O Arquivo Histórico Municipal de Vila Nova de Famalicão, que tem como patrono o historiador Alberto Sampaio, vai sair da cave do edifício principal dos Paços do Concelho onde se encontra actualmente para ocupar novas instalações na Rua Adriano Pinto Basto, na antiga Casa Malheiro, no centro da cidade. O projecto de arquitectura, restauro e adaptação do edifício será apresentado publicamente no mês de Dezembro, no âmbito do encerramento das comemorações do centenário da morte de Alberto Sampaio.

Para o presidente da Câmara Municipal, Armindo Costa, “este será um dos pontos altos das comemorações” e “uma justa homenagem a uma das figuras cimeiras da nossa memória colectiva”. Por outro lado, “com a mudança de instalações para o centro da cidade, o Arquivo Histórico de Famalicão ganhará uma nova dimensão e dignidade, e ficará mais acessível ao público”, salientou.

Armindo Costa falava no âmbito da homenagem a Alberto Sampaio que decorreu na Casa do Colégio de Landim, onde o historiador fez os seus primeiros estudos e onde foi descerrada uma lápide em sua memória.

As obras de adaptação e reabilitação das futuras instalações do Arquivo Histórico têm um custo estimado de 850 mil euros. Está prevista a criação de diversos espaços: biblioteca, sala de restauro, sala de digitalizações, depósito de peças especiais, sala de recepção de documentação e gabinete de arquivista, entre outros.

Para Armindo Costa, “para além de uma vida dedicada ao saber e ao conhecimento, Alberto Sampaio foi também um empreendedor visionário, como comprova o facto de se ter dedicado à produção de vinho verde, que exportou para o estrangeiro, a partir da sua quinta, em Cabeçudos”. Por tudo isto, segundo o autarca Alberto Sampaio “é um símbolo de cultura e um símbolo do empreendedorismo, que, um século depois, continuam a ser duas marcas essenciais para o desenvolvimento do concelho de Famalicão”.

COMEMORAÇÕES JÁ MOBILIZARAM 17 MIL PESSOAS

Armindo Costa aproveitou ainda a oportunidade para fazer um balanço das comemorações do centenário da morte do historiador, salientando que a “Câmara de Famalicão tem estado na linha da frente destas comemorações”.

Segundo o autarca, “em seis meses de comemorações, o nome de Alberto Sampaio já mobilizou um total de 17 mil pessoas, nas múltiplas iniciativas realizadas, não só em Famalicão e Guimarães, mas também em Braga, na Póvoa de Varzim e em Vila Nova de Gaia”.

Neste âmbito, o presidente da Câmara Municipal de Famalicão enalteceu ainda “o entendimento intermunicipal entre Famalicão e Guimarães, para a realização destas comemorações”. E acrescentou: “Pela primeira vez na área da Cultura, Famalicão e Guimarães mostram ao País um bom exemplo de cooperação institucional que é justo enaltecer.”