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REABERTURA DO CENTRO INTERNACIONAL DAS ARTES JOSÉ DE GUIMARÃES
25 de janeiro marca o arranque das exposições que irão habitar o Palácio Vila Flor e o Centro Internacional das Artes José de Guimarães durante o 1º trimestre de 2014. E o ambiente desta noite promete terminar em festa.
Centro Internacional das Artes José de Guimarães reabre
a 25 de janeiro com novas exposições
25 de janeiro marca o arranque das exposições que irão habitar o Palácio Vila Flor e o Centro Internacional das Artes José de Guimarães durante o 1º trimestre de 2014. E o ambiente desta noite promete terminar em festa.
O programa delineado para o último sábado deste mês tem início às 18h00 no Palácio Vila Flor onde será inaugurada a exposição “Coração e Cinzas” de Arlindo Silva. Às 22h00 é a vez do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) inaugurar as exposições “Estrela Negra” de Jaroslaw Flicinski e “Provas de Contacto” de José de Guimarães. Será possível ainda conhecer a intervenção do coletivo Oficina ARARA e rever os ex-libris das coleções de José de Guimarães. Ao som da música, o ambiente desta noite promete terminar em festa com um live act de The Astroboy, projeto pessoal de Luís Fernandes, guitarrista e manipulador de eletrónica dos peixe : avião. No dia seguinte, domingo (26 janeiro), às 11h00, não perca a oportunidade de conversar e visitar a exposição com José de Guimarães. A entrada no CIAJG será livre durante todo o dia deste domingo. A sucessão de atividades relacionadas com a reabertura do CIAJG não termina sem que no dia 28 (terça-feira), pelas 18h30, se realize também uma conversa e visita guiada com Jaroslaw Flicinski.
A exposição “Coração e Cinzas” – que inaugura no Palácio Vila Flor (18h00) – reúne trabalhos de Arlindo Silva. As pinturas deste artista são constituídas por pessoas do seu círculo de relações, captadas em instantâneos algo inesperados, “antirretratos” que negam a tradicional pose das figuras retratadas, perpassando uma atitude desafetada e discreta, que é também transversal ao seu percurso artístico e humano. Porque a sua obra ainda não obteve a atenção pública que merece, esta exposição vem colmatar uma evidente lacuna no panorama das artes em Portugal, reunindo sem uma orientação retrospetiva um número expressivo de trabalhos de Arlindo Silva. A exposição poderá ser visitada de terça a domingo, até ao dia 06 de abril.
Após a inauguração da exposição de Arlindo Silva, a noite de 25 de janeiro promete prolongar-se em ambiente de festa no Centro Internacional das Artes José de Guimarães.
Ao longo de um percurso pelas oito salas que constituem o piso 1 do edifício, os visitantes poderão rever alguns dos ex-libris das coleções de José de Guimarães (obras de arte tribal africana, arte pré-colombiana e arte chinesa antiga), mas também descobrir neste novo ciclo expositivo novas peças que integram as constelações de objetos e imagens organizadas a partir de tipologias como arcaico/contemporâneo, acontecimento/história, estranho/familiar, erudito/popular, material/imaterial.
No piso 0 do CIAJG (salas 09, 10 e 11) será inaugurada a primeira exposição individual de Jaroslaw Flicinski em Portugal. Trata-se de uma intervenção de grande escala de um dos mais iminentes artistas polacos contemporâneos, incorporando paredes, pinturas, desenhos e objetos, uma mostra exemplar do trabalho que o artista tem vindo a desenvolver em relevantes instituições do contexto internacional da arte contemporânea: um projeto de expansão do campo operativo da linguagem pictórica no qual se cruzam uma aguda sensibilidade à arquitetura com uma proficiente prática de pintura sobre parede que vai para além do quadro e se alarga à escala do espaço arquitetónico.
O piso -1 (salas 12 e 13) dará a conhecer uma exposição que revela um segmento do trabalho de José de Guimarães pouco conhecido e de grande relevância para o entendimento da obra do artista, que cobre um arco temporal de mais de quarenta anos: um conjunto muito diversificado de trabalhos que dão corpo a uma incessante produção de imagens realizadas por transferência. Seja em torno de métodos tradicionais da gravura, seja de práticas menos convencionais, como o stencil, José de Guimarães desenvolve desde o princípio dos anos 60 até aos dias de hoje uma incansável pesquisa que concilia experimentação material, rigor formal e um vocabulário de formas que permanentemente convoca a mestiçagem como conceito central da sua obra. Abordando a prática da gravura e de processos derivados, esta exposição, de cariz antológico, mostra que essa prática continuada em vários momentos do percurso do artista se revelou estruturante e decisiva, quer enquanto processo de conhecimento, quer enquanto campo operativo de experimentação.
No hall do CIAJG será possível conhecer uma intervenção criada pelo coletivo Oficina ARARA. Concebido como “um espaço autónomo e aberto de experimentação em torno da produção de cartazes, livros e outras edições”, o coletivo Oficina ARARA tem vindo a repensar e a propor, com as suas intervenções no espaço público e a energia gerada em torno de diversas colaborações entre várias disciplinas e linguagens, a potência do múltiplo como forma de operacionalização do gesto artístico.
Estas exposições do CIAJG ficarão patentes até ao dia 13 do mês de abril, podendo ser visitadas de terça a domingo, das 10h00 às 19h00.