Filipe Mukenga edita em Portugal a 11 de novembro o seu mais recente trabalho “O Meu Lado Gumbe”, um álbum que conta com composições e letras do músico angolano e produção e arranjos de Luiz Avellar. Totalmente produzido e gravado em Lisboa, este é o segundo disco do cantor a ser gravado em Portugal e o quinto registo discográfico de uma carreira artística que já conta com quase cinco décadas.

“O Meu Lado Gumbe” apresenta canções que se inserem na Nova Música de Angola (NMA): “É uma música que se inspira nos tradicionais ritmos angolanos, ao mesmo tempo que é fortemente influenciada pelo jazz. Enriquecido com os acordes invertidos, com as dissonâncias, o meu trabalho tem um lado regional, de raíz, de Angola, e outro lado de teor internacional muito grande, pois sou um cidadão do mundo e pretendo que a minha música vá de encontro a essa ideia, para que eu seja escutado em qualquer parte do globo terrestre”, afirma o cantor e compositor angolano. “A música é um excelente veículo de transmissão de conhecimentos e de cultura. Preocupo-me em levar às pessoas alguma mensagem que as enriqueça culturalmente”, conclui Filipe Mukenga.

Neste novo trabalho, composto por 12 temas, Mukenga canta em diversas línguas africanas de Angola - como o Kimbundu, Umbundu e Ukwanyama - em Português e em Inglês. Em algumas faixas, mistura línguas numa mesma canção, como o caso de “Ndilokewa” (Nome de Mulher), faixa 4 do novo disco e  em “Vutuka, I Love You” (Volta, Eu Te Amo), a 11ª faixa do novo trabalho discográfico.

Filipe Mukenga conta, neste trabalho, com a produção do prestigiado pianista brasileiro, como o próprio cantor descreve: “Luiz Avellar fez-me revisitar, ao fim de mais de 40 anos de carreira, o meu lado Gumbe, do qual o lado Mukenga é, tão-somente, um fiel intérprete...”. O disco conta ainda com participações de músicos portugueses como o guitarrista Luiz Caracol, o contrabaixista Bernardo Moreira e o baterista Alexandre Frazão, entre outros.

Filipe Mukenga foi recentemente galardoado na 1ª edição do AMA - Angola Music Awards - com o troféu de melhor compositor, juntamente com Filipe Zau, seu parceiro na arte da composição.

Tendo colaborado no Brasil com artistas como Djavan, Zeca Baleiro, Vânia Abreu, Martinho da Vila e Maurício Mattar, Filipe Mukenga é aí considerado um dos artistas angolanos de referência, bem como em países como Portugal e  Holanda, entre outros.

Alinhamento de “Filipe Mukenga, O meu lado Gumbe”:

1. Muloji
2. Ku Samba
3. O Nó da vida que é assim
4. Ndilokewa
5. Vem comigo
6. Ji Nzumbi
7. Nevoeiro
8. Maria do Céu
9. Omukwanangobe
10. Viver tem muito de querer
11. Vutuka, I Love You
12.  Zumbi d’Angola Janga

Ficha Técnica:
Produção, Arranjos -  Luiz Avellar
Piano e Keyboards - Luiz Avellar
Ricardo Silveira - Guitarras acústicas e elétricas
Luiz Caracol - GuitaLélé  na faixa  “Muloji”
Guimba Kouyate -  N’goni na faixa “Muloji”
Contrabaixo - Bernardo Moreira
Alexandre Frazão - Bateria
Ruca Rebordão - Percussão

Sopros nas faixas: “Maria do céu”, “O nó da vida que é assim”, “Zumbi D’Angola Janga”.

João Moreira - Trompete e Flugell Horn
Cláudio Silva - Trompete
César Cardoso - Sax Tenor
João Paulo Capinha - Sax Alto e Barítono
Luís Cunha - Trombone
André( Xavier) Ribeiro - Trombone
Diogo Costa - Tuba

Vera Morais - Flauta nas faixas “ O nó da vida que é assim”, “ Zumbi D’Angola Janga”
Luís Gomes - Clarinete na faixa “ Viver tem muito de querer”
Pedro Santos - Acordeão na faixa “ Ku Samba”

Coro: Paulo Ramos, Paula Ramos, Patrícia Antunes e Antônio Cruz nas faixas: “ Ku Samba”, “ Omukwangobe”, “Zumbi D’Angola Janga”, “ Ndilokewa”

Gravado e Misturado no  “ Atlântico Blue Studios”
Rui Guerreiro- Gravação e Mistura
Masterização - Studio Tomato por Christian Guggenbuhl
André Tavares - 2nd Engenheiro
José Maria Sobral - Assistente
Fernado Dallot - Assistente