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MOVIMENTO DE CIDADÃOS PELA RECUPERAÇÃO DO CONVENTO DE S. FRANCISCO
A Câmara Municipal de Portimão associou-se ao movimento de cidadãos que reclamam da Administração Central uma urgente intervenção no Convento de São Francisco, tendo a título simbólico colocado junto ao edifício uma placa de protesto, onde se sintetizam os motivos pelos quais a edilidade não consegue intervir naquele imóvel.
A Câmara Municipal de Portimão associou-se ao movimento de cidadãos que reclamam da Administração Central uma urgente intervenção no Convento de São Francisco, tendo a título simbólico colocado junto ao edifício uma placa de protesto, onde se sintetizam os motivos pelos quais a edilidade não consegue intervir naquele imóvel.
Apesar das diligências efetuadas pela autarquia junto da Administração Central e dos proprietários do imóvel com o objetivo de preservar o património local, a verdade é que a atual legislação não lhe concede competências para expropriar ou avançar com outra medida para reabilitar o edifício, que se encontra em adiantado estado de degradação.
Por outro lado, não há a mínima hipótese de acordo com o proprietário, em virtude da exorbitância de valores pedidos para a venda, factos que impossibilitaram a reabilitação e adaptação do edifício a Centro de Altos Estudos Turísticos do Algarve.
Com raízes que remontam a 1530, o convento nasceu de uma doação de casas feita por Simão Correia, capitão de Azamor, aos Frades Observantes da Província Franciscana de Portugal, que se estabelecem no local somente em 1541.
O terramoto de 1755 causou sérios danos à estrutura, com a derrocada da abóbada da igreja e de numerosas dependências conventuais, o que levou à transferência temporária da comunidade religiosa para a Igreja do Corpo Santo, na então Vila Nova de Portimão.
A partir de 1834, com a extinção das ordens religiosas, o convento passou a ter outras funções, o que contribuiu para a sua lenta destruição, sendo desde então propriedade de privados.
Há precisamente 30 anos, o Convento de S. Francisco (também conhecido como Convento de Nª Sr.ª da Esperança) recebeu a classificação de Imóvel de Interesse Público pelo organismo precursor do atual IGESPAR – Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico.
A autarquia pretende assinalar nas próximas semanas outras situações existentes no município de Portimão, que infelizmente são exemplos paradigmáticos da falta de proteção e de vontade na recuperação do património edificado.