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"NÃO TE POSSO VER NEM PINTADO"
O Museu Colecção Berardo apresenta, a 15 de Setembro, o seu núcleo expositivo permanente totalmente renovado.
O Museu Colecção Berardo apresenta, a 15 de Setembro, o seu núcleo expositivo permanente totalmente renovado, na exposição “Não te posso ver nem pintado” – um novo percurso pela Colecção Berardo, através das dificuldades em (re)fazer a pintura, particularmente a figurativa, depois das grandes rupturas na arte do século XX.
Esta exposição, concebida pela equipa do Museu Colecção Berardo e comissariada pelo artista francês Eric Corne, apresenta um percurso livre da figuração na pintura destes últimos cinquenta anos.
Depois de um longo período em que a pintura figurativa foi quase rejeitada e vista como uma arte do passado, assiste-se, hoje em dia, ao seu “triunfo”, após uma ruptura que muitos vaticinaram que lhe seria fatal.
"Não te posso ver nem pintado" mostra precisamente a persistência da figuração – depois da fotografia, depois da televisão e do multimédia, a pintura figurativa regressa mais forte do que nunca, como se a confrontação com os novos média lhe tivesse provocado um efeito catalisador ou de antídoto de uma ruína anunciada.
O novo percurso expositivo do Museu Colecção Berardo, que irá estar aberto ao público no piso 2, a partir de 15 de Setembro, reunirá cerca de uma centena de obras – sobretudo pintura –, mas estarão igualmente patentes ao público instalações de vídeo e fotografia, com o objectivo de demonstrar ao grande público como a pintura contaminou as restantes artes.
O novo percurso pelo núcleo permanente do Museu Colecção Berardo será em grande parte sustentado em obras do acervo do Museu. Existirá um especial enfoque em expor grandes referências nacionais e internacionais da pintura dos anos 80.
"Não te posso ver nem pintado" irá mostrar igualmente, a partir de 15 de Setembro, as mais recentes aquisições da Colecção Berardo, nomeadamente obras do artista francês Damien Deroubaix, do filipino Manuel Ocampo, instalações vídeo de Angel Vergara e de Jakub Nepras, fotografias de Pedro Quintas, entre outros.
Incontornável é, também, a presença no Museu Colecção Berardo de artistas portugueses como Julião Sarmento, Noronha da Costa e Albuquerque Mendes. O artista Miguel Palma, com “Google Plane” e “Batalha Naval”, terá igualmente destaque privilegiado na nova apresentação da Colecção Berardo, tendo sido produzida, inclusive, uma original folha de sala que se transforma em avião de papel.
Na exposição “Não te posso ver nem pintado”, iremos encontrar também algumas obras-chave provenientes dos acervos de outras instituições culturais nacionais e internacionais. É o caso do tríptico “Vanitas”, de Paula Rego, uma encomenda da Fundação Calouste Gulbenkian à pintora portuguesa, no âmbito do 50.º aniversário daquela instituição, ou os quadros do alemão Georg Baselitz.
Cerca de metade das obras que compõem o núcleo totalmente renovado do Museu Colecção Berardo nunca foram antes expostas ao público.
A exposição “Não te posso ver nem pintado” será inaugurada a 15 de Setembro. Ao longo deste e do próximo ano deverá sofrer algumas remodelações e novas apresentações. O objectivo do Museu Colecção Berardo é apresentar anualmente, e a cada mês de Setembro, a sua colecção permanente totalmente renovada.
A entrada na exposição “Não te posso ver nem pintado”, patente no piso 2 do Museu Colecção Berardo, é gratuita.