 1942). Em colaboração com a sua mulher publicou o livro Contos para os Nossos Filhos (1886).

 


 

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