Durante o Dia Europeu Sem Carros, a FNAC e a Quercus levam a cabo uma campanha de sensibilização ambiental, subordinada ao lema Para Um Melhor Ambiente, Conduza Menos, Leia Mais, que associa a utilização do transporte colectivo ao hábito da leitura simbolizado pela oferta de mini-livros, distribuídos em zonas de interface de vários transportes colectivos do Porto e de Lisboa.

Conscientes de que o objectivo do Dia Europeu Sem Carros é o de combater a poluição gerada pelo tráfego motorizado no ambiente urbano, especialmente de automóveis particulares, a Quercus e a FNAC, em parceria com a Porto Editora, as empresas de transportes públicos (Carris, Fertagus, Metro de Lisboa, Metro do Porto, REFER, Soflusa e Transtejo) e as Câmaras Municipais de Lisboa e do Porto, decidiram celebrar esta efeméride de uma forma original, sensibilizando o público em geral para a utilização do transporte colectivo em detrimento do individual. Desta forma, e ao longo do dia 22 de Setembro, serão oferecidos mini-livros com o objectivo de relembrar os transeuntes de que a possibilidade de ler durante uma deslocação é uma das mais-valias inerentes ao uso de transportes públicos.

A distribuição dos mini-livros decorrerá durante todo o dia nas cidades de Lisboa (Cais do Sodré, Restauradores e Sete Rios) e do Porto (Campanhã, Hospital de São João e Praça da Liberdade). Cada mini-livro contém os dois primeiros capítulos de uma novidade literária, oferecendo, na sua contracapa, um desconto de 10% ou de 20% na aquisição da mesma ou de outras, numa FNAC.

O sector dos transportes, principalmente por causa do transporte rodoviário individual, continua a ser, em Portugal, o principal responsável pelas emissões de gases com efeito de estufa causadoras das alterações climáticas. No âmbito do Plano Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC), estão previstas duas medidas de redução das emissões pela transferência de 5% de passageiros do transporte individual para o transporte colectivo, nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, até 2012. Em Lisboa, apenas se conseguiu transferir 1,6% dos passageiros e, no Porto, os resultados são desconhecidos.

O excesso de tráfego automóvel é também a principal causa da ultrapassagem dos valores limite de poluentes na qualidade do ar (partículas e dióxido de azoto), em algumas zonas de tráfego de Lisboa e Porto ao longo dos últimos anos, reduzindo a esperança de vida dos residentes nas zonas afectas em alguns meses.