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25 ANOS DE FEIRA DE ARTESANATO E GASTRONOMIA
“Éramos pouco mais de vinte artesãos, numa filinha de stands feitos de madeira e tapados com panos velhos”.
“Éramos pouco mais de vinte artesãos, numa filinha de stands feitos de madeira e tapados com panos velhos”. É assim, que Emília Vilaça, tecedeira de Jesufrei, recorda a primeira Feira de Artesanato de Vila Nova de Famalicão há 25 anos. Emília Vilaça faz parte de um grupo restrito de artesãos – composto ainda por Adosinda Loureiro, encáustica, José Fernando Pinto da Silva, empalhador de móveis e Hernâni Lopes, apicultor – que desde há 25 anos participam sucessivamente em todas as Feiras de Artesanato e Gastronomia, acompanhando a evolução do certame.
Esta quinta-feira, os artesãos foram homenageados pelo presidente da Câmara Municipal, Armindo Costa, numa cerimónia simples, mas repleta de simbolismo, recordando os primeiros tempos da Feira. “Foi a 6 de Outubro de 1984, na Praça D. Maria II” recorda José Fernando Pinto da Silva, que ainda guarda o diploma de participação em casa. Entre as memórias mais marcantes, o empalhador de móveis de Requião, guarda o “fatídico ano de 1999”, em que “uma tromba-d’água acompanhada de ventos muito fortes desabou sobre o recinto, destruindo praticamente todos os stands”.
Num ponto todos estão de acordo: “Hoje, a feira está mais bonita, tem mais gente o programa de animação é de grande qualidade” como refere o produtor de mel, Hernâni Moreira Lopes. “É uma das melhores feiras do país”, remata ainda Adosinda Loureiro.
Para Armindo Costa “a homenagem prestada a estes quatro artesãos representa, acima de tudo, um gesto de gratidão e admiração pelo papel desenvolvido na evolução da Feira, e pelo seu espírito de participação e resistência”.
A homenagem decorreu no âmbito da Tarde Sénior, um dos eventos mais populares da Feira, que contou com a entusiástica participação de mais de 600 idosos, provenientes das diversas instituições de solidariedade social do concelho. Através da apresentação de peças de teatro e espectáculos de música ou dança, os seniores demonstraram que “velhos são os trapos”, dando uma lição de vivacidade e entusiasmo a todos os presentes.
No final, cantou-se os parabéns à Feira.