Notícias
AFONSO PAIS PREPARA-SE PARA EDITAR "TERRA CONCRETA"
Este é um projeto de Duos que nasceu a partir da ideia do registo de composições fora de um estúdio ou da habitual sala de espetáculo e, em vez disso, ter integralmente o meio natural como veículo de inspiração e influência: sem geradores, só instrumentos acústicos e gravado nas zonas mais remotas dos nossos Parques Naturais.
Afonso Pais, duos com: Albert Sanz, Luísa Sobral, Beatriz Nunes, Joana Espadinha, Rita Martins, João Firmino
Este é um projeto de Duos que nasceu a partir da ideia do registo de composições fora de um estúdio ou da habitual sala de espetáculo e, em vez disso, ter integralmente o meio natural como veículo de inspiração e influência: sem geradores, só instrumentos acústicos e gravado nas zonas mais remotas dos nossos Parques Naturais. A escolha dos locais ideais recaiu sobre as zonas naturais mais preservadas e com maior biodiversidade e o registo em disco representa cerca de um ano de incursões no campo, resultando na seleção de temas que melhor representa o momento espontâneo e consequente do meio-envolvente.
Na raiz deste projeto está a ideia de um reencontro com um momento há muito perdido, o instante em que a criação musical se torna consequente e indissociada de um meio envolvente específico que é para nós atávico: o natural.
Na procura dos locais mais remotos, simultaneamente em termos de preservação natural e maior proliferação de vida selvagem, a importância da natureza revela-se essencial nos vários passos de metamorfose do processo criativo: na transição de ideia abstrata para conceito musical, de esboço de canção a arranjo final da mesma, e, finalmente, da música já escrita à sua gravação ao vivo e no meio natural, sem edições, concreta.
A escolha da "gravação ideal" de cada peça apresentada, tem como imperativo a máxima simbiose música/ momento e local naturais, propondo ilustrar sonoramente o momento natural, irrepetível.
As versões constantes no trabalho discográfico refletem o carácter tempestivo e clara integração musicais, patentes nas interpretações, improvisos, paisagens sonoras, e, ocasionalmente, nas interações entre avifauna e músicos.
O resultado é absolutamente original, um documento sincero de gratidão para com quem antes de mim pôde usufruir da inesgotável inspiração que dela podemos extrair e com generosidade heroica quis a ela dever a determinação de viabilizar a inspiração de futuros pelo seu usufruto, preservando-a.
"Terra Concreta", ponto simultâneo de partida e chegada, sempre, mas nunca de passagem.
Afonso Pais
Licenciado pela New School (NY), desenvolve desde há quinze anos um trabalho de composição exploratório das várias vertentes e possibilidades da música improvisada e escrita. Como instrumentista, tem-se expressado essencialmente através da guitarra, mas também do piano e do contrabaixo, estando sete trabalhos discográficos em seu nome presentemente disponíveis no mercado: Terranova (Clean Feed, 2004), Subsequências, com Edu Lobo (ENJA, 2008) Fluxorama (JACC Records, 2010), com Albert Sanz, Onde Mora o Mundo (Orfeu, 2011), em coautoria com JP Simões, Míope e o Arco-Íris (Sintoma, 2013), em coautoria com Rita Martins, Cine Qua Non (TOAP, 2013), um coletivo com João Paulo Esteves da Silva, Paula Sousa e Mário Franco, e Terra Concreta (E.d.A, 2014), gravado exclusivamente em reservas naturais. Desde 2001 lecionou nas escolas superiores: ESML (Escola Superior de Música de Lisboa), ESMAE (Escola Superior de Música do Porto) e Universidade Lusíada de Lisboa, tal como na escola do Hot Clube de Portugal. Participa enquanto arranjador, diretor musical e compositor nos projetos de Joana Machado e do cantautor J.P. Simões. Tem apresentado a sua música em vários festivais internacionais de jazz, salas de concerto e clubes, em Portugal, Espanha, Marrocos ou E.U.A., e atuado com músicos como Edu Lobo, Ivan Lins, Rui Veloso, Sueli Costa, Perico Sambeat, Albert Sanz, Peter Bernstein, Mário Laginha, Dee Dee Bridgewater, Jorge Reis, Carlos Barreto, Alexandre Frazão, entre outros.