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MAIS CONTOS, MAIS DESAFIOS

A Porto Editora volta a apostar nos contos e desafia alguns dos mais reconhecidos autores portugueses contemporâneos a escreverem para crianças… e sobre vampiros.

A Porto Editora volta a apostar nos contos e desafia alguns dos mais reconhecidos autores portugueses contemporâneos a escreverem para crianças… e sobre vampiros. Tal como em Contos Policiais (2008), a organização é de Pedro Sena-Lino. Gonçalo M. Tavares, Hélia Correia, José Eduardo Agualusa, Miguel Esteves Cardoso ou Rui Zink são alguns dos escritores convidados; nomes como os de Manuel António Pina, com um prefácio, e de Danuta Wojciechowska, com ilustrações, também estão associados às obras.

A aposta nos contos é uma forma de reunir os autores à volta de temas mais ou menos inesperados nos respectivos percursos literários dos autores. Cláudia Gomes, responsável pela edição dos livros, explica que «acima de tudo é um desafio para a Editora e para os autores» e que gostava que esta aposta «contribuísse para trazer mais adeptos a este género de literatura que, ao contrário do que acontece noutros países, parece estar um pouco esquecido nas opções dos nossos leitores». Pedro Sena-Lino concorda e explica que os contos têm «as dimensões ideais» para os dias de hoje: «são a dieta ideal para o equivalente a um dia de leitura. Todos estaríamos bem melhor se lêssemos um conto por dia».

Sobre os autores convidados, Sena-Lino considera que representam «três gerações de ficcionistas» e que demonstram «a vitalidade da ficção portuguesa». E concretiza: «a geração de Hélia Correia, onde ainda ecos do modernismo se defrontam, revelada no início dos anos 80; a de Rui Zink, na geração de ficcionistas revelada em 90, onde o confronto entre romance psicológico ou realista já se tinha esbatido; e a geração mais recente, com Gonçalo M. Tavares ou João Tordo».

Sobre a abordagem de temas diferentes do habitual, o organizador refere que, ao levar a cabo estas «experiências de criação colectiva», se está a suprir «uma ausência grave de trabalho de grupo na literatura portuguesa».

Princesas, Príncipes, Fadas e Piratas com Problemas é publicado a 29 de Outubro e apresentado em Novembro; Contos de Vampiros é editado e apresentado a 29 de Outubro. A Porto Editora fornece novas informações sobre os dois eventos em breve.

Contos de Vampiros

Cláudia Gomes explica que contribuiu para a escolha do tema o facto de ser «diferente» e ainda de constituir um «desafio». No entanto, realça que tanto Pedro Sena-Lino» como a equipa editorial que lidera «já andavam a seguir este fenómeno nos meios internacionais e tudo apontava para que a apetência por estes seres viesse a crescer».

Sinopse:
Por favor não me leia o pescoço. Lembra-se do filme? Agora tem um livro: nove terríveis contos de vampiros,
originais e assinados por autores portugueses contemporâneos, directamente para os seus maiores receios de leitor!
A partir do momento em que iniciar a leitura, a responsabilidade é inteiramente sua.

Primeiras páginas: http://recursos.portoeditora.pt/recurso?&id=1385033

Princesas, Príncipes, Fadas e Piratas com Problemas

Este título, tal como refere Manuel António Pina no prefácio, reúne «seis escritores com distintos percursos literários», que «respondem ao desafio de escreverem textos originais a partir de um tema inesperado e provocador». E também estranhamente pouco explorado, defende Pedro Sena-Lino: «o investimento no tema do pirata deixa-nos pensar como é que um país, tão vítima de ataques de pirataria ao longo de séculos de dominação marítima, não explora mais o tema».

Sinopse: Afinal, os heróis são iguaizinhos a ti. Têm sonhos, projectos, e monstros debaixo da cama. Um dia levantam-se e tornam-se grandes lutadores!

Este livro, com histórias de piratas, fadas, princesas e príncipes com problemas, foi feito para ti. Queres lê-lo? Para te tornares um herói nas aventuras deles, e nas tuas próprias aventuras?

Primeiras páginas: http://recursos.portoeditora.pt/recurso?&id=1384618

BIOGRAFIAS

Pedro Sena-Lino é poeta (biofagia, deste lado da morte ninguém responde, entre outros) e romancista (333, Porto Editora), professor de escrita criativa (Curso de Escrita Criativa I e II, Porto Editora – http://escritacriativa.portoeditora.pt). Doutorando em literatura feminina portuguesa do século XVII, Director da Companhia do Eu.

