MUSEU DE PORTIMÃO EXIBE DOCUMENTÁRIO PREMIADO

"AS OPERAÇÕES SAAL"
18 de Junho – 21h30

Portimão vai ter a oportunidade de assistir no dia 18 de Junho à projecção do documentário “As operações SAAL”, do realizador João Dias, numa sessão marcada para o auditório do Museu de Portimão, a partir das 21h30.

O evento destaca-se pela importância da temática no contexto da arquitectura portuguesa e pela reconhecida qualidade do filme, designadamente através do aplauso de arquitectos, público e críticos, e dos prémios que lhe têm vindo a ser atribuídos, sendo de referir a ante-estreia na Trienal de Arquitectura e o Prémio Midas/Distribuição para Melhor Documentário Português atribuído no festival de referência Doc Lisboa 2008.

A projecção do documentário contará com a presença do realizador e de alguns dos arquitectos intervenientes nas operações. Após a projecção encontra-se prevista a intervenção de João Dias, seguida de debate aberto ao público. A entrada é livre, condicionada à capacidade do auditório.

“…Distribuído pela Midas Filmes e produzido pela Optec, “As Operações SAAL” é o mais completo, abrangente e emocionalmente rico documento, de um período crítico do Pais e da sua história recente. Em 1974/75, um projecto de habitação envolveu arquitectos e população numa iniciativa única e revolucionária. Os pobres conquistavam casas, que eles próprios construíam, e a arquitectura portuguesa dava um passo ímpar na sua afirmação dentro e fora de portas.

(…)

Trinta anos depois, as memórias filmadas dos actores destes processos ajudam a entender as repercussões sociais e culturais das Operações SAAL, ao mesmo tempo que um extenso acervo documental inédito ajudará a reflectir sobre os caminhos que a arquitectura e o urbanismo têm percorrido desde essa altura.

Mas o alcance do filme abrange a problemática mais lata da participação democrática e cidadã nos destinos da sociedade. Quer enquanto dispositivo de recolha de informação, quer como registo fílmico documental, “As Operações SAAL” é um exemplo de documentário crítico, porque os sucessivos avanços na acção – e no território – resultam de um obsessivo desejo de intromissão na verdade, contaminado de um sentido de urgência perante factos em risco de desaparecimento.

Excelente trabalho. Para além das suas qualidades no trabalho das referências documentais e da hábil interligação que o filme vai fazendo entre as imagens de arquivo e as declarações de alguns arquitectos que marcaram presença no processo, de Siza Vieira a Raúl Hestnes, passando por Souto Moura, Teotónio Pereira e outros, o filme de João Dias impõe-se como um documento imprescindível para o conhecimento da nossa história.”

Manuel Cintra Ferreira/Expresso