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FRANCISCO CAMACHO APRESENTA SOLOS ICÓNICOS DA DANÇA CONTEMPORÂNEA PORTUGUESA NO MÉXICO
O coreógrafo e bailarino Francisco Camacho irá apresentar “Nossa Senhoras das Flores” e “Rei no Exílio - Remake”, verdadeiros marcos da dança contemporânea portuguesa e europeia em México DF e em Michoacán, num ano que se assinalam 150 anos de relações Portugal-México.
O coreógrafo e bailarino Francisco Camacho irá apresentar “Nossa Senhoras das Flores” e “Rei no Exílio - Remake”, verdadeiros marcos da dança contemporânea portuguesa e europeia em México DF e em Michoacán, num ano que se assinalam 150 anos de relações Portugal-México.
Os espetáculos terão lugar de 17 a 19 de julho no Teatro de La Danza, um dos espaços culturais mais emblemáticos da capital mexicana e que durante o mês de julho dedica a sua programação a artistas internacionais. Para além de Portugal, sobem ao palco artistas da Costa Rica, Argentina, Espanha e Perú.
De 22 a 27 de julho, Francisco Camacho representará Portugal no XVII Festival Internacional de Danza Contemporánea de Michoacán. Na XVII edição do Festival, participam artistas do Japão, Portugal, Nicarágua, Argentina, España, Panamá, Costa Rica, Colombia, Holanda, Equador, França, México.
“Nossa Senhora das Flores” é um solo que resiste à passagem do tempo e continua a apresentar-se apesar da sua estreia ter sido há mais de duas décadas. Por sua vez, “Rei no Exílio - Remake” é uma peça baseada no último Rei de Portugal D. Manuel II e assume um discurso político onde retrata um certo Portugal, por vezes irónico, por vezes controverso, onde a solidão e o isolamento são permanentes.
O fundador e diretor artístico da EIRA (estructura que conta já com 20 anos a contribuir para o desenvolvimento da dança contemporânea) vai dirigir também um workshop de dança contemporânea para profissionais no âmbito do Festival de Michoacán.
Nas comemorações do 150º aniversário de Relações Diplomáticas México-Portugal, as Embaixadas dos dois países organizaram uma série de atividades culturais que se estendem durante todo o ano e que abrangem várias disciplinas artísticass
2014 é também um ano especial para Francisco Camacho. Aquele que é um dos coreógrafos portugueses mais consolidados, celebra trinta anos dedicados à dança. Para assinalar esta data, Camacho prepara um novo solo (“E pur si muove”) cuja estreia nacional terá lugar em novembro próximo.
BIO_Francisco Camacho
Desde 1988, os seus espetáculos têm sido apresentados em diversos países europeus, americanos e africanos. O seu trabalho como coreógrafo e bailarino, foi galardoado em 1994/1995 com o Prémio ACARTE/ Maria Madalena de Azeredo Perdigão da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1995 e 1997 com o Prémio Bordalo da Casa da Imprensa, na área da Dança. Coreografou e interpretou os solos "O Rei no Exílio"(1991, filmado para a RTP, com realização de Bruno d'Almeida), "Nossa Senhora das Flores" (1992, Menção Especial do prémio ACARTE/Maria Madalena de Azeredo Perdigão 1992/93), “Superman” (2000), “Hitch” (2003) e “Coup d’État” (2006). Apresentou espetáculos em coautoria com Mónica Lapa (“Bimarginário” 1990), Vera Mantero (“blá-blá-blá” 1990), Carlota Lagido (“Sporting Decadence” 2000) e Vera Mota (“im-“ 2009). Colaborou enquanto coreógrafo em “Hanare” (2009), desenvolvido com Aldara Bizarro e por ela interpretado. Desenvolveu ainda intervenções para uma obra de Pedro Cabrita Reis em exposição no Museu de Arte Contemporânea de Bona (“O Príncipe da Rua”, 1999) e para a exposição de Francis Bacon no Museu de Serralves (“Laughter To My Heart”, 2003), assim como os projetos “Performers Anónimos” (1999) e “Danças Privadas” (2000), para espaços não-convencionais.
Dançou com vários coreógrafos, destacando Meg Stuart / Damaged Goods, Alain Platel / Le Ballets C de la B, Paula Massano e Carlota Lagido. Tem participado em debates e conferências; assim como em diversos encontros internacionais, destacando o European Choreographic Forum 1, CrashLanding@Moscow e Cellbytes 2001. Orientou diversos workshops em vários países europeus e africanos.
Estudou dança, teatro e voz em Portugal e em Nova Iorque, nomeadamente no Merce Cunningham Dance Studio e Lee Strasberg Theatre Institute.
É membro fundador e codiretor artístico da EIRA.
EIRA
A EIRA é uma estrutura artística sediada em Lisboa que se dedica ao desenvolvimento e promoção nacional e internacional da dança contemporânea. Após 20 anos de atividade, a EIRA é hoje reconhecida, nacional e internacionalmente, como uma referência por excelência , quer enquanto estrutura de criação, produção e programação artística na área da dança contemporânea, quer enquanto espaço de trabalho e cruzamento de criadores e projetos artísticos.
Desde a sua fundação (1993), a EIRA tem vindo a produzir e promover, nacional e internacionalmente, os espetáculos do coreógrafo português Francisco Camacho, sendo também responsável administrativa pela sua atividade em geral. A partir de 1996, alargou a sua atividade à produção e promoção de um núcleo de artistas associados à estrutura, pelo qual passaram até hoje, diversos nomes e gerações de coreógrafos e outros artistas portugueses. Atualmente o núcleo de artistas associados à EIRA é constituído por Francisco Camacho(desde 1993), Rafael Alvarez (desde 2005), Mariana Tengner Barros e Tiago Cadete (desde 2013, tendo sido estes dois artistas apoiados regularmente pela estrutura desde 2011). A EIRA é também um lugar para a dança sediado nas instalações do Teatro da Voz (Antigo Teatro da Graça) o novo espaço de trabalho da EIRA no bairro da Graça em Lisboa, desde 2013. Ao longo do ano, a EIRA apoia outros coreógrafos independentes, portugueses e estrangeiros, através da cedência gratuita de espaço de ensaio ou organização de residências de criação e investigação artística ou ainda através da coprodução e apresentação de obras no âmbito do Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa - Cumplicidades. Paralelamente desenvolve ainda atividades de formação e sensibilização de público, dirigidas à comunidade em geral, que a partir de 2013 passaram a ser desenvolvidas nas instalações do Teatro da Voz (Antigo Teatro da Graça) no âmbito do Centro de Formação Artística um projeto concebido e coordenado por Sílvia Real.
Com o intuito de fortalecer a cooperação internacional e a sua missão de desenvolvimento e promoção da dança contemporânea, a nivel nacional e internacional, a EIRA é também membro das seguintes redes nacionais e internacionais:
• REDE - Associação de Estruturas Para a Dança Contemporânea
• Euro-Arab Network for Contemporary Dance and Performance (Danse Bassin Méditerranée)
• Rede Portuguesa da Fundação Anna Lindh
Desde 1996, a EIRA é uma estrutura cofinanciada pelo Governo de Portugal - Secretário de Estado da Cultura / Direção Geral das Artes e desde 2013 apoiada pela Sociedade de Instrução e Beneficiência " A Voz do Operário" ao nível da cedência das suas atuais instalações no bairro da Graça em Lisboa - Teatro da Voz (Antigo Teatro da Graça).