Ana Cristina Leonardo foi viver para Lisboa em pequenina mas as férias de Verão passava-as no Algarve, em casa da avó, onde ouvia histórias de mouras encantadas, meninos de olhos grandes e lobisomens à solta em noites de lua cheia. Ana ficava com muito medo mas gostava de ter medo ao colo da avó. Depois cresceu, estudou filosofia e teve três filhas. Trabalhou sempre com livros. Escreveu um chamado Joaninha, a Menina que Não Queria ser Gente e agora assina o conto Crispim, o Pirata que Tinha Medo da Água. Ela acha que é um conto para rir.

Ana Luísa Amaral nasceu em Lisboa, em 1956, e vive, desde os nove anos, em Leça da Palmeira. É Professora Associada na Faculdade de Letras do Porto. Tem um doutoramento sobre a poesia de Emily Dickinson e publicações académicas nas áreas de Poéticas Comparadas e Estudos Feministas. Integra a Direcção do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa. Organizou, com Ana Gabriela Macedo, o Dicionário de Crítica Feminista (Afrontamento, 2005). Traduziu a poesia de Eunice de Sousa (Poemas Escolhidos, Cotovia, 2001) e de John Updike (Ponto Último, Civilização, no prelo). Está representada em inúmeras antologias portuguesas e estrangeiras e tem feito leituras dos seus poemas em vários países. Tem onze livros de poesia, e é autora de livros infantis. Editada em França e no Brasil, a sua poesia será brevemente editada também em Itália, na Suécia e na Venezuela. Obteve o Prémio Literário Correntes d’Escritas/Casino da Póvoa, o Prémio de Poesia Giuseppe Acerbi (Itália) e o Grande Prémio de Poesia da APE.

Ana Paula Tavares nasceu na Huíla, Angola, em 1952. É historiadora com o grau de Mestre em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. Publicou Ritos de Passagem, O sangue da Buganvília, O Lago da Lua, Dizes-me Coisas Amargas como os Frutos, Prémio Mário António de Poesia da Fundação Calouste Gulbenkian, Ex-Votos, A Cabeça de Salomé, Manual Para Amantes Desesperados. É ainda autora de alguns ensaios sobre História e Literatura de Angola. Publicação dispersa em Portugal, Brasil, Alemanha, França, Espanha e Suécia.

Gonçalo M. Tavares nasceu em 1970. Recebeu os prémios: Portugal Telecom 2007, José Saramago 2005, LER/Millenium BCP, Branquinho da Fonseca, da Fundação Calouste Gulbenkian e do jornal Expresso, Revelação de Poesia da APE, Conto da APE ?Camilo Castelo Branco, Internazionale Trieste, Belgrado; nomeado para o Prix Cévennes 2009 – melhor romance europeu em França. Os seus livros estão a ser editados em 25 países.

Hélia Correia escreve ficção mas raramente o faz por desafio de alguém. Também não é frequente que se deixe tentar pelas companhias. Não crê exactamente nos vampiros porque esse imaginário lhe parece demasiado organizado e desconfia. Não estando, pois, no seu habitat natural, temeu-se um pouco da aventura pelo que aportou a terreno conhecido que é a sua Inglaterra de oitocentos. Algumas personagens são tomadas de gente que existiu naquele lugar. Não sabe se vai ler os texto dos vizinhos visto que, mesmo acreditando pouco, estas coisas lhe fazem muito medo.

João Pedro Mésseder nasceu em 1957, no Porto, e lecciona Literatura numa instituição do Ensino Superior Público desta cidade. Publicou livros de poesia (como Abrasivas e Elucidário de Youkali seguido de Ordem Alfabética) e cerca de duas dezenas de obras para a infância e a juventude, repartidas pelo álbum, pelo conto e pela poesia, das quais se destacam Versos com Reversos, De que Cor é o Desejo?, A Canção dos Piratas, Histórias de Pedro Malasartes, Romance do 25 de Abril e Línguas de Perguntador.

João Tordo nasceu em Lisboa em 1975. Formou-se em Filosofia e estudou Jornalismo e Escrita Criativa em Londres e em Nova Iorque. Trabalha como guionista, depois de ter passado pelo jornalismo. Foi vencedor do prémio Jovens Criadores em 2001. Publicou três romances, O Livro dos Homens Sem Luz, Hotel Memória e As Três Vidas.

Jorge Reis-Sá nasceu em Vila Nova de Famalicão em 1977. Estudou biologia. Edita as Quasi Edições. Publicou poesia (Biologia do Homem, Vou para Casa, entre outros) e prosa (Todos os Dias, O Dom, Terra, entre outros). Vive na cidade onde nasceu.

