Notícias
PRÉMIO GRÉMIO LITERÁRIO 2011
No passado dia 18 de abril, na sessão comemorativa do 166º aniversário do Grémio Literário, foi entregue o Prémio Grémio Literário 2011 aos projetos de restauro do Palácio de Monserrate e Chalet da Condessa d’Edla (ambos projetos levados a cabo pela Parques de Sintra e alvo de cofinanciamento do fundo EEA Grants).
Prémio Grémio Literário 2011 atribuído aos restauros do
Palácio de Monserrate e Chalet da Condessa d’Edla
. Júri presidido pelo Prof. Doutor José Augusto França
. Projetos de restauro da Parques de Sintra – Monte da Lua
. Cofinanciamento EEA Grants
No passado dia 18 de abril, na sessão comemorativa do 166º aniversário do Grémio Literário, foi entregue o Prémio Grémio Literário 2011 aos projetos de restauro do Palácio de Monserrate e Chalet da Condessa d’Edla (ambos projetos levados a cabo pela Parques de Sintra e alvo de cofinanciamento do fundo EEA Grants).
Este Prémio, anual, foi instituído pela primeira vez em 1966 e reinstituído em 2006, e é destinado a distinguir obras culturais originais de autores portugueses realizadas, publicadas ou produzidas no decurso do ano anterior. São consideradas obras de criação literária, artística ou ensaística, com temática referente ao séc. XIX em Portugal. O júri do Prémio (Conselho Literário), constituído por diversas personalidades, é presidido pelo Prof. Doutor José Augusto França e o prémio é atribuído anualmente na data do aniversário do Grémio Literário (18 de abril).
A seleção destes dois projetos para atribuição do prémio 2011 prendeu-se com a qualidade das intervenções e o papel da Parques de Sintra na defesa e valorização do património construído em Portugal.
Foram também atribuídas Menções Honrosas, nomeadamente ao Arquiteto José Maria Lobo de Carvalho (pela investigação e projeto de arquitetura da recuperação do Chalet da Condessa d’Edla), Professora Dra. Maria de Fátima Bonifácio (livro “Memórias do Duque de Palmela”), Dr. Eurico Gomes Dias (livro “A Construção da História Medieval na Imprensa Periódica Portuguesa de Oitocentos”), Dr. António Mega Ferreira (livro “Macedo: Uma biografia da Infâmia”) e Professora Dra. Irene Vaquinhas (livro “História da Vida Privada em Portugal. A Época Contemporânea”).
O restauro do Palácio de Monserrate
O Palácio de Monserrate, Imóvel de Interesse Público, constitui uma referência obrigatória da arquitetura do período romântico em Portugal, espelho de um ecletismo em que se cruza uma interpretação do gótico veneziano com influências indianas e mouriscas.
Em maio de 2007, na sequência de uma bem-sucedida candidatura a subsídio do fundo EEA-Grants (maioritariamente financiado pela Noruega), a Parques de Sintra iniciou o processo de recuperação do interior do Palácio (as coberturas e fachadas tinham sido recuperadas em 2004), com o objetivo de o reabrir ao público, segundo o princípio de “abrir para obras”. As intervenções centraram-se na instalação de infraestruturas de energia e iluminação, aquecimento, água, saneamento, segurança e comunicações, bem como na instalação dos equipamentos para melhor acessibilidade. Em paralelo, procedeu-se à conservação e restauro, à vista dos visitantes, da Biblioteca, Capela, Cozinha e fogão, Copa, Garrafeira, e Despensas e dos estuques decorativos e limpeza de cantarias. Este conjunto de trabalhos teve como objetivo dotar o Palácio de todos os requisitos essenciais ao seu correto funcionamento como polo de visita e como espaço para a realização de eventos – exposições, concertos, reuniões e conferências. Os trabalhos de conservação e restauro prosseguem, espaço a espaço, dando continuidade às intervenções já realizadas.
