Notícias
THEATRO CIRCO EM ABRIL
Num mês em que a comemoração da reconquista da Liberdade é incontornável, a programação da casa de espectáculos bracarense destaca ainda o início do Musa – Ciclo no Feminino, protagonizado pelas suecas “Those Dancing Days” e Frida Hyvönen, bem como o concerto único em Portugal do multifacetado Wim Mertens e a apresentação da ópera “Aida”.
Wim Mertens, “Zeca canta Zeca”, “Aida - Grande Ópera de Kazan”, Magina Pedro, Mostra de Teatro Escolar”, “Those Dancing Days, “Rosmaninho & Alecrim” - Companhia da Esquina, Frida Hyvönen, “Dança Sem Pré”, “Concerto ‘à La Carte’” - Ana Bustorff, “Barulhada” - Tânia Carvalho.
A vida e obra de José Afonso, apresentada sob a forma do musical “Zeca Canta Zeca”, é o espectáculo escolhido pelo Theatro Circo para evocar os 35 anos do “25 de Abril”. Num mês em que a comemoração da reconquista da Liberdade é incontornável, a programação da casa de espectáculos bracarense destaca ainda o início do Musa – Ciclo no Feminino, protagonizado pelas suecas “Those Dancing Days” e Frida Hyvönen, bem como o concerto único em Portugal do multifacetado Wim Mertens e a apresentação da ópera “Aida”.
Formada exclusivamente por cinco jovens, as “Those Dancing Days” (18 Abril, 22h00) trazem pela primeira vez a Portugal um inédito “pop” nórdico, enriquecido pelo timbre pouco vulgar de Linnea Jönsson, que, ao lado de Rebecka Rolfart (guitarra), Cissi Efraimsson (bateria), Lisa Pyk Wirstrom (teclados) e Mimmi Evrell (baixo), apresenta o recém editado “In Our Space Hero Suits” (2008).
Responsável pelo reconhecimento do “indie-pop” sueco no panorama musical internacional, o quinteto das meninas de Estocolmo ganhou forma em 2005, mas foi apenas em 2007 que o single “Hitten” atraiu as atenções de admiradores de todo o mundo e da própria MTV, o que derivou numa nomeação para a categoria “Best Swedish Act Prize” dos “MTV Europe Music Awards”.
A dar continuidade à primeira edição de “Musa - Ciclo no Feminino” – produção do Theatro Circo que se consubstancia num ciclo «dedicado às mulheres, produzido por mulheres e com projectos artísticos assinados por mulheres» – a 25 de Abril (22h00) a energia contagiante das “Those Dancing Days” dá lugar à estreia nacional da voz simultaneamente doce e ácida de Frida Hyvönen e aos seus temas “pop”, ora envolvidos por um clima sombrio, ora nascidos de uma ingénua alegria infantil.
Portador de treze novos temas – “Dirty Dancing”, “Pony”, “Enemy Within”, “London!”, “Science”, “Birds”, “Oh Shangai”, “December” ou “My Cousin”, entre outros – “Silence Is Wild” surge na sequência de um ano de isolamento após o qual Frida Hyvönen volta a unir-se ao produtor sueco Jari Haapalainen nos famosos estúdios “Atlantis” de Estocolmo, dando origem a um trabalho em que a sua voz se alonga através de luxuriantes arranjos de piano, cordas, coros e sintetizadores.
“Un Respiro” é o sexto álbum a solo que o compositor, pianista e vocalista belga Wim Mertens lançou aos 25 anos de carreira e que apresenta no Theatro Circo a 4 de Abril (22h00), num concerto único em Portugal.
A sós com o piano, Wim Mertens traz a Braga o trabalho que consolidou a sua crescente tendência para a criação de temas caracterizados por uma linguagem muito própria, feita de palavras verdadeiras e de sons utilizados pela sua poesia, não descurando, contudo, a percepção orquestral.
Minimalista em estilo, Mertens distingue-se pelas múltiplas facetas que lhe garantem o reconhecimento internacional enquanto pianista, compositor, cantor, guitarrista, musicólogo e autor de obras tão diversas que vão do solo às composições para ensembles de música de câmara ou orquestras sinfónicas, do lançamento de obras literárias e de inúmeros trabalhos para teatro e cinema.
Da autoria de Verdi, a ópera “Aida” chega a Braga a 9 (21h30) através de uma produção da Grande Ópera de Kazan, prestigiada companhia russa que desde a sua fundação (1939) reúne cantores, encenadores, orquestras maestros e bailarinos de reconhecimento mundial.
