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Sinetiketa de Cádis, no dia 12 de Agosto e Dos Orillas Ensemble de Andaluzia e de Marrocos, dia 19, são os concertos que encerram a XIX edição do Festival Sete Sóis Sete Luas. Os espectáculos têm lugar às 22H00, na Fábrica da Pólvora de Barcarena. Eis uma oportunidade para descobrir os maravilhosos universos musicais do Mediterrâneo.

O grupo Sinetiketa é fruto da ideia original do guitarrista Pedro Pimentel, sendo composto por músicos da província de Cádis: pelo próprio Pedro Pimentel, por Pepe Pulido (baixo), Carlos Merino (percussão) e Manuel Cabrales (bateria). Cada um colabora em numerosos trabalhos a nível individual, mas dentro deste projecto são todos criativos e produtores ao mesmo tempo. Sinetiketa ignora as fronteiras tanto terrenas como mentais que o ser humano instalou na sociedade ao longo dos anos. Não dá nome a nada nem se define como algo concreto. Pelo contrário, crê na heterogeneidade. E quando esta se funde e transforma em variedade musical, não só se ouvem diferentes melodias, harmonias ou sons, como também se misturam culturas, etnias, tradições, religiões, pensamentos, valores…e definitivamente, modos de vida. Cria-se um modo de vida único e, ao mesmo tempo, heterogéneo, misto, combinado, equilibrado… perfeito.

Sinetiketa é como dizer diversidade. Sinetiketa é compreender a diversidade. Sinetiketa é diversidade, é vida.

O projecto «Dos Orillas Ensemble» surge pela iniciativa de dois prestigiados músicos de duas das margens do Mediterrânico, Andaluzia e Marrocos: Aziz Samsaoui, de Marrakech, e Joaquín Linera, de Cádis. A esta extraordinária dupla musical, juntam-se outros músicos da tradição do flamenco e da música popular de Marrocos, dotados não só de um grande domínio do estilo musical da sua terra de origem, como também de uma grande capacidade para a fusão e para o encontro de culturas. O repertório do concerto compreenderá não só o canto tradicional de cada uma das regiões, num encontro de afinidades e pontos em comum, como também temas musicais de criação própria, procurando uniões harmónicas e melodias, de forma a unir e recrear a música árabe-andaluza.

Nada melhor do que um projecto de diálogo intercultural entre as duas margens do Mediterrâneo para fechar em beleza o fantástico cartaz musical do Festival SSSL em Oeiras.

Relembre-se que, desde Junho a que a Fábrica da Pólvora acolhe a 19ª edição do Festival Sete Sóis Sete Luas, constituída por nove concertos, com a presença de artistas de Itália, de Marrocos, da Croácia e de Espanha, bem como o projecto 7Sóis Med-Criola Orkestra, dirigido pelo português José Barros (vocalista de Os Navegantes), com a participação da cabo-verdiana Tété Alhinho (voz), do espanhol Manuel Cabrales (bateria), do marroquino Jamal Ouassani (violino) e dos italianos Mimmo Epifani (bandolim) e Mario Rivera (baixo).

Este ano, o Festival Sete Sóis Sete Luas é promovido por uma rede cultural de vinte e cinco cidades de dez países do Mediterrâneo e do Atlântico - Brasil, Cabo Verde, Croácia, Espanha, França, Grécia, Israel, Itália, Marrocos e Portugal - e tem como principal objectivo o diálogo intercultural através da realização de projectos de música popular e de artes plásticas, com a participação de grandes figuras da cultura mediterrânica e atlântica.

Programa:

Fábrica da Pólvora de Barcarena, 22h00
2€ (individual), 5€ (família, até 4 pessoas) e 15€ (temporada, abrange o conjunto de 9 espectáculos)

12 de Agosto – Sinetiketa (Espanha)
19 de Agosto – Dos Orillas Ensemble (Andaluzia e Marrocos)