A intervenção foi concluída em junho de 2010, tendo o projeto merecido já o prémio do Turismo de Portugal em 2010, na categoria de Requalificação de Projeto Público
O restauro do Chalet da Condessa d’Edla
O Chalet da Condessa d’Edla foi construído pelo Rei D. Fernando II e sua segunda mulher, Elise Hensler, Condessa d’Edla, entre 1864-1869, na zona ocidental do Parque da Pena, segundo o modelo dos Chalets Alpinos então em voga na Europa. Em julho de 1999, na sequência de continuado abandono, o edifício foi alvo de um incêndio de origem alegadamente criminosa, que destruiu o interior, incluindo pavimentos e coberturas, deixando apenas as paredes de alvenaria de pedra a cal. O projeto de reconstrução visou devolver o Chalet ao seu estado original, embora atualizando situações cuja deficiente execução (por exemplo, ausência de drenagens pluviais) assim o exigiu. O início dos trabalhos deu-se com o levantamento, limpeza e estudo dos escombros, bem como com o registo e seleção de salvados do incêndio, para eventual reintegração ou reprodução, e foram consolidadas as superfícies decorativas remanescentes. Simultaneamente, foi desenvolvido um minucioso modelo tridimensional em software CAD, reproduzindo todos os elementos e o sistema construtivo original, que apoiou o projeto de reconstrução/restauro. Na primeira fase do projeto (também objeto de subsídio do EEA Grants), concluiu-se a reconstrução, até à fase de toscos – de paredes, pavimentos, coberturas, vãos e varanda – incluindo a consolidação estrutural e a instalação de infraestruturas de saneamento, energia, aquecimento, comunicações e segurança. Seguiu-se, com o Chalet sempre “aberto para obras”, a fase de restauro dos interiores com a pintura de madeiras e acabamento das superfícies, envolvendo o restauro e reintegração de elementos salvos, da qual se encontra já terminada a Sala das Heras. De salientar também a recuperação do portão e da Casa do Guarda do Chalet (acolhimento de visitantes e interpretação ambiental), com financiamento do Programa Operacional do Ambiente, nas traseiras da qual será construída uma cafetaria e instalações sanitárias para apoio a toda a zona.
Foto: Giorgio Bordino
Sobre o Grémio Literário
O Grémio Literário é uma Instituição de Utilidade Pública fundada em 1846 por carta régia de D. Maria II. Entre os seus fundadores contou com Alexandre Herculano e Almeida Garrett, bem como com outras grandes personalidades da vida cultural e política da época. Assegura convívio internacional a professores, escritores, juristas, médicos, economistas, empresários, diplomatas, personalidades da política, chefes de Estado e chefes de governo. É membro honorário da Ordem de Santiago da Espada (1996) e titular da Medalha de Honra da Cidade de Lisboa (1987), bem como considerado de “Utilidade Pública” «pela notável atividade de uma das associações mais antigas da Europa e pela importância das ações desenvolvidas na defesa da língua portuguesa» (1996). (www.gremioliterario.pt)
Sobre a Parques de Sintra - Monte da Lua
A Parques de Sintra - Monte da Lua SA (PSML) é uma empresa de capitais exclusivamente públicos, criada em 2000, no seguimento da classificação pela UNESCO da Paisagem Cultural de Sintra como Património da Humanidade. A sua criação teve como objetivo reunir as instituições com responsabilidade na salvaguarda e valorização da Paisagem Cultural de Sintra, e o Estado Português entregou-lhe a gestão das suas principais propriedades na zona.
Em 2011, os valores naturais e culturais que a PSML salvaguarda e valoriza (Parque e Palácio da Pena, Chalet da Condessa d’Edla, Castelo dos Mouros, Palácio e Jardins de Monserrate e Convento dos Capuchos) receberam aproximadamente um milhão e setenta mil visitas, cerca de 90% das quais por parte de estrangeiros. São acionistas da PSML o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, a Direção Geral do Património Cultural, o Turismo de Portugal e a Câmara Municipal de Sintra.
www.parquesdesintra.pt ou www.facebook.com/parquesdesintra
Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.