"É de Cultura como instrumento para a felicidade, como arma para o civismo, como via para o entendimento dos povos que vos quero falar"

Notícias

POETAS LUSÓFONOS JUNTARAM-SE EM FAMALICÃO

A primeira festa da poesia lusófona que decorreu, no passado fim-de-semana, na Casa de Camilo, em Vila Nova de Famalicão, reuniu cerca de 30 poetas contemporâneos de Portugal, do Brasil e da Guiné-Bissau. Num ambiente descontraído, debateu-se a poesia, a língua portuguesa, as políticas culturais entre os povos de língua portuguesa, para além de reflexões sobre a arte poética em diálogo com a história da literatura e com as outras artes.

A primeira festa da poesia lusófona que decorreu, no passado fim-de-semana, na Casa de Camilo, em Vila Nova de Famalicão, reuniu cerca de 30 poetas contemporâneos de Portugal, do Brasil e da Guiné-Bissau. Num ambiente descontraído, debateu-se a poesia, a língua portuguesa, as políticas culturais entre os povos de língua portuguesa, para além de reflexões sobre a arte poética em diálogo com a história da literatura e com as outras artes. Colocaram em debate os limites de aproximação entre cultura e educação, poesia e literatura, artes e políticas culturais, abrindo, assim, um espaço de liberdade para se pensar sobre a produção poética em todo o mundo português.

O poeta, pesquisador e editor brasileiro Wilmar Silva, autor do projecto Portuguesia, apresentou o I volume do livro/dvd Portuguesia, com 101 poetas, portugueses, brasileiros, guineenses, cabo-verdianos, dando ênfase à importância da língua portuguesa como um património imaterial, que pertence a todos os povos que tem a língua portuguesa como a língua-mãe, uma língua que ocupa um lugar de destaque  frente ao mundo, chamando a atenção para um idioma admirado em todo o planeta.

Entre as muitas discussões expostas ganhou evidencia a questão levantada pelo conceito da contra-antologia em livro/dvd portuguesia, onde os poemas aparecem numa sequencia dessequênciada sem menção do nome dos autores, criando uma relação entre as diferentes linguagens, destacando o carácter de unidade em função do contraste, quando o leitor só poderá chegar a autoria do poema consultando o índice remissivo denominado AEIOU, no final do livro de 512 páginas e 485 poemas.

Além da contra-antologia Portuguesia, apresentada em Seide, foi exibido no último dia o DVD com os 101 poetas recitando alguns dos seus poemas gravados nos seus locais de origem, cruzando autores e países, nomes geracionais, jovens e consagrados, diferentes linguagens.

Portuguesia foi saudada como a expressão que melhor traduz a inclusão de todas as falas e as expressões do português, ampliando e aproximado cada vez mais a cultura portuguesa de todos os continentes. Foi dito que a “Portuguesia é mais inclusiva, mais afectiva e universalizante do que a Lusofonia”.

Mas a grande conclusão é que a Portuguesia já tem novo encontro no ano que vem, outra vez na Casa de Camilo, tendo como inspirador o poeta/novelista, de Seide, culto do português vernáculo.

Esta segunda edição já trará a Seide poetas angolanos e moçambicanos, que se juntam aos portugueses, brasileiros, guineenses e cabo-verdiano.

Prevê-se ainda alargar o programa a outras expressões artísticas, oriundas de todos os países da portuguesia.

 

Agenda
Infantil

Mãos na Massa

LU.CA - Teatro Luís de Camões 21 Jan a 4 Fev 2025

Ver mais eventos
Visitas
101,477,769