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"WHAT I HEARD ABOUT THE WORLD"

Entre o que provém do que é representado e o que surge na própria representação está o interesse de representar: tornar presente aquilo que está ausente, através do que efetivamente se apresenta.


"What I Heard About The World"

Entre o que provém do que é representado e o que surge na própria representação está o interesse de representar: tornar presente aquilo que está ausente, através do que efetivamente se apresenta. Quando se tenta representar o mundo, os desvios do retrato tornam-se tão evidentes como a contingência de quem ensaia fazê-lo.

Os sons produzidos por alguém quando está em casa disponíveis num CD. Uma empresa especializada em vender as provas de que se esteve num sítio onde não se esteve. Fatos postos em fotografias de defuntos para aparecerem no jornal. Burros pintados com listas brancas. Carpideiras. Réplicas. Manifestantes para alugar. Operações cirúrgicas para alterar as linhas da mão. Histórias verdadeiras sobre coisas falsas. Uma para cada país, do Afeganistão ao Zimbabué. Construir um mapa de coisas falsas para reconhecer o mundo. Foi a partir de um mapa assim que se fez what I heard about the world. Mas o espetáculo não é esse mapa. Contam-se apenas algumas histórias. Deambula-se pela necessidade de as contar. Numa sala, três narradores, uma girafa, um cato.

A mala voadora é uma companhia de Lisboa, dirigida por Jorge Andrade e José Capela. Third Angel é uma companhia de Sheffield, dirigida por Alexander Kelly e Rachel Walton. As duas companhias conhecem-se desde 2004 e têm-se encontrado ocasionalmente para partilhar algumas ideias com vista a uma colaboração. Foi dessas conversas que resultou o plano what I heard about the world.


Ficha Técnica
conceção e interpretação
Alexander Kelly . Chris Thorpe . Jorge Andrade
colaboração José Capela . Rachael Walton
luz João d’Almeida
produção Manuel Poças
assistência Lauren Stanley
coprodução mala voadora . Third Angel . Maria Matos Teatro Municipal . Sheffield Theatres . Pazz Festival
apoio LuxFrágil . Fundação Calouste Gulbenkian . Jardins da Linha


Datas Internacionais

Story Map
Dia 31 de janeiro, entre as 10h00 e as 22h00
ARC, Stockton, Inglaterra

What I Heard About The World
Dia 2 de fevereiro, 19h30
ARC, Stockton, Inglaterra

What I Heard About The World
Dias 8, 9 e 10 de fevereiro, 20h15
Northern Stage, Newscastle, Inglaterra
Nota: No dia 9 haverá conversa com o público antes e depois do espetáculo.

What I Heard About The World
Dia 16 de fevereiro, 19h30
Axis Art Center, Crewe, Inglaterra

What I Heard About The World
Dia 17 de fevereiro
Zion Arts Center, Manchester, Inglaterra

What I Heard About The World
Dia 20 de fevereiro, 20h00
The Junction, Cambridge, Inglaterra

What I Heard About The World
Dia 22 de fevereiro a dia 3 de março, 19h45 (também com matinés aos sábados às 15h30)
(exceto dia 26 de fevereiro)
Soho Theatre, Londres, Inglaterra

What I Heard About The World
Dia 6 de março, 20h00
Exeter Phoenix, Exeter, Inglaterra

What I Heard About The World
Dia 8 de março, 20h00
Theatre Royal, Windchester, Inglaterra

What I Heard About The World
Dias 9 e 10 de março, 20h15
The Brewery, Bristol, Inglaterra

What I Heard About The World
Dia 16 de março, 19h30
The Core, Corby, Inglaterra

Story Map
Dia 17 de março, entre as 10h00 e as 22h00
The Core, Corby, Inglaterra

Story Map
Dia 24 de março, entre as 10h00 e as 22h00

The Albany, Londres, Inglaterra


mala voadora
A mala voadora foi fundada por Jorge Andrade e José Capela, responsáveis pela direção artística da companhia, e apresentou o primeiro espetáculo em maio de 2003.

Não temos convicções definitivas sobre a missão do teatro ou sobre a nossa missão no teatro. Temos vindo a trabalhar a partir de temas ou materiais que, na sua diversidade, se encontram relacionados com o quotidiano, entre as suas dimensões mais políticas e as mais afetivas: uma coleção de selos, o registo áudio de um jantar entre três amigas, a violência e a catástrofe como ingredientes do entertainment, a passagem do conteúdo dos livros para o teatro, a retórica dos discursos políticos, um conjunto de cerca de 2000 bibelots, cenas de morte do cinema (e também algumas peças de teatro). No seu encontro com o público, os espetáculos partem de coisas que toda a gente conhece.

Na mala voadora não temos um modelo metodológico, não procuramos fixar uma linguagem, não insistimos num determinado “universo”. Em cada projeto, em função da especificidade do tema ou dos materiais adotados, tentamos reequacionar o modo de chegar ao espetáculo e o modo de o resolver cenicamente. “Tema”, “processo criativo” e “dispositivo cénico” tornam-se assim uma só coisa, matéria conjunta de especulação. No seu encontro com o público, cada espetáculo apresenta uma nova possibilidade do que pode ser “teatro”.

Isto tem-nos permitido não fazer grande distinção entre a vertente ontológica dos espetáculos e a missão autorreflexiva que caracteriza as práticas que podem ser designadas como artísticas: ao trazermos para o teatro materiais sem estatuto artístico, estamos ao mesmo tempo a confrontá-lo com as contingências da produção cultural genérica que contextualizam e condicionam a sua prática e a sua leitura.

A mala voadora é uma estrutura financiada pela Secretaria de Estado da Cultura – Direção Geral das Artes, e é estrutura associada da Associação Zé dos Bois.



Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.

 

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