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PRÉMIO LITERÁRIO REVELAÇÃO AGUSTINA BESSA-LUÍS
Com o romance “A Casa-Comboio”, uma jovem de 29 anos, Raquel Ochoa, é a primeira vencedora do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, instituído, pela primeira vez em 2008, pela Estoril Sol, no quadro das comemorações do cinquentenário da Empresa, mas não atribuído nessa altura pelo facto do Júri não ter encontrado entre os concorrentes nenhuma obra com merecimento bastante para ser distinguida.
Instituído pela Estoril-Sol
Saga de uma família indo-portuguesa
é o primeiro romance vencedor do
Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís
Com o romance “A Casa-Comboio”, uma jovem de 29 anos, Raquel Ochoa, é a primeira vencedora do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, instituído, pela primeira vez em 2008, pela Estoril Sol, no quadro das comemorações do cinquentenário da Empresa, mas não atribuído nessa altura pelo facto do Júri não ter encontrado entre os concorrentes nenhuma obra com merecimento bastante para ser distinguida.
Desta vez, o Júri, a que presidiu o escritor e ensaísta Vasco Graça Moura, considerou que o romance “A Casa-Comboio” revela “ uma assinalável qualidade narrativa, conjugando bem os elementos de natureza documental acerca dos contextos pessoais e colectivos da experiência portuguesa na Índia”. E na acta do Júri, que atribuiu o Prémio por maioria, pode ler-se ainda que “ investigação histórica subjacente ao romance acontece sem prejuízo da construção ficcional. A saga da família Carcomo cativa pela qualidade da efabulação e desenho de personagens”.
O enredo deste romance baseia-se na aventura de uma família indo-portuguesa, originária de Damão, que sobrevive e se adapta à turbulenta História mundial do último século, evocando uma saga nos tempos em que a Índia longínqua era portuguesa.
Quatro gerações habitam Nagar-Aveli, Damão e, por fim, Lisboa. Uma casa é abandonada para sempre. Este romance histórico é baseado num relato verídico.
A autora, Raquel Ochoa – Raquel Maria Fialho Costa Ochoa, de seu nome completo -, nasceu em Lisboa em 1980. Licenciou-se em Direito e cedo despertou nela a paixão pelas viagens, levando-a a publicar um livro de crónicas em 2008, “O Vento dos Outros”, precisamente sobre uma sua experiência vivida na América do Sul. Ainda em 2008, editou “ Bana – Uma Vida a Cantar Cabo Verde”, a biografia do cantor. No plano profissional, é formadora na “Escrever, Escrever”, escola que fomenta a criatividade nesta área.
Este é o seu primeiro romance e, também, o primeiro trabalho sobre a Índia, por onde já viajou algumas vezes.
O Júri do Prémio Revelação Agustina-Bessa Luís, integrou, além de Vasco Graça Moura, que presidiu, Guilherme D`Oliveira Martins, em representação do CNC – Centro Nacional de Cultura; José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores; Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas; Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários; e, ainda, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual e Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, em representação da Estoril Sol.
De acordo com o Regulamento só poderiam concorrer a este Prémio Revelação autores portugueses até aos 35 anos, com um romance inédito e ”sem qualquer obra publicada no género”. O valor do Prémio é de 25 mil euros.
Concorreram a esta segunda edição do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís 72 originais. A iniciativa conta, desde o primeiro momento, com o apoio da Gradiva, que assegura a edição da obra vencedora, através de um Protocolo com a Estoril Sol.
A cerimónia para entrega do Prémio será oportunamente anunciada.