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LETÍCIA RAMOS VENCE BES Photo 2014
Letícia Ramos é a vencedora da 10.ª edição do prémio BES Photo, uma iniciativa do Banco Espírito Santo (BES) em parceria com o Museu Coleção Berardo, à qual se juntou o Instituto Tomie Ohtake, que apresentará a exposição em São Paulo, a partir de 23 de outubro.
Letícia Ramos é a vencedora da 10.ª edição do prémio BES Photo, uma iniciativa do Banco Espírito Santo (BES) em parceria com o Museu Coleção Berardo, à qual se juntou o Instituto Tomie Ohtake, que apresentará a exposição em São Paulo, a partir de 23 de outubro.
O BES Photo, o principal prémio de arte contemporânea em Portugal de estatuto internacional, dá a conhecer trabalhos inéditos dos mais consagrados artistas da lusofonia num evento ímpar que atribui ao vencedor o prémio no valor pecuniário de 40.000 euros.
O júri de premiação, com nacionalidade distinta das representadas pelos artistas selecionados, é constituído por Elvira Dyangani Ose, curadora de arte internacional (patrocinada pelo Guaranty Trust Bank Plc) da Tate Modern de Londres; Luis Weinstein, fotógrafo e organizador do Festival Internacional de Fotografia de Valparaíso; e María Inés Rodríguez, diretora do CAPC, Musée d’Art Contemporain de Bordeaux.
«Decidido por unanimidade, a atribuição do prémio BES Photo 2014 vai para Letícia Ramos, pela série Nós sempre teremos marte, projeto revelador de uma trajetória consistente, centrado na investigação, e cujo processo de trabalho reflete uma coerência da linguagem fotográfica. É de destacar a perceção pelo incerto deste processo, que permite evocar outros imaginários possíveis. A sua obra transmite um compromisso constante do meio com as diversas possibilidades ficcionais e poéticas.»
Apesar da difícil decisão, o Júri realça «a extrema qualidade do trabalho desenvolvido por cada um dos outros participantes, Délio Jasse e José Pedro Cortes, e destaca a diversidade das propostas apresentadas.»
Sobre Letícia Ramos (Santo Antônio da Patrulha, 1976)
Vive e trabalha em São Paulo. Cursou arquitetura e urbanismo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e cinema na Fundação Armando Álvares Penteado. O seu foco de investigação artística é a criação de aparatos fotográficos próprios para a captação e reconstrução do movimento e a sua apresentação em vídeo, instalação e fotografia. O seus trabalhos possuem um forte caráter processual e geralmente inserem-se no âmbito de projetos de investigação mais ampla. Em séries como ERBF, Escafandro, Bitácora e Vostok, desenvolve complexos romances geográficos que se desdobram e se formalizam em diferentes media. A artista recebeu prémios e bolsas importantes para a sua pesquisa e realização artísticas, entre eles, o Prémio Funarte Marc Ferrez de Fotografia (2010), para o desenvolvimento do projeto Bitácora (2011-2012), com a publicação do livro de artista Cuaderno de Bitácora e a participação na residência expedicionária «The Arctic Circle» (2011). O trabalho fotográfico realizado durante a expedição foi distinguido com o Prémio Brasil Fotografia – Pesquisas Contemporâneas (2012). Em 2103, participou no programa «Encontros na Ilha» da 9.º Bienal do Mercosul. Neste mesmo ano, em residência no espaço PIVÔ (São Paulo), desenvolveu o projeto Vostok, constituído por um filme de 35 mm, um livro, um website e um disco LP.
Atualmente, está a desenvolver Microfilme, um projeto contemplado com a Bolsa de Fotografia 2013, do Instituto Moreira Salles e da Revista Zum.