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PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA
Música, Património e Biodiversidade são as áreas laureadas e, que este ano, distinguem Teresa Berganza (Música), Angelo Oswaldo de Araújo Santos (Património Cultural) e Serafim Riem (Salvaguarda da Biodiversidade). A entrega dos prémios teve lugar no dia 5 de julho, no Auditório do Centro de Artes, em Sines. Presidirá o Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro.
PRÉMIO INTERNACIONAL TERRAS SEM SOMBRA HOMENAGEIA INDIVIDUALIDADES DA MÚSICA, PATRIMÓNIO E BIODIVERSIDADE
Espanha, Brasil e Portugal em destaque
A organização do Festival Terras Sem Sombra – Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja – instituiu em 2011 o Prémio Internacional Terras Sem Sombra, o mais prestigiado no seu âmbito em Portugal, destinado a homenagear anualmente pessoas ou instituições que se tenham salientado, a nível internacional, nas três categorias que compõem o triângulo de ação do TSS. Música, Património e Biodiversidade são as áreas laureadas e, que este ano, distinguem Teresa Berganza (Música), Angelo Oswaldo de Araújo Santos (Património Cultural) e Serafim Riem (Salvaguarda da Biodiversidade). A entrega dos prémios teve lugar no dia 5 de julho, no Auditório do Centro de Artes, em Sines. Presidirá o Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro.
Natural de Madrid, Teresa Braganza nasceu em pleno bairro de San Isidro, tendo começado a estudar música cedo. A sua grande estreia deu-se em 1957, no Festival de Aix-en-Provence, quando interpretou o papel de Dorabella da ópera Cosi fan tutte de Mozart. Um sucesso contundente: foi aclamada pelo público e os críticos comemoraram o nascimento daquela que mereceu a classificação de “mezzo-soprano do século”. Desde então, recebeu inúmeras propostas e iniciou uma longa carreira que, nas décadas seguintes, a levaria aos palcos mais prestigiados de todo o mundo. Senhora de uma voz prodigiosa, as suas interpretações unem técnica, graça e força expressiva. Em 1991, foi distinguida com o Prémio Príncipe das Astúrias das Artes e, no ano seguinte, participou na Exposição Internacional de Sevilha, dando, uma vez mais, vida a Carmen, no Teatro de la Maestranza. Em 2002, regressou ao Gran Teatre del Liceu, em Barcelona, depois de uma ausência de mais de 30 anos.
Angelo Oswaldo de Araújo Santos é escritor, curador de arte, jornalista profissional, advogado e gestor público. Entre os cargos públicos que exerceu contam-se os de Secretário de Turismo e Cultura da Prefeitura Municipal de Ouro Preto (1977-83), Prefeito de Ouro Preto (1993-96; 2005-2008; 2009-12), Secretário de Estado da Cultura de Minas Gerais (1999-2002), Presidente do Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Cultura (2002) e Ministro de Estado da Cultura do Brasil, interinamente (1986 e 1987). Em 2009, tornou-se Presidente da Associação Brasileira de Cidades Históricas. Membro fundador da Rede de Cidades Barrocas da América Latina, foi eleito vice-presidente para o biénio 2011-2012, em Puebla, México. É membro da Academia Mineira de Letras e da Academia de Artes do Brasil, sendo académico correspondente da Academia de Artes de Lisboa, sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Preside ao Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM, vinculado ao Ministério da Cultura, e ao Comité Intergovernamental do Programa Ibermuseus, ligado à Organização dos Estados Ibero-americanos – OEI/SEGIB.
Serafim Freitas Riem foi fundador e dirigente de diversas associações, entre elas Quercus; FAPAS – Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens; e Sociedade Portuguesa de Arboricultura. Dirigiu a Escola Municipal de Arboricultura do Porto e é diretor da empresa O Planeta das Árvores. É, sem dúvida, uma das pessoas que em Portugal mais tem contribuído para a conservação da Natureza, sendo um defensor estrénuo de causas ambientais, com particular atenção à conservação de espécies e respetivos habitats. Um dos momentos mais marcantes deste labor prende-se com a sua participação ativa, enquanto dirigente da Quercus, no apoio de populações rurais contra a florestação com eucaliptos da Serra da Aboboreira. Mais tarde, através do FAPAS, teve a iniciativa de revitalizar antigos viveiros florestais na Serra do Gerês, onde que se produziram mais de meio milhão de árvores autóctones, destinadas a serem plantadas nessa serra e um pouco por todo o país, em colaboração com escolas básicas e secundárias.
Como refere José António Falcão, diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, “a homenagem a três entidades que se destacaram na sua área tem como principal intuito engrandecer os três pilares que constituem a «tríade de base» do Terras Sem Sombra. Este ano em especial, um ano de festa quer para o Festival, que celebra a sua 10.ª edição, quer para o Departamento do Património Histórico e Artístico, que comemora 30 anos, queremos retribuir a quem tanto nos tem dado no âmbito da música, do património e da biodiversidade”. E acrescenta: “projetar a sua irradiação na sociedade representa um notável contributo para a promoção destas causas.
Desde 2011, a organização do Festival Terras Sem Sombra homenageou nove individualidades e entidades: a soprano americana Cheryl Studer, a soprano grega Dimitra Theodossiou e o cantor lírico italiano Enzo Dara, na categoria de Música; a Pontifícia Academia Romana de Arqueologia (Cidade do Vaticano), a conservadora de museus e investigadora portuguesa Maria Helena Mendes Pinto e a Associação dos Arqueólogos Portugueses, na categoria de Património Cultural; e, o oceanólogo Mário Ruivo, o biólogo espanhol Miguel Ángel Simón e o investigador angolano Pedro Vaz Pinto, na categoria de Conservação da Natureza.