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"AMÁLIA, O FILME"
Após 10 semanas de filmagens, terminou a rodagem de “Amália, o filme”, entrando agora em fase de pós-produção de imagem e de som.
Fotografia de PM Garcia
Após 10 semanas de filmagens, terminou a rodagem de “Amália, o filme”, entrando agora em fase de pós-produção de imagem e de som. Chega assim ao fim a primeira parte de um trabalho sobre a vida da mais importante fadista de todos os tempos, Amália Rodrigues, que terá exibição nas salas de cinema nacionais ainda antes do final deste ano.
Após dois meses e meio de trabalho intenso e exaustivo, a rodagem de “Amália, o filme” chegou ao fim na semana passada. Produzido pela VC Filmes, com apoio do FICA, e co-produzido pela RTP, o filme, que trata de forma romanceada a vida da maior fadista de todos os tempos, passa agora para a fase de pós-produção. Rodado em 10 semanas, durante as quais os prazos e planos de rodagem foram rigorosamente cumpridos, esta produção de grande escala envolveu um vasto conjunto de recursos técnicos e humanos, num total de 46 actores, 83 figurantes especiais e cerca de 1200 figurantes.
A rodagem teve lugar em 85 decores, divididos por 45 locais diferentes, entre os quais o Coliseu de Lisboa, o Convento do Beato, São Pedro de Sintra, Arruda dos Vinhos, Estoril, Espinho, Aveiro, Buçaco, Régua e inclusive a casa da artista, na Rua de São Bento em Lisboa.
“Amália, o filme”, mais do que uma obra cinematográfica, é um desígnio nacional, sendo o objectivo da Valentim de Carvalho Filmes (uma empresa financiada pelo FICA) homenagear a grande artista. Pela forma como é retratada no filme, Amália vê reforçada a grandeza, o mito e a importância que representou e representa para o país e para o mundo. Quase 10 anos após a sua morte, Amália Rodrigues continua a ser uma das maiores figuras da história recente de Portugal.
Sandra Barata Belo foi a actriz escolhida para interpretar a diva do fado, um trabalho de grande responsabilidade, cumprido de forma exímia pela actriz que correspondeu ao alto desafio que era interpretar Amália.
Realizado por Carlos Coelho da Silva, realizador com reconhecidas competências técnicas e criativas, e produzido pela Valentim de Carvalho Filmes, “Amália, o filme” contou no seu elenco com nomes como Carla Chambel (Celeste), Ricardo Carriço (César Seabra), Ricardo Pereira (Eduardo Ricciardi), António Cerdeira (Ricardo Espírito Santo), José Fidalgo (Francisco Cruz), Ana Padrão (mãe de Amália) e Leonor Seixas (Detinha), entre outros.
Para Sandra Barata Belo, representar Amália “foi uma grande honra e um experiência muito positiva. Todos os dias foram uma surpresa conforme fui interiorizando a personagem da fadista. Agora temos o processo de produção de áudio pela frente e só depois é que posso fazer o trabalho inverso e começar a deixar a “Amália” sair de dentro de mim”, e acrescentou ainda “Não sinto que o filme esteja terminado, pelo contrário, é um processo continuo e ainda há muito trabalho pela frente”.
De salientar o excelente trabalho de caracterização, a cargo de Araceli Fuente, que permitiu aos actores “viverem” idades com a diferença de 30 anos em 10 semanas. Este extraordinário trabalho, permitiu que cada personagem, independentemente da sua idade real, ganhasse a expressão de cada época retratada no filme.
Segundo Carlos Coelho da Silva, realizador de “Amália”, “chegámos rapidamente ao fim desta etapa. Ainda há muitas horas pela frente para tratar dos detalhes/pormenores mas há para já a certeza de ter conseguido "180 minutos em lata" que são motivo de orgulho para toda a equipa. E essa é uma das maiores satisfações que um realizador pode ter”. E adianta: “após dez semanas de filmagens e montagem em simultâneo o cansaço dá lugar à nostalgia. Observar a equipa a preparar a última cena, com a missão praticamente cumprida, e sentir em todos o mesmo entusiasmo e dedicação do primeiro dia de rodagem dificulta o momento da despedida”.
Para o produtor Manuel S. Fonseca “ com a produção de “Amália” a VC Filmes quer, acima de tudo, honrar o melhor que o cinema português conseguiu dar-nos ao longo da sua história”. Consciente das limitações do mercado nacional, o produtor não esquece que “agora, o que nos estimula é fazer tudo para levarmos este filme aos écrãs dos países onde, no passado, Amália triunfou.”
“Amália” estreia no final do ano nas principais salas de cinema do país.