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PORSCHE 911 DE 1973 INTEGRA COLEÇÃO PERMANENTE DO MUSEU DO CARAMULO
O Porsche 911 2.4 E vai estar em exposição já a partir de abril deste ano no Museu do Caramulo, reforçando assim o “núcleo Porsche” da coleção, que passa a contar com cinco modelos de quatro décadas diferentes.
O Museu do Caramulo vai integrar, na sua exposição permanente de automóveis, um Porsche 911 2.4 E de 1973, o mais famoso e popular modelo da marca alemã de supercarros.
Para Tiago Patrício Gouveia, diretor do Museu do Caramulo, “o Porsche 911 é um marco incontornável na história automóvel e deve estar representado em qualquer coleção. Há muito que procurávamos um para integrar a coleção do Museu do Caramulo de forma permanente, e acabámos por conseguir um exemplar da versão 2.4 E, de 1973. Temos a certeza que será mais um atrativo para os nossos visitantes, pois o Porsche 911 é considerado o clássico dos clássicos.” E acrescenta “Além disso, é um automóvel que se presta muito a participar em provas, pela sua performance e fiabilidade, pelo que não será difícil ver este exemplar a rodar na Rampa do Caramulo ou noutras provas em que o Museu do Caramulo participe num futuro próximo”.
O Porsche 911 2.4 E vai estar em exposição já a partir de abril deste ano no Museu do Caramulo, reforçando assim o “núcleo Porsche” da coleção, que passa a contar com cinco modelos de quatro décadas diferentes.
Sobre o Porsche 911 2.4 E (1973)
Mantendo no catálogo as versões T, E e S do seu 911, a Porsche iniciou o ano de 1972 com várias novidades, a mais importante das quais o crescimento do motor boxer, que passava dos 2,2 litros (2.195 c.c.) para os 2,4 litros (2.341 c.c.) de capacidade, e o aumento das potências específicas de cada versão, especialmente nos modelos exportados para o mercado norte-americano, que passavam a ser equipados com injeção mecânica de combustível, em vez dos tradicionais carburadores Weber.
A alteração à dimensão do motor era feita através do aumento do curso dos cilindros, o que por sua vez permitia reduzir a taxa de compressão, otimizando o bloco para a queima de combustível normal. Para além destas alterações, o motor era reforçado com uma cambota forjada, incluindo as unidades a equipar o 911 T. Na constante procura de evolução, em 1972 os esforços da Porsche para minorar o nefasto efeito de pêndulo da colocação do motor em posição traseira no 911, levou à realocação do depósito de óleo do motor mais para a frente, com o respetivo bocal de enchimento com acesso do exterior. Esta situação seria novamente invertida nos modelos de 1973, já que por demasiadas vezes o bocal do óleo foi confundido pelo da gasolina. Nesse ano, o depósito de óleo passava a ser construído em aço inoxidável.
Outra das novidades mecânicas para 1972 foi a adoção de uma nova caixa de velocidades. Conhecida internamente como “Type 915”, a nova caixa podia ser especificada com quatro ou cinco relações, e derivava do modelo 908 de competição. Ao contrário da anterior “Type 901”, a nova caixa tinha um sistema de lubrificação mais robusto e era facilmente identificada por utilizar um esquema em “H” com a primeira velocidade incluída, ao contrário do anterior sistema dog-leg. Para os clientes da América do norte, a Porsche continuava a oferecer, como opção, a transmissão automática Sportomatic.
Em 1973, o 911 sofreu algumas alterações de pormenor, com o modelo E a receber as jantes ATS cookie-cutter, de dimensão 6Jx15, como equipamento de série, substituindo as jantes em ferro propostas um ano antes. No motor “Type 911/52”, a injeção mecânica de combustível mantinha-se inalterada, assim como a capacidade (2.341 c.c.), potência (165 CV às 6.200 rotações) e valor de binário máximo (205 Nm às 4.000 rotações). Em termos de transmissão, o 911 E podia ser especificado com caixa manual de quatro ou cinco relações, e caixa automática Sportomatic de quatro relações. Em 1973 foram produzidas 1.366 unidades da série F do Porsche 911 2.4 E.
Ficha Técnica
1973
Alemanha
165 CV
6 cilindros
2.341 c.c.
5 velocidades
1.050 Kg
210 Km/h
Chassis #9113200308
Motor #6230478
Sobre o Museu do Caramulo
Com 60 anos de existência e visitado por mais de um milhão e meio de pessoas, o Museu do Caramulo alberga no seu espólio uma coleção de arte, uma coleção de automóveis, motos e bicicletas e uma coleção de brinquedos antigos. O Museu do Caramulo produz ainda, de forma regular, exposições temáticas e temporárias, e organiza vários eventos como o Salão Motorclássico, o Caramulo Motorfestival, o Espírito do Caramulo, a Noite dos Museus ou o Rider.
Mais informação em www.museu-caramulo.net.