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PRISÃO DO LINHÓ ASSINALA DIA DA POESIA COM FILIPE LOPES

Há locais aparentemente improváveis para algumas iniciativas mas há dez anos que Filipe Lopes leva Poesia e Literatura às prisões portuguesas. A 21 de março estará no Estabelecimento Prisional do Linhó a assinalar o Dia da Poesia com um recital para os reclusos, uma sessão integrada no projeto “Palavra Chave”.

Há locais aparentemente improváveis para algumas iniciativas mas há dez anos que Filipe Lopes leva Poesia e Literatura às prisões portuguesas.

A 21 de março estará no Estabelecimento Prisional do Linhó a assinalar o Dia da Poesia com um recital para os reclusos, uma sessão integrada no projeto “Palavra Chave”.

Filipe Lopes é fundador do grupo O Contador de Histórias, promotor de leitura e formador e desde 2004 que desenvolve “A poesia não tem grades”, iniciativa que procura incrementar o gosto pela leitura junto dos detidos e que tem vindo a percorrer as diversas prisões do país. Em simultâneo, ao despertar o gosto pelos livros as sessões permitem também abordar questões que fazem parte dos dias dos reclusos: solidão, culpa, amor, morte, dependência, diferença são algumas palavras convocadas pelos poemas e que permitem o debate ou o simples desabafo no momento mas também uma introspeção mais profunda nos momentos de isolamento.

Com o projeto “Palavra Chave” pretende-se encontrar quem possa aproveitar estas dinâmicas através de sessões continuadas, aprofundando o trabalho para  que seja mais frutuoso. Mas pretende também sensibilizar para uma realidade mal conhecida e mitificada. Para o mentor do projeto “é importante lembrar que não temos nem pena de morte nem prisão perpétua em Portugal. A prisão é um lugar de passagem onde os reclusos devem ser punidos pelos atos que cometeram mas que deveria ser um sítio de onde saíssem melhores. E não nos devemos esquecer que, quando libertados, serão o nosso vizinho do lado, o colega de trabalho, a pessoa com quem nos cruzamos na rua...”. Por isso, Filipe Lopes defende a intervenção da sociedade civil nos Estabelecimentos Prisionais, aproveitando a abertura destas instituições ao voluntariado e ajudando a esbater a sobrelotação das cadeias e consequente limitação de técnicos e meios.

Realizado de forma totalmente voluntária, “Palavra Chave” foi distinguido em 2013 com o prémio EDP Solidária, da Fundação EDP, e está a ser desenvolvido nas zonas de Bragança, Lamego, Grândola, Lisboa, Coimbra e Ponta Delgada. Após um período inicial de formação, os voluntários são convidados a apresentar as suas próprias estratégias de intervenção, contando com a supervisão e apoio da equipa do projeto que facilita o diálogo com as diversas entidades envolvidas para a concretização das iniciativas.

Em março, no âmbito destas iniciativas, Filipe Lopes realiza sessões nos Estabelecimentos Prisionais do Linhó, Lamego, Bragança e Izeda.

 

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