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"SENTIR O BARRO"
A Câmara Municipal de Braga está a promover, através do seu Gabinete de Arqueologia, uma acção de divulgação dos diferentes tipos e artefactos de cerâmica produzidos e utilizados no período romano.
A Câmara Municipal de Braga está a promover, através do seu Gabinete de Arqueologia, uma acção de divulgação dos diferentes tipos e artefactos de cerâmica produzidos e utilizados no período romano.
Sob a designação “Sentir o Barro”, esta acção consubstancia-se na promoção de ateliês de modelagem em espaço integrado no Núcleo Museológico das Termas Romanas da Cividade, no centro histórico da cidade.
De acordo com o Vereador da tutela, “Sentir o Barro” prolonga-se até final de Março e, embora esteja aberta à participação geral, dirige-se particularmente ao público infanto-juvenil.
A participação nos ateliês – que obriga a marcação prévia – pode ser feita de terça a sexta-feira, das 09h30 às 12h00 e das 14h30 às 17h00.
As inscrições devem ser feitas junto do Núcleo Museológico das Termas Romanas da Cividade (termas.romanas@cm-braga.pt ou 253 278 455).
«A cerâmica é um dos elementos particularmente importantes na história de Braga, contribuindo em muito para o estudo do passado romano da cidade; é, assim, justo o trabalho de divulgação desta arte, cujos vestígios têm chegado até nós através do meritíssimo trabalho dos arqueólogos», justifica o arquitecto Hugo Pires, enfatizando «o valioso espólio já reunido sob coordenação dos óptimos investigadores que temos na academia bracarense».
Este responsável autárquico assume a importância de «uma história viva, feita através da riqueza do património histórico bracarense», sublinhando assim o interesse dos materiais identificados localmente como «relevante recurso pedagógico que a comunidade escolar deve utilizar».
Sublinhe-se, neste contexto, a importância das escavações coordenadas nas últimas três décadas pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho e pelo, que permitiram pôr a descoberto um abundante e diversificado espólio arqueológico, designadamente de origem cerâmica, que tem fornecido informação preciosa sobre o quotidiano da cidade de antanho, muito particularmente durante os séculos de ocupação romana.
Conforme referido, este espólio – integrado na colecção do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, também ele situado na Colina da Cividade – é constituído, em grande parte, por cerâmicas de diferentes tipos e qualidades, produzidas localmente ou importadas de outros pontos do Império Romano.