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O GRANDE LIVRO DO ESPECTÁCULO
Já foi lançado no mercado editorial o 2º volume de “O GRANDE LIVRO DO ESPECTÁCULO – Personalidades artísticas Séc. XX”, da autoria de Luciano Reis., cuja edição é da responsabilidade da editora “Fonte da Palavra”.
O GRANDE LIVRO DO ESPECTÁCULO
– Personalidades artísticas Séc. XX - 2º Volume
Autoria: Luciano Reis
Já foi lançado no mercado editorial o 2º volume de “O GRANDE LIVRO DO ESPECTÁCULO – Personalidades artísticas Séc. XX”, da autoria de Luciano Reis., cuja edição é da responsabilidade da editora “Fonte da Palavra”.
Este volume, prefaciado por Miguel Real e Filomena Oliveira, é constituído por 267 Biografias, integradas entre a Letra E e a Letra O, num quantitativo de 270 páginas.
Esta colecção dedicada ao vasto universo artístico, como Actores, Actrizes, Dramaturgos, Compositores, Cenógrafos e Figurinistas, entre outros sectores, será constituída em 3 volumes, totalizando 843 Personalidades deste foco de análise.
É uma obra essencialmente de cariz cultural, aliada a uma vasta dimensão didáctica, expressiva e corporativa do mundo do espectáculo.
Uma obra inovadora e única....cujo autor é Luciano Reis (vide Wikipédia).
PREFÁCIO
LUCIANO REIS - UM ARQUEÓLOGO DA CULTURA TEATRAL
Luciano Reis pediu-nos um prefácio para o segundo volume da sua obra O Grande Livro do Espectáculo, o que muito nos honrou. Com efeito, mais do que um livro, O Grande Livro do Espectáculo constitui o que se pode designar por uma “obra”, tanto no número de páginas (3 volumes) quanto na novidade e no interesse histórico, que marcará, doravante, as futuras histórias do teatro. Como escreveu o professor Duarte Ivo Cruz no prefácio ao primeiro volume, O Grande Livro do Espectáculo opera uma revolução na historiografia do teatro em Portugal, deslocando o campo de investigação da dramaturgia e da memória física dos teatros para o campo dos actores, a grande, grande maioria peões esquecidos do jogo dramático do espectáculo. Este é o real estatuto desta obra, a sua singularidade, impossível de ocultar ou disfarçar. Nós próprios, no seminário “Teatro e Pensamento no Portugal Contemporâneo”, leccionado na Faculdade de Letras, departamento de Filosofia, nos últimos dois anos lectivos, absolutizamos as peças de teatro, os encenadores, as companhias teatrais, a identificação destas com uma linha estética, e raramente falamos de actores, eternos desconhecidos na historiografia teatral.
Luciano Reis tem vindo a alterar este estado de coisas. Fundado numa investigação factual, assente em notícias de jornais e programas de companhias teatrais, tem ressuscitado a vida de alguns actores (Ivone Silva, Vasco Santana, Beatriz Costa, Pedro Pinheiro, Maria Dulce…), emprestando-lhe uma não habitual dignidade historiográfica. Porém, são os três volumes de O Grande Livro do Espectáculo que constituirão doravante o cartão de apresentação de Luciano Reis, cujo estatuto de intervenção historiográfica se mede pelo desenterramento e ressurreição de inúmeros nomes da cena portuguesa há muito esquecidos. Com efeito, o todo da obra de Luciano Reis, cavando fundo nos arquivos históricos, evidencia-se marcado pelo desejo de trazer à luz do dia, em curtas entradas, o que não só presumíamos enterrado como, sobretudo, insignificante para a história. Este Dicionário veio provar exactamente o contrário, abrindo um valiosíssimo, riquíssimo e complexíssimo campo na investigação historiográfico.
Causa algum espanto que esta pequena/grande ruptura na área da pesquisa historiográfica não tenha sido feita por um académico ou um centro de investigação do ensino superior. Luciano Reis, actual director do Museu Leal da Câmara e grande animador cultural de Sintra, é, na genuína acepção das palavra, um “amador”, vive apaixonadamente o teatro, não se coibindo de esgotar o seu vencimento em alfarrabistas na compra dos inúmeros documentos que lhe permitiram hoje dar à estampa esta espantosa obra.
Igualmente, torna-se difícil acreditar que um investigador isolado, no remanso da sua casa em Sintra, tenha pouco a pouco construído esta preciosíssima obra, consultando sobretudo arquivos pessoais. Acrescendo a esta, ora apresentada, Luciano Reis escreveu ainda, com o nosso amigo sintrense Jorge Trigo, a história do Parque Mayer (4 volumes). Estávamos convencidos de que tinha já passado o tempo dos investigadores isolados, animados de uma paixão invencível pelo teatro, como Luiz Francisco Rebello. Afinal, Luciano Reis veio provar que deles é ainda o tempo, trazendo uma frescura nova a um campo saturado de linhas teóricas e vertentes estéticas, animado de um post-modernismo sem quê nem porquê.
Com esta obra, que traz vida nova a nomes aparentemente mortos, Luciano Reis ganhou direito ao qualificativo de “arqueólogo da cultura teatral”.
Filomena Oliveira e Miguel Real