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PORTO EDITORA NO CORRENTES D'ESCRITAS
A presença da Porto Editora no Correntes d’Escritas conhece, este ano, uma maior expressão, com a distinção dos primeiros vencedores do Prémio Conto Infantil Ilustrado e a apresentação de dois novos livros.
A presença da Porto Editora no Correntes d’Escritas conhece, este ano, uma maior expressão, com a distinção dos primeiros vencedores do Prémio Conto Infantil Ilustrado e a apresentação de dois novos livros.
A décima edição do mais importante acontecimento literário realizado em Portugal servirá de cenário para a apresentação de dois novos livros da Porto Editora: A Arte de Matar Dragões, de Ignacio del Valle, e A Escriba, de António Garrido. O que acontecerá na noite de 12 de Fevereiro, quinta-feira, às 22:00, no Novotel Vermar, com a presença dos autores e apresentações a cargo de Cláudia Gomes e Manuel Alberto Valente.
Mas a participação da Porto Editora no 10º Correntes d’Escritas evidencia-se logo na Sessão de Abertura, no dia 11, no Museu Municipal de Etnografia e História da Póvoa de Varzim, durante a qual vão ser conhecidos os vencedores da primeira edição do Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d’Escritas / Porto Editora.
Cerca de 120 trabalhos provenientes de vários pontos do país – e, sublinhe-se, também de escolas de comunidades portuguesas de França e Luxemburgo – estão a concurso neste prémio. Um número de participações que constitui um motivo de enorme satisfação para os organizadores e que corresponde aos objectivos desta iniciativa: envolver as escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico na dinâmica do Correntes d’Escritas e, sobretudo, contribuir para o desenvolvimento do gosto pela leitura e pela escrita nos mais novos.
A originalidade do galardão reside no facto de premiar trabalhos colectivos inéditos, escritos por alunos que frequentem o 4.º ano de escolaridade, supervisionados por um professor. Os prémios serão entregues na Sessão de Encerramento do Correntes d’Escritas, marcada para as 19:00 de 14 de Fevereiro próximo, no Auditório Municipal da Póvoa de Varzim.
Uma estreia, uma confirmação
A Porto Editora seleccionou dois excelentes livros para apresentar no Correntes d’Escritas: A Arte de Matar Dragões, de Ignacio del Valle, e A Escriba, de António Garrido.
Um ano depois de ter estado na Póvoa de Varzim a propósito de O Tempo dos Imperadores Estranhos, Ignacio del Valle regressa a Portugal para apresentar A Arte de Matar Dragões. Um livro que é mais do que um romance de mistério sobre traficantes de arte e ajustes de contas na Espanha do pós-guerra – é também a história de um amor impossível, e um relato iniciático onde o quadro de um anónimo pintor italiano parece ocultar um segredo que se sobrepõe à razão e à história, preservando o espírito da cavalaria medieval através dos séculos num país dominado pela crueldade e pelo ódio.
Ignacio del Valle tem vindo a ser considerado a nova voz da literatura espanhola, sendo distinguido com inúmeros prémios literários naquele país. Já foi publicado, também, em Itália e sairá, brevemente, em França. Em Portugal, depois de uma primeira tiragem de 7 mil exemplares, está no mercado uma 2.ª edição, de 3 mil exemplares.
Os dois títulos de Ignacio del Valle editados pela Porto Editora fazem parte de uma trilogia de romances protagonizados pelo inspector Arturo Andrade e que, em jeito de thriller, envolvem crime, história e mistério. O Tempo dos Imperadores Estranhos venceu o Premio de la Crítica de Asturias e o Premio Libro com Huella e vai ser transposto para o cinema por um realizador espanhol. A Arte de Matar Dragões foi galardoado com o Premio Filipe Trigo de Novela.
Por seu lado, A Escriba surge como uma surpreendente obra de estreia de António Garrido. Tão surpreendente quanto o facto de, mesmo antes de ser editado em Espanha, A Escriba ter tido os seus direitos vendidos para dez países e conquistado a distinção de melhor romance histórico de 2008 na revista Histo-Couch.
José António Reis afirma ser “bastante difícil arranjar uma categoria literária exequível à estrutura desta obra, pois a sua mera catalogação como romance histórico peca por escassa. O inusitado dinamismo narrativo aliado à densidade psicológica das suas personagens principais coadunam-se perfeitamente com uma atmosfera «policial» que António Garrido pretendeu dotar à acção da obra”.
Mesmo que pecando por defeito, pode-se afirmar que A Escriba é, de facto, um fulgurante romance histórico inspirado em factos reais. António Garrido coloca o leitor em 799, na Alemanha, Carlos Magno, em vésperas de ser coroado imperador do Ocidente, encarrega Gorgias, um ilustre escriba bizantino, da tradução de um documento de vital importância para o futuro da Cristandade. O trabalho deverá ser executado no mais absoluto segredo. Entretanto, Theresa, filha de Gorgias e aprendiz de escriba, é falsamente acusada de um crime e procura refúgio na cidade alemã de Fulda, perdendo o contacto com o pai. Aí, conhecerá Alcuino de York, um frade britânico que investiga uma terrível epidemia que assola a população.
Quando Theresa é informada do desaparecimento misterioso de Gorgias, ela e Alcuino embarcam numa aventura inquietante para o encontrar e infiltram-se numa teia conspirativa de ambição, poder e morte, em que nada nem ninguém é o que parece e da qual depende o futuro do mundo ocidental.
Tal como Ignacio del Valle, António Garrido estará no Correntes d’Escritas para apresentar o seu romance. Entretanto, na página da Porto Editora no Youtube, é possível ver o booktrailer do A Escriba e rever a entrevista a Ignacio del Valle, aquando da 9.ª edição do Correntes D’Escritas.