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30.º FESTIVAL MÚSICA EM LEIRIA
O concerto inaugural do 30.º Festival Música em Leiria (FML) terá Arianna Savall como protagonista, numa noite que nos levará do Mediterrâneo ao Mar do Norte, numa viagem que estabelece pontes subtis e laços invisíveis entre culturas diferentes, e onde a voz, a harpa e o violino servem a poesia e a música que canta o amor e o mistério da vida.
Arianna Savall enfeitiça em viagem mística |
O concerto inaugural do 30.º Festival Música em Leiria (FML) terá Arianna Savall como protagonista, numa noite que nos levará do Mediterrâneo ao Mar do Norte, numa viagem que estabelece pontes subtis e laços invisíveis entre culturas diferentes, e onde a voz, a harpa e o violino servem a poesia e a música que canta o amor e o mistério da vida. Com palco no m|i|mo – Museu da Imagem em Movimento, o espetáculo acontece sábado, dia 26 de maio, às 21h30, onde Arianna Savall, no canto e harpa, acompanhada por Petter Udland Johansen, no canto, rabeca e bandolim, e por Miquel Angel Cordero, no contrabaixo, trazem a Leiria “Peiwoh – cantos do norte e do sul”.
Os três artistas, que formam o grupo Hirundo Maris, interpretarão temas ímpares mas complementares, numa jornada que percorre temas tradicionais irlandeses, escoceses, espanhóis ou noruegueses, e outros, como o canto espiritual negro. Arianna Savall descreve a harpa como um arco e cinco cordas abraçadas pela mão humana, e descreve Peiwoh como um conto taoista que revela o mistério da arte como um processo mágico que nos conta que, há muito tempo, a criação artística era experimentada como um ato sagrado.
«Cada um de nós pode transformar-se numa harpa e permitir que a música encha o nosso corpo e a nossa alma», refere Arianna Savall sobre a obra. «Peiwoh representa o respirar das várias tradições que me ajudaram a criar e dar expressão ao meu mundo musical. É uma infinita fonte de inspiração. Peiwoh junta as várias linguagens, cores e sons que ouvi enquanto criança. Cada linguagem tem o seu próprio ritmo e melodia que modula cada um de forma distinta, influenciando e inspirando o caráter e estilo da canção». Segundo a artista, Peiwoh leva-nos por um processo de maturação, um diálogo entre ritmo (percussão), música de poesia, cordas dedilhadas e a voz humana, que conduz o espectador por diferentes períodos e estilos, atmosferas e paisagens, ritmos e melodias, sons e silêncios.
*Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico*