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QUINZE ANOS A FAZER LER
O que partiu do puro prazer de partilhar leituras tornou-se um projecto que põe todos a ler. Cerca de vinte anos depois da ideia inicial e depois de quinze de trabalho continuado, o colectivo tomarense O Contador de Histórias continua a percorrer o país com a sua velha mala carregada de livros, surpresas e afectos.
O que partiu do puro prazer de partilhar leituras tornou-se um projecto que põe todos a ler. Cerca de vinte anos depois da ideia inicial e depois de quinze de trabalho continuado, o colectivo tomarense O Contador de Histórias continua a percorrer o país com a sua velha mala carregada de livros, surpresas e afectos.
A actividade d’O Contador de Histórias desdobra-se entre a edição, as actividades de formação e a animação da leitura para os grupos mais diversos. Crianças, jovens, adultos e idosos, todos têm uma actividade onde podem descobrir os encantos da literatura, através do conto ou da poesia. Mas também grupos específicos como crianças hospitalizadas e reclusos têm tido direito a projectos específicos.
No fundo, o projecto d’O Contador de Histórias baseia-se na convicção de que a leitura é um pilar fundamental na integração social e utiliza o livro e a leitura como instrumento de trabalho na chamada “educação para a cidadania”. A sensibilização ambiental é uma das vertentes desse trabalho, patente em iniciativas como “A história do Senhor Verde”, o atelier “Lua do Mar – os amigos são uma limpeza” ou o livro “A história do Zeca Garro” de Filipe Lopes e Carla Goulart Silva, sobre uma espécie protegida dos Açores, recentemente integrado no Plano Nacional de Leitura.
O Contador de Histórias vai continuar a oferecer aquilo que sempre o caracterizou: uma visão descomplexada da literatura, muito humor e o profundo prazer de percorrer os pontos mais recônditos do país. Neste quinze anos somaram-se muitos milhares de quilómetros, de Norte a Sul, e muitas milhas até à Madeira e Açores.
Nesta nova temporada os destaques vão para a renovada “Oficina de sobrevivência para pais contadores de histórias” que, depois de mais de duas centenas de sessões continua a ajudar os pais na tarefa de tornar divertida a “obrigação” de contar uma história; “O livro e o conto na educação ambiental” é também uma nova oferta para técnicos e outros interessados; os mais novos continuam a descobrir o seu mundo através dos animais com “Histórias com Bicho” ; a poesia que pode fazer chorar mas também rir continua a ser descoberta pelos adolescentes em “Ah! Isto é que é poesia?!; o texto poético para quem acha que não gosta é o desafio de “Isso não se pode ler em público!” .
Os mais idosos continuam a ter direito ao seu tempo e espaço. “Histórias ao Fumeiro” é um espectáculo onde o público tem o papel principal. Depois dos contadores criarem o ambiente são aqueles que têm mais memórias que partilham histórias de outros tempos. A próxima sessão será em Monção, no dia 14 de Outubro, às 14h30, na Biblioteca Municipal.