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MUSEALIZAÇÃO DAS RUÍNAS DO MOSTEIRO DE S. JOÃO DE TAROUCA APRESENTADA

O refeitório, o claustro, a ala dos conversos, a ala dos monges ou a cozinha são já visíveis no que restou do complexo monástico do Mosteiro de S. João de Tarouca. O processo de musealização da área arqueológica está concluído e foi finalmente apresentado ao público este sábado, 9 de novembro.

 

O refeitório, o claustro, a ala dos conversos, a ala dos monges ou a cozinha são já visíveis no que restou do complexo monástico do Mosteiro de S. João de Tarouca. O processo de musealização da área arqueológica está concluído e foi finalmente apresentado ao público este sábado, 9 de novembro.

Depois de 3500 metros quadrados de escavação, depois de 15 anos de estudo, despois de um esforço coletivo que envolveu um grande número de colaboradores, depois de centenas de toneladas de pedras recuperadas, o Mosteiro conhece agora uma nova vida, para além daquela a que foi votado em 1834 com a extinção das ordens religiosas e consequente abandono e desmantelamento do edifício.

Como assinalou o coordenador do projeto “Vale do Varosa”, muita da pedra do Mosteiro de S. João de Tarouca encontra-se atualmente em muitas das construções da região, o que acabou por possibilitar, através de um estudo profundo e rigoroso, muito do trabalho de reconstituição da área arqueológica.

Uma base de dados facilitou a construção deste “mega puzzle de toneladas e toneladas de pedra”, como referiu o coordenador, lembrando que foi sempre mantido o respeito pela construção original.

Durante o processo de recuperação, foi possível identificar 200 marcas de canteiro distintas, o que é indicador, no século XII, de um esforço enorme de construção num curto espaço de tempo.

As escavações revelaram ainda um espólio imenso e valioso, denunciador das diversas facetas da vida quotidiana dos monges, permitindo uma viagem por mais de 800 anos de história, aguardando apenas a finalização do processo de recuperação do antigo celeiro, local onde será também possível observar uma extraordinária reconstituição a três dimensões da grandiosidade que outrora todo o complexo monástico ostentou.

A escavação arqueológica acabou também por desvendar as várias fases de construção do edifício onde, além do refeitório, claustro, alas dos conversos e dos monges e cozinha, também faziam parte os celeiros, o locutorium, o scriptorium e o calefatórium, sendo este o único espaço aquecido em todo o complexo monástico, convenientemente localizado junto ao scriptorium, de modo a que os monges copistas pudessem, durante o seu trabalho, aquecer as mãos, num espaço onde se terá também começado a desenhar a botica.

Estas e outras curiosidades, como o facto de o Mosteiro de S. João de Tarouca ser o único em Portugal com dormitórios de dois pisos, com zona de trabalho e descanso, foram reveladas durante a apresentação do espaço, que decorreu num tom de informalidade e que contou com a presença do coordenador do projeto “Vale do Varosa”, Luís Sebastian, do arquiteto Gabriel Andrade e do engenheiro Agostinho Costa.

A área arqueológica do Mosteiro de S. João de Tarouca poderá em breve ser visitada, após a instalação do respetivo centro interpretativo, a fixar no edifício do antigo celeiro, com início previsto ainda para 2014.

A obra está integrada num projeto mais amplo, o projeto “Vale do Varosa”, que já possibilitou, em 2011, a abertura ao público do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas e já no próximo ano a abertura do Convento de Santo António de Ferreirim.


 

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