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PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2013 NO TEATRO VIRIATO

A par da programação regular, de oferta variada, vocacionada para todos os públicos, o projeto artístico do Teatro Viriato para os primeiros três meses de 2013 passa pela aposta em parcerias artísticas nacionais e internacionais e pela criação de condições para o desenvolvimento da criação artística na região, em estreita relação com o público local, regional e nacional.

PROGRAMAÇÃO REGULAR E VARIADA, PARCERIAS INTERNACIONAIS E APOIO À CRIAÇÃO ARTÍSTICA MARCAM PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2013 NO TEATRO VIRIATO

A par da programação regular, de oferta variada, vocacionada para todos os públicos, o projeto artístico do Teatro Viriato para os primeiros três meses de 2013 passa pela aposta em parcerias artísticas nacionais e internacionais e pela criação de condições para o desenvolvimento da criação artística na região, em estreita relação com o público local, regional e nacional. Estratégias materializadas, por um lado, na promoção do K Cena – Projeto Lusófono de Teatro Jovem, aposta singular na cena nacional desenvolvida em parceria com o Teatro Vila Velha (Salvador da Bahia, Brasil) e Centro Cultural Português/Pólo do Mindelo, do Instituto Camões, com o apoio local da Mindelact – Associação Artística e Cultural (Cabo Verde). Esta edição, que conta com a participação dos encenadores Graeme Pulleyn (Portugal), Marcio Meirelles (Brasil) e João Branco (Cabo Verde) privilegia a oportunidade de colocar em contacto (não presencial) jovens de diferentes realidades culturais e contextos, mas ligados pela Língua Portuguesa, fomentando o intercâmbio de experiências. Depois de uma primeira fase de ensaios, os três grupos envolvidos preparam-se agora para estrear os trabalhos nos seus países de origem, todos eles construídos a partir do universo de Peter Pan e das interrogações, motivações e sentimentos que a narrativa suscita em cada um dos grupos envolvidos. Por outro lado, esta vontade de correr o mundo fora - espelhada também no reforço das relações com o exterior, nomeadamente, com um dos mais conceituados centros coreográficos belga, Charleroi Danses e com a rede internacional Beyond Front@, que promove a mobilidade e a projeção de novos artistas europeus na área da dança contemporânea - é acompanhada pela intensificação das Residências Artísticas e do apoio aos Artistas Associados (Graeme Pulleyn, encenador, ator; Rafaela Santos, encenadora, atriz; Romulus Neagu, coreógrafo, bailarino; Peter Michael Dietz, coreógrafo e bailarino; Sónia Barbosa, encenadora, atriz e Fernando Giestas, dramaturgo), assim como pelo acolhimento na programação anual de um Artista Residente desafiado a olhar para a cidade de Viseu e para a sua comunidade como matéria de laboratório.

Da música ao teatro, passando pela magia, dança e pelos projetos para e com a comunidade, a programação estende-se pelas diferentes áreas artísticas, procurando corresponder aos desafios que o público tem colocado ao Teatro Viriato.

Maria João e Mário Laginha, Samara Lubelski, Fail Better, António Zambujo, InterLúnio e Tiago Sousa são os músicos/projetos musicais que ocupam o Teatro Viriato nestes primeiros três meses de programação e cujas sonoridades se distribuem pela sala e pelo café-concerto. Maria João e Mário Laginha regressam com um disco inédito: Iridescente (26 de janeiro) demonstra, novamente, o talento e a criatividade desta dupla. Mais uma vez, difícil de rotular, a música que fazem revela a originalidade e as influências sonoras dos países por onde passam, referências que somadas ao talento a que já habituaram o público são o garante de, em palco, proporcionarem momentos únicos de emoção. Dos Estados Unidos, chega Samara Lubelski (30 de janeiro) com o seu Wavelength, sexto longa-duração em nome próprio e mais um capítulo numa discografia marcada por coerência e requinte, assinada por um dos grandes nomes do universo independente de produção de som mais arrojado. Em 2013, o Teatro Viriato mantém a programação regular dos concertos de jazz no café-concerto, em parceria com a JazzAoCentro, estando previstos os concertos de Fail Better (06 de fevereiro) e InterLúnio (06 de março), projetos cuja música é capaz de percorrer territórios bastante distintos. Pela primeira vez, António Zambujo (23 de fevereiro) marca presença na programação do Teatro Viriato com a apresentação do seu Quinto, que volta a revelar as influências incontornáveis de Zambujo, que vão desde o canto alentejano da sua infância (a harmonia das vozes, a cadência das frases e o tempo de cada andamento), ao fado que abraçou mais tarde. Também o compositor e músico Tiago Sousa (13 de março), que se tem revelado como um dos mais fascinantes músicos portugueses, estreia-se no Teatro Viriato com a apresentação do seu primeiro disco de piano a solo Samsara. Um disco intrincado e de narrativa complexa, que pega no conceito da filosofia oriental para construir uma peça arrojada e emocionante que marca pela forma harmoniosa como Tiago Sousa consegue equilibrar os opostos: entre o romantismo do século XVIII e a música contemporânea do século XX.

Vocacionada para chegar a diferentes públicos, nesta programação há também lugar para o novo espetáculo de Luís de Matos, intitulado Chaos (02 de fevereiro), o novo one man show do mágico português mais premiado e distinguido de sempre. Um novo concerto de ilusões… tão reais que desafiam a razão! Uma jornada plena de interação e mistério, repleta de feitos inexplicáveis que perduram na memória de cada espectador que os vive.