José Eduardo Agualusa nasceu na cidade do Huambo, em Angola, em 1960. Estudou Agronomia e Silvicultura em Lisboa. Vive presentemente entre Luanda e Lisboa. Publicou oito romances, três recolhas de contos, um volume de poesia, e três livros para crianças. Publicou também, com os jornalistas Fernando Semedo e Elza Rocha, uma grande reportagem sobre a comunidade africana em Lisboa, com o título Lisboa Africana (1993). Os seus livros estão traduzidos para mais de vinte línguas. O Vendedor de Passados e Nação Crioula estão a ser adaptados para cinema. Escreveu três peças para teatro e criou, em 2006, no Rio de Janeiro, a editora Língua Geral. Em 2007, a tradução inglesa d’ O Vendedor de Passados foi distinguida com o Prémio Independent para a melhor ficção estrangeira.

Miguel Esteves Cardoso nasceu em 1955, é casado e interessa-se por vampiros desde 1963.

Rita Saldanha nasceu em Lisboa a 10 de Agosto de 1977 na mesma Freguesia onde hoje mora, São Jorge de Arroios. Tem ainda uma costela cascaense, pois morou lá mais de 20 anos. É licenciada em Comunicação Social (com especialização em Jornalismo) pelo ISCSP e fez uma pós graduação em Marketing e Comunicação. Trabalha em assessoria de imprensa e relações públicas, como free lancer. Sempre gostou de escrever, e tudo começou em pequena, pequena na máquina de escrever da Mãe, que era verde com as teclas pretas. É casada e tem um cão. Os Segredos do Arco-Íris é o seu primeiro conto infantil a ser publicado.

Rui Zink (Lisboa, 1961) é autor de mais de duas dezenas de livros, alguns dos quais aconselháveis a crianças e jovens. Em 1997 a novela gráfica A Arte Suprema, com António Jorge Gonçalves, recebeu o prémio de melhor livro nacional de BD. Em 2005 o seu romance Dádiva Divina recebeu o prémio Pen Clube. Em 2009 ocupou a cadeira Hélio e Amélia Pedroso/FLAD na Universidade de Massachussetts Dartmouth.

Susana Caldeira Cabaço nasceu em 1970. É juíza e vive em união de facto com um gato. Publicou dois contos em Bicicletas para Memórias & Invenções III e IV (Companhia do Eu). Está a escrever o seu primeiro romance.

ILUSTRADORAS

Danuta Wojciechowska nasceu no Québec (Canadá) em 1960 e é licenciada em Design de Comunicação (Zurique). Fez estudos pós-graduados em Educação pela Arte em Inglaterra. Vive e trabalha em Lisboa desde 1984. Em 1992 fundou o atelier Lupa Design, onde se dedica ao design, ilustração e cenografia. Foi distinguida com várias Menções Especiais do Prémio Nacional de Ilustração, Participou na Exposição Internacional de Ilustradores da Feira do Livro Infantil de Bolonha 2003 e, no mesmo ano, o livro O Gato e o Escuro foi seleccionado pelo The White Ravens. Recebeu o Prémio Nacional de Ilustração de 2003 e foi a candidata portuguesa ao Prémio Hans Christian Andersen em 2004. Ainda em 2004 recebeu o prémio para o melhor livro ilustrado da FIBDA – Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora - para O Sonho de Mariana.

Estela Baptista Costa nasceu em 1975 e licenciou-se em Artes Plásticas, na Escola de Arte e Design (ESAD) das Caldas da Rainha. Concluiu o Curso de Ilustração Infantil do Centro de Imagem e Técnicas Narrativas (CITEN), na Fundação Calouste Gulbenkian. Foi assistente de Bartolomeu Cid dos Santos, nomeadamente no desenvolvimento de cursos de gravura e no seu atelier em Tavira. Trabalhou no Museu de José Malhoa, nas Caldas da Rainha, na área da Animação Cultural, onde desenvolveu várias actividades, principalmente para crianças. Realizou toda a ilustração do Roteiro Juvenil do Museu e colaborou no Roteiro Geral do mesmo, no capítulo sobre a Aguarela. Destaca-se a sua colaboração com o Centro Português de Serigrafia e algumas participações em revistas e livros de poesia. Em 2000, representou Portugal na Exposição Internacional de Ilustradores Figures Futur 2000.

Rachel Caiano nasceu em 1977. Com uma formação que passou pelas artes de palco e pela arquitectura, tem vindo a desenvolver projectos nas áreas de edição de objectos de autor, pintura e ilustração. Recebeu o Prémio Jovens Criadores 2007 na área da ilustração. Os livros Os Dois Lados, e O Leão e o Coelho Saltitão, que ilustrou, foram seleccionado para a Exposição The White Ravens 2008 e The White Ravens 2009. Ilustrou livros de diferentes géneros literários – entre outros, a colecção O Bairro, de Gonçalo M. Tavares, e Histórias Tais, Animais e Outras Mais e Histórias de Tenente com Patente e Outra Gente, de Pedro Teixeira Neves — e colabora, com desenhos e ilustrações, em revistas – por exemplo, Pais e Filhos, Aprender a Olhar, GINGKO, Magazine Artes ou Notícias Magazine.

 

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