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PARQUE URBANO DA PONTE, BRAGA
O auditório ao ar-livre e a concha acústica correspondem a um dos vários projectos que enformam o plano de recuperação e revitalização do Parque Urbano da Ponte, uma das mais volumosa mancha verde da área urbana de Braga.
Mais um equipamento para revitalizar maior espaço arborizado da cidade
PARQUE URBANO DA PONTE: AUDITÓRIO EM OBRA DENTRO DE DIAS
Uma dezena de empresas candidatou-se à execução de um auditório ao ar-livre e concha acústica no Parque Urbano de São João da Ponte, uma empreitada da Câmara Municipal de Braga que teve agora o acto público de abertura de propostas.
O auditório ao ar-livre e a concha acústica – um trabalho da equipa composta pelos arquitectos Sérgio Borges e Miguel Castro e pelo engenheiro-civil Nuno Lopes – correspondem a um dos vários projectos que enformam o plano de recuperação e revitalização do Parque Urbano da Ponte, uma das mais volumosa mancha verde da área urbana de Braga.
Antes do tratamento paisagístico, dos espaços ajardinados e das áreas de circulação, este plano de revitalização compreende a execução de vários equipamentos, alguns deles já em curso, como é o caso de dois espaços a concessionar a estruturas associativas de cidadãos seniores.
Compreende, de igual forma, a construção de um restaurante-bar, a recuperação do lago artificial e do edifício da antiga “Biblioteca do Parque”, situado logo à entrada da área fechada do parque, onde deverão instalar-se os aposentos “do guarda” e instalações sanitárias de uso público.
A par da remoção do horto municipal e das estruturas de apoio, neste contexto está igualmente prevista a instalação do Conselho Municipal de Juventude na “casa do parque”, que ficará devoluta para recuperação após a saída dos seniores aí provisoriamente sediados.
Para a área aberta do Parque da Ponte, a Câmara Municipal de Braga desenha a criação de um espaço de estacionamento automóvel na sua confluência com a estrada nacional Braga/Guimarães, bem como o tratamento paisagístico e ambiental do restante território.
Conforme tem repetido o Presidente da Câmara Municipal, o tratamento dos espaços arborizados e de circulação, aqueles que se apresentam hoje mais degradados, só poderá acontecer após concluída a execução dos novos equipamentos e a instalação das várias infraestruturas técnicas.
«A revitalização do Parque Urbano da Ponte é algo que pretendia fazer há muito, reconhecendo, como reconheço, a sua importância para o equilíbrio ambiental da zona urbana; a esta vontade pessoal não é, obviamente, alheio o histórico deste espaço e a memória que dele têm todos os bracarenses; ao longo do tempo fomos executando pequenas intervenções, mas o vandalismo que sofria sempre foi mais eficaz que os trabalhos de manutenção que os serviços municipais aqui desenvolviam; agora estamos a proceder a uma intervenção de fundo que, antes de mais, pretende tornar o Parque da Ponte um espaço com vida e mais consentâneo com o tipo de utilização que os cidadãos fazem hoje destes espaços», justifica Mesquita Machado.
UM EQUIPAMENTO PARA VALORIZAR O ARBORIZADO
Quanto ao auditório ao ar-livre e à concha acústica, este é um equipamento a situar no lado poente do parque, onde se encontra hoje um parque infantil, e a empreitada sujeita a concurso apresenta um valor-base de 280 738, 51 euros.
«Numa área sem arborização, junto de um dos acessos preferenciais do interior do parque, colocamos o palco e as bancadas, modelando o terreno de modo a cumprir as cotas de implantação exigidas para este tipo de equipamentos», adiantam Sérgio Borges e Miguel Castro.
A cota de implantação do espaço destinado a arrumos e apoio ao palco, bem como a cota do espaço destinado a apoio à manutenção dos jardins e do lago, permitirá diminuir significativamente os volumes de aterro a executar e evitar a presença de uma construção de dimensões significativas na superfície do parque – explicam os projectistas.
Muros em granito, com aparelho tradicional, vão garantir a articulação das diferentes cotas do terreno e os espaços funcionais, permitindo também uma imagem de continuidade entre as intervenções a executar e o actual espaço do parque.
A memória descritiva adianta ainda que o palco, definido por muro em granito, será construído em madeira, «para melhor sonoridade»; já as bancadas serão executadas em betão bujardado, «material escolhido pela sua facilidade de manutenção, durabilidade, qualidade de execução e também por se integrar facilmente com os demais materiais».
O palco – pode ler-se também – será dotado de infraestruturas eléctricas e de equipamentos cénicos que permitam uma utilização abrangente, acolhendo a maior diversidade possível de espectáculos.
«Recorrendo à geometria adoptada para as demais intervenções planeadas para o parque, muros, bancadas, palco e percursos pedonais assumem um carácter unitário, trabalhando em contínuo entre si, não assumindo protagonismos desnecessários, permitindo salientar o que de melhor possui o parque, nomeadamente o seu espaço arborizado, uma morfologia e desenvolvimento topográfico articulados com a envolvente próxima, e ainda um conjunto de edifícios notáveis de diferentes épocas, implantados no interior do parque ou na proximidade, como são os casos da Piscina Municipal da Ponte e do Estádio 1.ª de Maio», fazem questão de explicitar os arquitectos Sérgio Borges e Miguel Castro.
A este concurso apresentaram propostas as empresas “Construtora da Loureira. L.da” (239 222, 93€), “Bracocil - Construções, L.da” (251 155, 58€), “Carlos Rodrigues & Filhos, L.da” (255 766, 64€), “Construções Reimonde, L.da” (259 911, 59€), “Construbracara - Construções, L.da” (270 485, 05€), “Construções Boaventura & Filhos, L.da” (279 497, 55€), “Construções Refoiense, L.da” (295 943, 94€), “Brás de Faria Macedo & Filhos, L.da” (313 560, 02€), “Alexandre Barbosa Borges, SA” (327 379, 96€) e “Domingos da Silva Teixeira, SA” (348 877, 48€).