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"A POESIA NÃO TEM GRADES"
Filipe Lopes, editor e promotor de leitura do Grupo O Contador de Histórias, regressa aos estabelecimentos prisionais do país para mostrar a poesia como uma janela aberta para o mundo.
Filipe Lopes, editor e promotor de leitura do Grupo O Contador de Histórias, regressa aos estabelecimentos prisionais do país para mostrar a poesia como uma janela aberta para o mundo. Durante noventa minutos os reclusos são convidados a mergulhar nas palavras de autores de todos os tempos descobrindo temas como a liberdade, o amor, a família, a solidão ou as dependências.
O projecto “A poesia não tem grades” percorre este ano 12 estabelecimentos prisionais do país. Mercê de um protocolo do Grupo O Contador de Histórias com a Direcção Geral dos Serviços Prisionais e com a Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas, a iniciativa decorre desde 2004, colocando a promoção da leitura no processo de integração social dos reclusos.
Este ano, para além do trabalho específico com o texto poético, Filipe Lopes vai ajudar algumas mães reclusas a contar histórias aos seus filhos. No dia 12 de Junho, no Estabelecimento Especial de Sta. Cruz do Bispo, trabalham-se “Histórias abertas”, oportunidade para conhecer livros infantis que dizem coisas importantes aos adultos e conhecer pequenas técnicas para tornar mais interessantes as histórias contadas.
No dia 26 de Junho, em que se assinala o Dia Internacional de Luta Contra as Drogas, o EP de Leiria receberá uma sessão especialmente dedicada à temática das dependências.
Estão assim previstas as seguintes sessões:
12 Junho - EP Porto (Matosinhos)
12 Junho – EP Especial Sta. Cruz do Bispo (Matosinhos)
17 Junho - EP Évora
18 Junho - EP Aveiro
18 Junho - EP Viseu
23 Junho - EP Lisboa
24 Junho - EP Vila Real
25 Junho - EP Izeda (Bragança)
26 Junho - Leiria
15 Setembro - EP Braga
Sobre o dinamizador:
Filipe Lopes
Nasceu em Tomar, em 1975.
É um dos fundadores d'O Contador de Histórias.
Tem um percurso profissional variado, com passagens pelo jornalismo e pelo marketing sendo desde 2003 o rosto a tempo inteiro d'O Contador de Histórias. É responsável também pela parte de promoção e gestão burocrática da estrutura do Grupo e da Editora, mas é nas actividades de promoção do livro que se sente como peixe na água.
Aos quinze anos criou com Nuno Garcia Lopes o programa de rádio “Papoilas do Hospício”, uma mescla de músicas e textos subordinados sempre a um tema semanal, que levava uma pitada de loucura ao pacato universo radiofónico da cidade de Tomar, no início da década de 90.
Mais tarde, em resultado desta passagem pela rádio, começa a dedicar-se à leitura de poemas em recitais, já sem a máscara das ondas hertzianas. O contacto com o conto vem muito depois do Grupo já existir e dos companheiros de viagem andarem a contar histórias pelas escolas e jardins-de-infância. Um dia, sem experiência mas com o peso da responsabilidade do convite da Bedeteca de Lisboa para participar numa maratona de contos, aventura-se a contar “O Kágado” de Almada Negreiros. Pouco depois, surge o convite da Fundação do Gil (ainda em fase embrionária) e começa a contar histórias nas Pediatrias dos Hospitais da Grande Lisboa. O que podia ser um desafio muito complicado revelou-se uma escola muito importante para o trabalho que hoje desenvolve. Sempre como “aprendiz de contador” acabou por ser coordenador artístico da “Hora do Conto” na Fundação do Gil, projecto que envolve várias dezenas de contadores de histórias e voluntários e que se desenvolve em cerca de trinta núcleos hospitalares por todo o país.
Levar histórias a crianças internadas mostrou como não existem públicos difíceis e como a tarefa pode ser extremamente gratificante. De resto os públicos “especiais” são os preferidos. Filipe Lopes tem vindo a desenvolver alguns projectos como “A poesia não tem grades” que leva a leitura a alguns estabelecimentos prisionais.
Nos últimos anos tem vindo a procurar transmitir os conhecimentos adquiridos nas centenas de sessões que desenvolveu. Através da “Oficina de sobrevivência para pais contadores de histórias” ajuda pais, avós e outros interessados a tornar a “hora do conto” caseira mais fácil de preparar e mais interessante para quem ouve. Realiza também conferências e formações para professores e bibliotecários onde costuma lembrar que é importante gostar do que fazemos para que os outros gostem do nosso trabalho.
A percepção das implicações do trabalho que realiza só foi chegando nos momentos de reflexão, sobretudo ao volante nos milhares de quilómetros feitos nos últimos anos, bem como nas muitas noites em quartos de hotel. Mas essa reflexão tem servido para direccionar o trabalho para uma “Educação para a cidadania” onde cabem a promoção da leitura, o respeito pelo Ambiente, a solidariedade… Valores que justificam as parcerias com entidades tão diferentes como a Direcção Geral do Livro e da Leitura, a Associação de Professores de Português, a Associação de profissionais de Educação de Infância, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, a Fundação Ciência Viva, entre muitas outras.
Publicou em Setembro de 2007 “A História do Zeca Garro”, escrito em parceria com Carla Goulart Silva, um livro infantil dedicado a uma espécie protegida do Açores, o cagarro.
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