Notícias
MUSEU DO SURREALISMO E GUARDARIA DE ARTE EM FAMALICÃO MAIS PRÓXIMOS DA REALIDADE
A Fundação Cupertino de Miranda já está na posse do terreno que permitirá a construção de uma segunda torre da Fundação, que receberá o novo Museu do Surrealismo, destinado a acolher a valiosa coleção temática da Fundação e que incluirá uma guardaria de obras de arte única na Península Ibérica.
Presidente da Câmara e Presidente da Fundação assinaram escritura de doação
A Fundação Cupertino de Miranda já está na posse do terreno que permitirá a construção de uma segunda torre da Fundação, que receberá o novo Museu do Surrealismo, destinado a acolher a valiosa coleção temática da Fundação e que incluirá uma guardaria de obras de arte única na Península Ibérica.
A escritura de doação foi assinada na passada sexta-feira, 22 de novembro, pelo Presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, e pelo Presidente do Concelho de Administração da Fundação, Pedro Álvares Ribeiro.
São 1620 metros quadrados de domínio público entregues à Fundação, 1225 dos quais correspondente à área de ocupação do subsolo, que fica, assim, com as condições para avançar com a construção do imóvel projetado por Eduardo Souto Moura e que se vai juntar ao edifício já existente localizado no coração da cidade, um edifício emblemático tanto pelo seu revestimento azulejar, da autoria de Charters de Almeida, como pela estrutura helicoidal da torre com 10 pisos. A nova torre terá mais um andar do que a atual, de forma a permitir o prolongamento da sala de eventos para o terraço do prédio existente.
“Serão uma espécie de Torres Gémeas, à nossa escala”, referiu Souto Moura, aquando a apresentação do projeto, enquanto o presidente da Fundação Cupertino de Miranda fala, apaixonadamente, numa “Romeu e Julieta”.
Criada em 1972, a Fundação Cupertino de Miranda tem um acervo de mais de 2500 obras, em que se conta a maior coleção de arte surrealista de Portugal, proveniente de aquisições, gratuitas e onerosas, de que se destacam as coleções de Cruzeiro Seixas, Mário Cesariny e Eurico Gonçalves.
Para o Presidente da Câmara Municipal, a entrega do terreno à Fundação Cupertino de Miranda para a concretização deste desafio era “um imperativo municipal”, dado o interesse público do projeto. “Temos reunida em Vila Nova de Famalicão uma coleção valiosíssima de obras de arte e este projeto tem tudo para valorizar esse espólio e para se afirmar como um dos principais pólos de atração cultural do país”, acrescentou Paulo Cunha.
Recorde-se que a execução deste projeto foi alvo de um amplo debate promovido pela Fundação Cupertino de Miranda junto da sociedade civil famalicense, tendo sido amplamente reconhecido como uma importante mais valia para o concelho.