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SEGUNDA RESIDÊNCIA RED BULL HOUSE OF ART EM 2012
Na segunda residência do ano na Red Bull House of Art, quem manda é a imaginação de Lúcia Prancha. “o sol que emite uma luz negra” é o seu projeto, que combina referências ao imaginário romântico – especialmente ao simbolismo da sombra – e a personagens da cultura brasileira numa elaborada composição de ambientes soturnos, que remetem para a obscuridade.
Na segunda residência do ano na Red Bull House of Art, quem manda é a imaginação de Lúcia Prancha. “o sol que emite uma luz negra” é o seu projeto, que combina referências ao imaginário romântico – especialmente ao simbolismo da sombra – e a personagens da cultura brasileira numa elaborada composição de ambientes soturnos, que remetem para a obscuridade. Estes temas indiciam-se num conjunto de esculturas e numa série de encontros com personalidades brasileiras e apresentações de filmes de terror organizados pela artista.
A primeira mulher a ocupar a casa mais criativa de Lisboa é uma verdadeira cidadã do mundo: a artista, nascida em 1985, estudou na Universidade de Lisboa mas vive há alguns anos em São Paulo, aí fazendo múltiplas coisas. Por exemplo, estudou da Universidade de São Paulo, recebeu uma bolsa da 2ª edição do programa INOV-Art para realizar um estágio profissional no departamento de Pesquisa e Curadoria da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Integrando a mais recente geração de artistas portugueses, Lúcia Prancha distingue-se pela irreverência e a ironia.
Lúcia Prancha adota o evento como objeto de trabalho e a vivência de situações como prática, intercetando acontecimentos, ficções, figuras e períodos históricos nos seus projetos. Este processo de transferência de um ponto para outro caracteriza-se por um conjunto de conexões invisíveis – réplicas de objetos, articulações de sentidos – que constroem imagens, assim tornando material a relação da artista com tais ideias.
Lúcia Prancha explora as fronteiras entre desenho, instalação e performance, bem como a tradução destas disciplinas em publicação. Desde o ano passado que desenha uma série de objetos relacionados com os dois países onde vive: Portugal e Brasil. Numa análise acerca destes dois lugares, realiza obras que refletem a contradição entre o otimismo económico brasileiro e uma Europa eclipsada pela crise.
“o sol que emite uma luz negra” é um projeto comissariado por Miguel Amado, cuja biografia assenta às mil maravilhas na Red Bull House of Art. Formado em Curating Contemporary Art no Royal College of Art, em Londres, o seu engenho já se manifestou em instituições tão emblemáticas como a Tate St Ives, no Reino Unido, e a Rhizome no New Museum de Nova Iorque ou, por cá, a Fundação PLMJ e o Museu Coleção Berardo. A sua reconhecida colaboração com jovens artistas, marcada por um gosto pelo risco e uma fuga ao convencionalismo, encontra na Red Bull House of Art um local de eleição.
Os audazes e os curiosos estão convidados para as Open House que decorrem a 15, 22 e 29 de junho e a 6 de julho (consultar o programa em www.redbull.pt/houseofart). São oportunidades perfeitas para espreitar o work in progress de um projeto que promete agitar os alicerces do conformismo.
Lúcia Prancha, Schlemihl Giving His Shadow Away, 2012
Residência artística: 21 de maio a 11 de julho de 2012
Inauguração: 12 de julho
Exposição: 13 de julho a 11 de agosto, de terça-feira a sábado, das 14h às 19h
O que é a Red Bull House of Art?
http://www.redbull.pt/cs/Satellite/pt_PT/Video/Sabe-mais-sobre-a-Red-Bull-House-of-Art021243158207350
Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.