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ORQUESTRA GERAÇÃO: DOS PALCOS PARA A TELA DE CINEMA

A educação pela arte, a adolescência e a música são o mote para o filme que estreia, no cinema, no próximo dia 4 de outubro.


A educação pela arte, a adolescência e a música são o mote para o filme  que estreia, no cinema, no próximo dia 4 de outubro.

“Orquestra Geração”, realizado por Filipa Reis e João Miller Guerra, irá estrear  dia 4 de outubro, no Cinema City Classic Alvalade, em Lisboa.

Neste filme, acompanha-se  o dia a dia de quatro alunos da Escola Miguel Torga, na Amadora, que pertencem à primeira Orquestra Geração criada no nosso país. Diogo, Ana, Daniel e Mónica, vivem num bairro da periferia da cidade de Lisboa e têm a possibilidade de aprender música e tocar numa orquestra.

A convite dos realizadores, a atriz Rita Loureiro participa no documentário, desenvolvendo um workshop de expressão dramática para os alunos da Orquestra Geração. Através deste trabalho, o espectador fica a conhecer a importância e as mudanças que a Orquestra trouxe às vidas destes jovens.

Segundo Filipa Reis e João Miller Guerra, que há três anos acompanhavam o projeto, desde a sua génese, este filme é uma “reflexão sobre a educação pela arte, a relação dos jovens com a música e a importância da sensação de pertença a um grupo na adolescência”.

Aos realizadores interessa retratar a entrada na vida adulta e esse desejo reflete-se em vários trabalhos da produtora Vende-se Filmes, como “Li Ké Terra”, “Cama de Gato” ou “Orquestra Geração”.

O projeto “Orquestra Geração”, que dá nome a este documentário, nasceu no ano 2007, com o objetivo de  combater a desigualdade de oportunidades entre centros urbanos e periferias, o abandono escolar e a exclusão social, através do ensino da música e da sensibilização para as artes em escolas de contextos mais desfavorecidos.

Inspirado no Sistema Nacional das Orquestras Juvenis e Infantis da Venezuela, criado nos anos 70, o projeto “Orquestra Geração” surge em Portugal pela iniciativa da Escola de Música do Conservatório Nacional, da Câmara Municipal da Amadora e da Fundação Calouste Gulbenkian. Atualmente há mais de 15 orquestras espalhadas por todo o país, que envolvem cerca de 750 crianças e jovens.

O filme estreia, em Lisboa, dia 4 de outubro, no Cinema City Classic Alvalade.

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Sobre o filme “Orquestra Geração”

Sinopse

Diogo, Ana, Daniel e Mónica dividem os seus dias entre casa, a escola, as aulas de expressão dramática e os ensaios de música. São jovens que vivem na periferia da Grande Lisboa, onde, até à chegada do projeto Orquestra Geração, o sonho de ser violinista não era de todo comum.

Orquestra Geração mostra-nos como o conceito, criado na América Latina, em 1975, se transformou numa estrutura sólida para os jovens que dela fazem parte, o grupo ao qual sentem pertencer, que lhes abre horizontes antes inacessíveis, que os motiva e os ajuda a tornarem-se indivíduos mais completos, atentos à música, à arte e ao mundo.

Ficha Técnica
Documentário, Portugal, 2011, 63’
Realização: Filipa Reis e João Miller Guerra
Argumento: Filipa Reis e João Miller Guerra
Imagem: Vasco Viana
Som: João Gazua
Montagem: Mariana Gaivão
Produção: Filipa Reis | Vende-se Filmes
Apoio: Fundação Calouste Gulbenkian e RTP 2
Com: Ionut Daniel Tofanesco, Diogo Dias, Ana Hespanha, Mónica Tofanescu, Rita Loureiro, Osvaldo Ferreira, Hugo Dias, Marco Lima

Festivais
DocLisboa 2011 | Competição Nacional de medias e longas metragens | Lisboa, PT
Cinéma du Réel 2012 | Competição Internacional | Paris, FR
Pärnu International Documentary and Anthropology Film Festival 2012 | Fora de Competição | Pärnu, EE
Fumo Festival  Urbano de Música e Outras Coisas 2012 | Setúbal, PT
Avanca - Encontro Internacional de Cinema, Tv, Vídeo e Multimédia 2012 | Avanca, PT


Sobre o Projeto “Orquestra Geração”

O projeto Orquestra Geração inspira-se na Orquestra Sinfónica Simón Bolivar, antes conhecida como El Sistema Nacional de las Orquestras Juveniles e Infantiles de Venezuela. O projeto prevê o desenvolvimento de orquestras infantis e juvenis em contextos menos favorecidos, tendo como objetivos a sensibilização artística e o enriquecimento dos conteúdos de ensino, o combate ao abandono escolar, a diminuição da exclusão social e da desigualdade de oportunidades entre periferias e centros urbanos.

Tendo como principal público alvo crianças do 1º ciclo, mas incluindo também jovens do 2º e 3º ciclos de escolaridade, o projeto Orquestra Geração proporciona o ensino e a prática da música em contexto orquestral a muitos jovens que dificilmente a ele teriam acesso, sendo a frequência gratuita, incluindo os instrumentos, que são cedidos aos alunos pelos mecenas.