No âmbito do teatro, o Teatro Viriato acolhe quatro espetáculos distintos, mas todos eles incontornáveis: Porto S. Bento (09 de fevereiro), de Nuno Cardoso que, depois de um ciclo quase exclusivamente dedicado ao teatro de repertório, com a apresentação de clássicos da dramaturgia mundial, envereda agora pelos meandros do Teatro do Outro. Três intérpretes profissionais contracenam com moradores do centro histórico do Porto, que cruzando os seus destinos nestas estações desenham o estado de alma da cidade, dando também a medida do país e do seu destino; Alma (15 de fevereiro), uma produção do Teatro Nacional S. João, assinada pelo encenador Nuno Carinhas, que regressa a Gil Vicente, através de um dos autos menos representados do autor que tão bem soube espelhar nos seus textos a natureza humana. Alma propõe um pequeno teatro da vida humana, encenando-a como uma viagem, com os seus avanços e os seus recuos, obstáculos e desvios; Raso como o Chão (09 de março), da autoria de João Sousa Cardoso e Ana Deus, encerra o conceito de uma conferência encenada, onde se dá a conhecer a obra do escritor e pintor português, Álvaro Lapa. Um espetáculo para uma cantora e um conferencista, encarnados nos corpos e nas vozes destes cultores de um teatro desalinhado, autodidata, urgente; Três Dedos Abaixo do Joelho (16 de março), de Tiago Rodrigues, baseado no arquivo enorme da censura exercida sobre o teatro durante o regime fascista. A ironia por trás desta peça é que transforma os censores em dramaturgos, usando os seus relatórios como texto de um espetáculo que é uma máquina de censura poética e absurda. De alguma forma, aqueles que oprimiram a liberdade artística e política do teatro deixaram-nos uma herança que nos pode ajudar a redescobrir a importância do teatro na sociedade.

Na dança, presença única para Filipa Francisco e o Rancho Folclórico de Torredeita que, no âmbito da comemoração dos seus 50 anos de atividade, se encontram em A Viagem (02 e 03 de março), um projeto em que a dança e as músicas tradicionais se cruzam com a música e a dança contemporânea. A par de bailarinos de dança contemporânea, os elementos da coletividade viseense vão participar num projeto de criação, durante cerca de duas semanas, que estabelece novas pontes entre universos que, habitualmente, não se cruzam, nem dialogam.

No capítulo dos projetos com a comunidade, destaque ainda para Heaven (título provisório), um novo projeto de André Mesquita. A partir do olhar que lança sobre a cidade de Viseu, onde estará em residência artística durante este ano, como Artista Residente do Teatro Viriato, o coreógrafo André Mesquita propõe um projeto vocacionado para a comunidade viseense, construído a partir do pulsar da cidade, encarada como laboratório desta criação artística. As inscrições já estão abertas e vão decorrer até 31 de março. Os períodos de ensaios vão desde 06 de abril a 25 de maio e de 29 a 31 de maio, estando marcada a estreia para 01 e 02 de junho.

O novo ano arranca também com uma programação de Sentido Criativo repleta de propostas, vocacionadas para diferentes idades e níveis de ensino, que pretendem estimular e desenvolver aprendizagens e competências, através da arte. Logo em janeiro, o Teatro Viriato apresenta Mito Móvel (22 a 24 de janeiro), uma oficina dirigida a alunos do 3º ao 6º ano de escolaridade, orientada por Vera Alvelos, que propõe uma viagem ao universo dos mitos, narrativas que vai desvendando através de uma escultura – mitómóvel, que viaja pela sua mão. A propósito da apresentação desta oficina, Vera Alvelos propõe ainda uma formação para professores – Mito Móvel – Histórias de Princípios (23 de janeiro), que visa a partilha de modos de fazer relacionados com o exercício de contar histórias. No âmbito do acolhimento de André Mesquita, como artista residente em 2013, o coreógrafo orienta uma oficina Corpo em Movimento (26 de janeiro), uma oficina, com duas sessões para diferentes faixas etárias (dos 8 aos 10 anos e m/ 18 anos), vocacionada para a exploração do território do corpo coreográfico e também do questionamento, ação geradora de movimento e de tempo. André Mesquita convida a uma análise prática transversal aos temas do corpo, do movimento e do espaço. Dirigido a um público escolar do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário, Aquecimento esclarecido (05 de fevereiro), um monólogo/conferência satírico que lança uma série de provocações ao público, procurando expor os principais conceitos das alterações climáticas, ao mesmo tempo que desmonta (por absurdo) alguns argumentos dos céticos, ou seja, daqueles que negam a existência ou responsabilidade do homem nas alterações climáticas. Este espetáculo – projeto vencedor do prémio Ideias Verdes 2010 promovido pela Fundação Luso - Expresso – será seguido de um debate, que contará com a presença de especialistas, centrado nas questões climáticas e na necessidade de se adotar um modo de vida ambientalmente sustentável. A Barriga da Baleia (07 a 09 de março) é a proposta do Teatro Viriato para o pré-escolar, uma pequena epopeia marítima contada pela dupla António Jorge Gonçalves e Ana Brandão através de desenhos luminosos feitos em tempo real, objetos manipulados e canções. Para as férias da Páscoa, regressa a companhia Radar 360º com uma oficina de malabarismo e equilíbrio, Reinventar o Circo! (18 a 22 de março) para através de jogos procurar explorar com os participantes (dos 10 aos 14 anos) os limites da gravidade dos objetos e dos corpos, aprofundando as diferentes perspetivas sobre a forma como são vistos e utilizados os objetos que nos rodeiam. 

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