Será inaugurado no próximo dia 29 de Junho, dia da cidade, o núcleo interpretativo do património de Évora – Megalithica Ebora. Este espaço expositivo permanente que abarcará os períodos megalítico e romano, e respectivos impactos e vestígios patrimoniais que subsistem na região de Évora, será instalado no Convento dos Remédios, equipamento cultural recentemente aberto ao público, junto à Porta de Alconchel, aberto de 3ª a sábado, entre as 9h00 e as 12h30 e entre as 14h00 e as 18h00.

Os dois períodos históricos em questão assumem particular importância na cidade e na região. O património megalítico é particularmente notável, não só no contexto nacional, mas igualmente ao nível ibérico e europeu, importância essa patente, em inúmeras antas e recintos. Os vestígios romanos de Évora, de que as ruínas do templo que subsistem no topo da colina da cidade são o ex-libris, são igualmente importantes no contexto português.

O núcleo expositivo é encarado pela edilidade como o embrião de um futuro centro interpretativo da cidade e do concelho de Évora, previsto para o Rossio de S. Braz.

Megalithica Ebora foi desenvolvido no âmbito de um protocolo de colaboração entre diversas instituições: a Câmara Municipal de Évora, a Faculdade de Belas-Artes e a Faculdade de Letras, da Universidade de Lisboa e o Grupo de Estudos do Megalitismo Alentejano. A coordenação científica foi da responsabilidade do Prof. Manuel Calado (FLL) e do Prof. Luis Jorge Gonçalves (FBAUL)

Os conteúdos e a concepção geral da exposição foram elaborados pelos professores e pelos cerca de 100 alunos da FBAUL. O Departamento do Centro Histórico, Património e Cultura da Câmara Municipal de Évora, também participou nos trabalhos.

O núcleo interpretativo destina-se ao público em geral, população e visitantes, devendo ser a valência educativa, à partida, a mais importante, nomadamente os públicos das escolas básicas e secundárias.

Dos conteúdos expositivos realçam-se um conjunto importante de representações e reconstituições das estruturas de ocupação do território, de habitats e de monumentos, de que se salientam inúmeras maquetas, elaborados pelos alunos de Belas-Artes. Algumas destas reconstituições, pela sua qualidade e raridade, constituirão uma importante mais valia para a divulgação, o conhecimento e a interpretação do património arquitectónico e arqueológico.

De assinalar também que algumas peças foram cedidas pelo Museu Évora.