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MARINA ABRAMOVIC RECEBE PRÉMIO CERVO 17ª BIENAL DE CERVEIRA
Marina Abramovic, artista servia vencedora do Prémio Cervo 17ª Bienal de Cerveira, pela vídeo performance “The Onion”, onde o ato de descascar a cebola é “como retirar as camadas da vida”, refere.
Marina Abramovic - The Onion Performance video
“Sinto-me muito honrada e orgulhosa por ter ganho o 1º Prémio [Prémio Cervo 17ª Bienal de Cerveira] (…). Para um artista, é sempre muito importante saber que o trabalho é reconhecido e aceite. Sinto-me especialmente contente porque esta aceitação vem de Portugal, público que sempre apoiou muito o meu trabalho.” As palavras são de Marina Abramovic, artista servia vencedora do Prémio Cervo 17ª Bienal de Cerveira, pela vídeo performance “The Onion”, onde o ato de descascar a cebola é “como retirar as camadas da vida”, refere. Segundo a artista a obra, que pode ser vista no Fórum Cultural de Cerveira até 14 de setembro, afigura-se como: “uma crítica à sociedade do espetáculo no qual vivemos; a infraestrutura da cena da arte da moda ao qual estamos ligados e no qual temos que socializar e entreter ao mesmo tempo. O mundo a arte, que nos fatiga”. Marina Abramovic, que desde o início da sua carreira no início dos anos 70, em Belgrado,desenvolve a performance como forma de arte visual, tem trabalho o corpo como sujeito e suporte na exploração dos limites físicos e mentais. A artista, conhecida como a “avó da arte performativa”, realizou em 2010 a primeira retrospetiva no Museum of Modern Art, em Nova Iorque, com a performance “The Artist is Present” , num total 700 horas.
Beatriz Albuquerque foi distinguida com o Prémio Revelação 17ª Bienal de Cerveira, pela instalação / performance “Crisis of Luck”, na qual a artista assume a metamorfose na sacerdotisa e no oráculo que prediz uma resposta e responde às perguntas em relação à Crise em que vivemos. Natural do Porto, mas a viver em Nova Iorque, fez um mestrado no Art Institute de Chicago, estando atualmente a fazer um doutoramento na Universidade de Columbia. Beatriz Albuquerque foi destacada, em 2011, pela revista Flash Art 281 como uma das 100 artistas de topo, com menos de 45 anos.
O Prémio Instituto Português do Desporto e Juventude foi atribuído à obra “Clôture de Berlin – ordre 101”, de Jérémy Pajeanc & Kostyantyn Stepanskyy, dois jovens artistas antigos alunos da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
Foram concedidas duas Menções Honrosas: uma ao artista brasileiro Marcos Chaves pela instalação em site specific “Gotas de Cristal”, na qual se aborda a relação histórica entre Brasil e Portugal, os seus aspetos contemporâneos, as permeabilidades culturais, e outra à obra “Trilogy of Nicola’s death III and IV” da artista Nicola Costantino, que representou a Argentina na 55ª Bienal de Veneza.
De salientar, ainda, a distinção à curadoria de Nuno Faria, “Algarve Visionário, Excêntrico e Utópico”, que propõe uma releitura da inalienável multiplicidade e radical individualidade que carateriza o território do Algarve, enquanto lugar de reflexão, inspiração e criação, foram igualmente distinguidas com Menção Honrosa.
Por último, as Aquisições 17ª Bienal de Cerveira, que reforçam o acervo da Fundação Bienal de Cerveira, foram atribuídas aos artistas/obras: Andrea (ES), “Bodegón postmoderno” (bordado); António Barros (PT), “EX_Patriar” (instalação); Graça Pereira Coutinho (PT), “11 Sonhos” (vídeo); Laura Martínez (ES), “Mamá por favor” (instalação); Mariana Marote (PT), “Herbarium Caminhada” (instalação); e Margarida Alves (PT), “O Sopro do Vilarinho" (construção).