GNR, ANA MOURA E JP SIMÕES ENTRE AS PROPOSTAS PARA O
PRÓXIMO TRIMESTRE NO AUDITÓRIO DE ESPINHO

A programação para o próximo trimestre arranca já amanhã, dia 28 de março, com o pianista russo Konstantin Scherbakov, que interpretará três das obras mais famosas de Beethoven. Todos os amantes de música clássica já se deleitaram a ouvir a sua sonata “Patética” mas poucos conhecem as sinfonias na versão pianística de Franz Liszt, nomeadamente a sinfonia nº 6. Certamente, o piano de Scherbakov saberá imitar as cores, as dinâmicas, a articulação e os contrastes que são a assinatura de Ludwig van Beethoven. Já em abril, no dia 13, a clarinetista Iva Barbosa e o pianista Paulo Oliveira trazem a Espinho “Fantasias para clarinete e piano”, um recital que apresenta o universo sonoro interessantíssimo destes dois instrumentos. Através de um tipo de composição de forma livre fazemos uma viagem do norte da Europa ate´ Portugal apresentado compositores tão conhecidos do grande público como R. Schumann ou J. Brahms, ao mesmo tempo que descobrimos estilos muito próprios como o de Vitor de Faria, trombonista e compositor que dedica esta obra a Iva Barbosa.

Ainda em abril, no dia 14, Ana Moura estreia-se no Auditório de Espinho com Desfado, o seu quinto álbum de originais, que representa um momento de viragem na carreira da artista. A fadista apostou em nomes da nova geração de compositores nacionais como Manel Cruz (Ornatos Violeta), Márcia, Pedro da Silva Martins (Deolinda), Miguel Araújo (Azeitonas), Luísa Sobral e António Zambujo e em nomes consagrados da música portuguesa como Aldina Duarte, Tozé Brito, Manuela de Freitas e Pedro Abrunhosa para a criação dos temas. Já em maio, no dia 5, a Orquestra de Jazz da EPME, com direção musical de Daniel Dias e Jeffery Davis, e com Rui Teixeira (saxofone barítono) como músico convidado, apresenta um programa centrado em Charles Mingus, conhecido como um dos maiores contrabaixistas da história do jazz, mas igualmente enquanto compositor e líder. A sua notoriedade esteve na origem da criação da Mingus Big Band que tem vindo a celebrar a música de Charles Mingus desde 2001, reinterpretando a sua obra em disco e ao vivo.

No dia 17 de maio o Auditório de Espinho é palco de um dos concertos de apresentação do novo disco de JP Simões, Roma, que viaja por territórios que vão do Afro-Beat ao Glam Rock, do Samba ao Jazz, retomando e reinventando a energia e o lirismo dos extintos Belle Chase Hotel e Quinteto Tati. JP Simões apresentará um espetáculo multimedia, totalmente ilustrado ao vivo e em tela pelo artista plástico Luís Lázaro, e trará a sua banda completa, com todos os timbres e cores: uma receita exuberante para noites que prometem ser inesquecíveis. No dia seguinte, 18 de maio, o Festival Tonalidades 2013 apresenta três propostas numa noite com o melhor da nova música portuguesa. Peixe (Ornatos Violeta) anda nisto há muitos anos mas só em 2012 editou o seu disco de estreia a solo, Apneia, um maravilhoso conjunto de temas escritos na guitarra acústica. Minta & the Brook Trout é Francisca Cortesão e quem mais partilhar a sua paixão pela música folk norte-americana que inspira um disco como Olympia, lançado em 2012, que cumpre todas as promessas lançadas com o disco de estreia. Com o lançamento do terceiro disco, Alexandre Monteiro continua a afirmar The Weatherman como uma das figuras centrais da música pop nacional. Neste concerto mostrará algumas das novas canções incluídas em Weatherman.

A fechar o mês de maio, no dia 25, a Orquestra Clássica de Espinho, sob direção musical de Pedro Neves, apresentará o “Guia de Orquestra para Jovens, Variações e fuga sobre um tema de Purcell op. 34”, uma das mais conhecidas obras de Benjamin Britten (1913-1976). O restante programa do concerto, ainda anunciar, terá como intérpretes jovens solistas da EPME, os quais, após concurso de seleção para o efeito, usufruirão de uma rara e significativa oportunidade para se apresentarem em concerto com orquestra.

Junho arranca no dia 4 com um concerto de trombonista Marshall Gilkes e da Orquestra de Jazz da EPME, com direção musical de Daniel Dias e Jeffery Davis. Marshall Gilkes tem vindo a demonstrar a razão pela qual é um dos trombonistas mais requisitados no universo do jazz. Membro da Maria Schneider Orchestra e da WDR Big Band de Colónia, Marshall Gilkes lançou três discos em nome próprio que obtiveram aclamação por parte da crítica especializada. Neste concerto, apresentará um programa composto essencialmente por obras de Maria Schneider e ainda por algumas composições da autoria do próprio Marshall Gilkes. O trimestre encerra no dia 13 de junho com um concerto dos GNR que na celebração dos 30 anos de carreira se apresentam com um novo conceito, desligando a maior parte das tomadas: o baixo elétrico cede lugar ao baixo acústico, a guitarra elétrica passa as cordas ao violino e os teclados rendem-se ao piano. O próprio Rui Reininho será mais acústico, entenda-se, menos elétrico. Os clássicos que celebrizaram o Grupo Novo Rock vão soar de forma diferente. Nunca a banda do Porto esteve tão próxima do público porque efetivamente este é um momento de afetos.