Concerto das 3 bandas no Festival Etnias Os conceituados Galandum Galundaina, os contagiantes Pé Na Terra e os irreverentes MU juntam os seus talentos para a realização de um concerto com as três bandas, no dia 10 de Dezembro, pelas 22h00 no palco do Contagiarte inserido no Festival Etnias. À semelhança dos três grandes cantautores portugueses Fausto, Sérgio Godinho e José Mario Branco, uma nova geração decidiu criar um espectáculo único para dar mais expressão ao novo ciclo de abordagem à música tradicional que se vive em Portugal.

Os 3 grupos, com abordagens diferentes à música portuguesa e com percursos muito próprios, decidiram reunir-se para continuarem a fazer o que mais gostam: a fusão e experimentação na música tradicional. Cantando e tocando as músicas uns dos outros, eles mantêm viva a memória da tradição e das raízes populares, ao mesmo tempo que apostam numa renovação musical projectada para o século XXI.

Assim, aos Galandum Galundaina um dos grupos de referência, que agitaram a música tradicional nos anos 90, ao aclamarem o mirandês como idioma para a sua sonoridade, juntam-se às bandas Pé na Terra e MU. As últimas duas, sendo de uma geração mais nova, trazem consigo uma postura diferente, rebelde e desafiadora no contexto folk português. Os Pé na Terra têm uma sonoridade demarcadamente portuguesa e os MU de fusão com outros idiomas, mas o que carateriza ambas é junção de diversos estilos e culturas musicais assinalada por uma carreira em crescendo, tal como testemunham os diversos concertos realizados em Portugal e no estrangeiro.

Catalisando novas experiências e sons, este promete sem dúvida ser um concerto memorável e que merece ser extensível a mais palcos.

Sobre os grupos:

GALANDUM GALUNDAINA
Exploradores da arte ancestral de tocar gaitas-de-foles, os Galandum Galundaina apareceram nos anos 90, tomando de assalto o panorama cultural do Nordeste Transmontano.
Nascidos e criados no planalto Mirandês, os membros do grupo assumem-se como herdeiros legítimos da tradição musical e etnográfica da região, envoltos nas mantas da tradição e costumes, que foram resistindo aos tempos.
O grupo é composto por quatro músicos transmontanos têm dedicado uma boa parte da sua vida a recolher, estudar e divulgar nas suas mais diversas formas a música tradicional do local onde nasceram. Ao mesmo tempo, o grupo tenta dar a estas ancestrais sonoridades um toque de modernidade, nunca descurando os ritmos e timbres dos instrumentos e vozes.
Ainda mais interessante é o facto de serem eles próprios a construir, a modificar e a transformar a maior parte dos seus instrumentos. É desta forma peculiar que conseguem retirar sons e afinações únicas, o que lhes confere um estilo muito próprio no universo profundo das raízes da música popular portuguesa.

PÉ NA TERRA
Os Pé na Terra formam-se em 2005, dedicando-se inicialmente à recolha e interpretação de temas tradicionais portugueses bem como à criação de originais.
Em 2007 o grupo passa à sua constituição actual de 5 elementos onde Gaitas, Acordeão e voz, Percussões Tradicionais, Guitarra e Baixo se juntam para homenagear a tradição, sem deixar de lhe dar um certo toque de modernidade.
Ao cruzarem temas tradicionais das mais diversas regiões de Portugal com composições originais onde se denota a sua paixão pela inovação e ingerência de outros géneros musicais como o rock, os Pé na Terra ganham uma nova dinâmica.
Com mais de 150 concertos realizados na Europa e dois trabalhos discográficos – “Pé na Terra” (2007) e “13” (2010) a banda vai criando uma sólida carreira nas músicas do mundo.
Um grupo original que transforma cada concerto numa festa, cada música num ritual sonoro.

MU
Os MU iniciaram o seu percurso musical em 2003 em busca de fusão e de experimentação no seio da música tradicional. Muitos foram, e continuam a ser, os estilos que caracterizam esta banda portuguesa. Os seis membros dedicam-se aos mais variados instrumentos provenientes dos quatro cantos do mundo, o que permite a este projecto viajar por distintas culturas e sonoridades tradicionais e de fusão. A junção de instrumentos oriundos de diversos países permitiu aos MU descobrir na música uma viagem por mundos perdidos e resgatá-los até à actualidade.
Entre danças esvoaçantes, vozes femininas e instrumentos variados, os MU criam ao vivo um momento de alegria contagiante. Ao longo do seu percurso, os MU contam já com dois trabalhos discográficos, Mundanças (2005) e Casanostra (2008).
A nível nacional, destaca-se a sua vitória no concurso de musica folk Arribas Folk e o prémio Carlos Paredes. Já actuaram em diversos festivais de world music de renome nacional internacional.