Composta e estreada em 1871, “Aida” é uma das mais célebres criações de Verdi, que se evidencia pela grandiosidade cénica e por uma combinação inédita de cerimonial, teatralidade e tragédia individual.
Narrativa do cativeiro de uma princesa Etíope – Aida – e do seu amor pelo general egípcio Radamés, a obra tem por cenário o tempo dos Faraós, com cenas no Palácio Real, nas margens do Nilo e, finalmente, no Túmulo onde os dois se encontram para morrer juntos, num ambiente de guerra e intriga política.
No ano em que se cumprem 22 anos sobre a morte do compositor e cantor português simbolicamente mais associado à “Revolução de Abril”, a 24 (22h00) sobe ao palco da sala principal “Zeca canta Zeca”, espectáculo musical sobre a vida e obra de José Afonso.
Tendo por objectivo a preservação e divulgação, nas suas múltiplas facetas, da personalidade e obra do Zeca Afonso, homem e artista, “Zeca canta Zeca” coloca em palco uma banda de oito músicos e diversos cantores, de que se destaca José Carlos Barbosa.
A par de Manuel Alegre, Luis Goes ou António Portugal, José Afonso é também um dos compositores a que Magina Pedro dá voz (5,16h00) num concerto de apresentação de “Recordações”, trabalho discográfico evocativo dos 25 anos de carreira do fadista.
Acompanhado nas guitarras por Miguel Silva e na viola pelo bracarense António Rodrigues, Magina Pedro propõe para a circunstância a interpretação de clássicos do fado como “Guitarras do Meu País” e “Trova do Vento que Passa”, obras de António Portugal e Manuel Alegre, “Serra D’Arga”, de Fernando Machado Soares, “Contos Velhinhos”, de Ângelo Araújo” ou “Recordações”, de Fernando Rolim, entre outros temas que compõem este projecto que se consubstancia numa breve ilustração de duas décadas e meia dedicadas ao fado.
Em contexto de abertura do Theatro Circo às escolas do concelho, consubstanciada até ao momento na dramatização de várias obras do Programa Nacional de Leitura, a 16 e 17 os alunos passam da plateia para o palco da sala principal enquanto protagonistas da “Mostra de Teatro Escolar”.
Desenvolvido pelo Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Braga, o programa da “Mostra de Teatro Escolar” inicia-se com as representações de “O Malhado e a Sinhá” (16, 11h00), pela EB 2,3 Frei Caetano Brandão, “SOS Oceanos” (16, 16h00), pela EB 2,3 de Cabreiros e pela dramatização de “Encontros e Encontrões” (16h00, 21h30), pela EB 2,3 de Lamaçães.
No segundo dia de mostra (17), sobem ao palco a EB 2,3 André Soares com a encenação de “Feitiço da Cor” (11h00), a EB 2,3 de Gualtar com “Falar a Verdade a Mentir” (16h00) e a Escola Secundária Alberto Sampaio com “Da Política”.
Ainda para o público infanto-juvenil, “Rosmaninho & Alecrim” é o musical que a Companhia da Esquina apresenta na tarde de domingo (19, 15h00), contando a história de uma menina, filha de um artesão de brinquedos, que não sabe brincar.
Presa a uma visão materialista, a pequena Rosmaninho vive em conflito com o seu pai, Serapião, que, na eminência do aniversário da filha, não sabe o que lhe oferecer. No entanto, um dia Rosmaninho tem um estranho sonho que, associado à triste realidade em que a menina faz questão de viver, vai mudar a sua forma de pensar e de se relacionar com os amigos e, principalmente, com o seu pai.
Para além de uma nova sessão do atelier “Dança Sem Pré” (26, 10h30) que este mês tem por tema “Através da Janela Eu Vi”, a dança contemporânea destaca-se em Abril (28 – 11h00 e 15h00; e 29 – 15h00 e 1900) com “Barulhada”, uma coreografia de Tânia Carvalho.
Desenvolvido no âmbito da evocação do Dia Mundial da Dança, Barulhada é uma peça criada para uma bailarina que, em coordenação com um baterista e um baixista, vai produzindo música à medida que movimenta o seu corpo. No final de cada récita é ainda apresentado um workshop em que é dado a conhecer às crianças o modo como o espectáculo foi construído.
No início do mês (1, 2 e 3, 21h30), continua ainda em cena “Concerto ‘à la carte’”, centésima produção da Companhia de Teatro de Braga assinalado pelo regresso da actriz Ana Bustorff ao colectivo de que foi co-fundadora.
Mais informação:
http://www.theatrocirco.com, http://teatrocirco.blogspot.com