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EXPOSIÇÃO "DO SAGRADO AO PROFANO... NO FIGURADO DE BARCELOS"

Mais de 18.000 pessoas visitaram a Exposição “Do Sagrado ao Profano... no Figurado de Barcelos”, patente ao publico em “A Arte da Terra” em Lisboa.


Mais de 18.000 pessoas visitaram a Exposição “Do Sagrado ao Profano... no Figurado de Barcelos”, patente ao publico em “A Arte da Terra” em Lisboa.

A mostra, que reune obras de 23 artistas – incluindo os maiores nomes do artesanato de Barcelos, como Julia Ramalho, Julia Cota e Mistério, entre outros – inclui ainda importantes peças do espólio do Museu da Olaria de Barcelos, nunca apresentados em Lisboa.  

No início do século passado, surgem em Portugal novos conceitos de preservação cultural, nomeadamente nas areas artisticas, nas quais o artesanato de Barcelos assume um papel de relevo enquanto manifestação artistica popular. Este tipo de artesanato desde o início que se afirma como uma forma de expressão popular, sinónimo de múltiplos saberes, por vezes obtusos e análogos na sua aparência, mas distintos na sua natureza.

No final dos anos 50, um pouco como resultado de um crescente reconhecimento artistico por parte de alguns intelectuais da época, nomes como Rosa Ramalho, Ana Baraça, Rosa Côta ou Mistério (entre outros) lideram uma mudança artistica e entram no universo do sagrado, com a produção de de peças que retratavam as cenas da vida de Cristo, da Virgem, dos Padroeiros e as Procissões.

A arte popular (figurado), como expressão máxima dos Credos, Temores e Devoções da sociedade, rápidamente adotou os simbolos e imagens presentes na mensagem evangelizadora da Igreja, como forme de expressar e retratar as tradições religiosas do povo, na sua forma mais autêntica.

Estas obras não forma, nem são usadas para atos sagrados, ou veneração publica. Eram fruto de um imaginário de uma cultura religiosa fortissima e estavam lado a lado com diabos e outras figuras profanas, retratando os credos, temores e superstições  de um povo.

Estava marcado definitivamente o (re)inicio de uma abordagem artistica que se cimentou até aos dias de hoje, fruto de uma capacidade de conjugação de tradição e modernidade, por parte da imensa e rica comunidade de artistas de Barcelos (das mais importantes de Portugal).

É esta riqueza e diversidade, entre o sagrado e o profano, que a “A Arte da Terra”, e o Muncipio de Barcelos, apresentam em exposição a decorrer de até 16 de setembro, em “A Arte da Terra” na Rua Augusto Rosa, 40, junto á Sé.


"A Arte da Terra"
Rua de Augusto Rosa, nº 40
1100-059 Lisboa
Telef.: 212 745 975
Mail: arte@net.sapo.pt
Site: www.aartedaterra.pt



Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.

 

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