A implantação do projeto em cada escola faz-se por três fases: ensino dos instrumentos de cordas no primeiro ano, de sopro no segundo, e de percussão no terceiro. Em Portugal o projeto arrancou em 2007, tendo sido pioneira a Escola Miguel Torga, na Amadora. Atualmente conta com a adesão de escolas nos concelhos de Lisboa, Amadora, Sintra, Sesimbra, Loures, Vila Franca de Xira, Oeiras, Coimbra, Amarante e Mirandela. A coordenação artística é feita pela Escola de Música do Conservatório Nacional.


Sobre os Realizadores

Filipa Reis (1977) formou-se em Gestão de Empresas na Universidade Católica Portuguesa. Na mesma universidade completou a sua formação pós-graduando-se em Cinema e Televisão. Atualmente frequenta o 2º ano do Mestrado em Desenvolvimento de Projeto Cinematográfico da Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa.

João Miller Guerra (1974) é licenciado em Design pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa. Completou a sua formação académica com o Curso Regular de Pintura e com o Curso Avançado de Artes Plásticas no AR.CO – Centro de Arte e Comunicação Visual.

Filipa funda em 2008 a produtora VENDE-SE FILMES onde desenvolve em colaboração com o João Miller Guerra projetos cinematográficos e programas televisivos.

Em 2010 correalizam com Nuno Batista o filme Li Ké Terra que foi distinguido no Festival DocLisboa 2011 com o Prémio para a Melhor Longa-Metragem Portuguesa e com o Prémio Escolas, obtendo ainda uma Menção Honrosa no festival MiradasDoc, em Espanha. Li Ké Terra foi selecionado para vários festivais de cinema internacionais - Cinéma du Réel, em França; Dok.Fest, na Alemanha; Krakow Film Festival, na Polónia; Mediawave Festival, na Hungria; Pravo Ljudski, Bósnia e Herzegovina; Cinemigrante, na Argentina; Dockanema, em Moçambique e Festival Sttodiciotto, em Itália.

Em 2011 realizam o documentário Orquestra Geração e a curta metragem Nada Fazi. Orquestra Geração foi selecionado para a secção Competição Nacional do DocLisboa 2011 e para a Competição Internacional do festival Cinema du Réel, em França. Nada Fazi esteve na competição internacional do Festival Molodist 2011, em Kiev e ganhou o Prémio Cinema Português 2012 no Fantasporto.

Em 2012, Filipa e João finalizam o projeto Cama de Gato, selecionado para a competição internacional do festival Indielisboa, que acaba por vencer o Prémio Pixel Bunker para a Melhor Curta Metragem Portuguesa.


Sobre a Produtora Vende-se Filmes

A Vende-se Filmes é uma produtora audiovisual de filmes documentários e de ficção, séries de televisão e filmes publicitários. Com sede em Lisboa, foi fundada por Filipa Reis e João Miller Guerra em 2008.

Tendo como ponto de partida um pensamento independente sobre a sociedade em que vivemos e um olhar atento perante as mentalidades contemporâneas, a cultura e as expressões artísticas, a Vende-se Filmes ocupa um lugar na realidade mutante da imagem. Aposta sobretudo em criações de caráter autoral, no contacto permanente com a realidade e com o registo documental, quebrando fronteiras e construindo pontes entre géneros, formatos e meios de comunicação, conseguindo assim um equilíbrio criativo e económico sustentável.

O seu trabalho caracteriza-se por relações duradoras com parceiros, instituições, empresas e pessoas.

É o caso da Fundação Calouste Gulbenkian, com quem produziu e realizou trabalhos sobre Inovação Social, o projeto Orquestra Geração e o projeto Kê Li Kê Lá, de sensibilização artística e formação em cinema no bairro Casal da Boba, na Amadora.

Da ligação a esse bairro nasceu Li Ké Terra, documentário vencedor do Prémio de Melhor Filme Português e Prémio Escolas no Festival DocLisboa 2010; e Nada Fazi, curta-metragem de ficção vencedor do prémio de Melhor Filme Português no Fantasporto 2012. Do projeto homónimo da Fundação Gulbenkian nasce ainda Orquestra Geração, documentário presente em festivais como DocLisboa e Cinéma du Réel.

Da relação com a Câmara Municipal de Setúbal surge Cama de Gato, vencedor do Prémio para Melhor Curta-Metragem no IndieLisboa 2012; e ainda Bela Vista e Um Fim de Mundo, documentário e ficção em pós-produção.

Também com a RTP a colaboração tem sido preciosa, com os programas de culinária O Melhor da Comida, com o Chef José Avillez e Ingrediente Secreto, com o Chef Henrique Sá Pessoa. A Vende-se produziu ainda a série BI, que combinava formação, concurso e documentário em diferentes bairros sociais; e assinou a realização dos programas Vamos Ouvir e 7 Palmos de Testa.

No campo da publicidade a relação com a agência Havas Sport & Entertainment foi fundamental na produção de campanhas para a Coca-Cola, Turismo de Portugal, Caixa Geral de Depósitos, Privat Bank e Modalfa.

No plano internacional, a Vende-se Filmes coordenou o projeto Belonging/Pertencer/Chez Nous, um projeto de vídeo criativo para jovens coproduzido com as organizações Manifesta e Runnymede para a RTP 2,  BBC, Channel 4 e France 5; coproduziu o documentário Maputo Dancing Dump com Suttvuess (Itália), com o apoio da RAI 3 e da RTP 2; está a pós-produzir a série documental Triângulo, em coprodução com Brasil e Angola e o apoio da RTP 2.



Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.

 

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