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DIA DO AUTOR PORTUGUÊS

No dia 22 de Maio festeja-se o 83º aniversário da Sociedade Portuguesa de Autores e o Dia do Autor Português. Este ano, as comemorações decorrem um dia antes da data devido ao facto de dia 22 ser feriado.

Dia do Autor Português comemorado na SPA

No dia 22 de Maio festeja-se o 83º aniversário da Sociedade Portuguesa de Autores e o Dia do Autor Português. Este ano, as comemorações decorrem um dia antes da data devido ao facto de dia 22 ser feriado. Nesse sentido, a Sociedade Portuguesa de Autores promove, dia 21 de Maio, o Dia do Autor Português, cujas comemorações decorrem na SPA, a partir das 18h30. Do programa constam a mensagem do Dia do Autor, da autoria de Júlio Isidro e lida pelo próprio, a entrega do Prémio Consagração de Carreira à escritora Isabel da Nóbrega, das Medalhas de Honra da SPA  a cooperadores e da Medalha de Honra da Cidade de Lisboa à SPA, pela mão do presidente da Câmara Municipal de Lisboa Dr. António Costa, para além da revelação do vencedor do Grande Prémio do Teatro Português SPA/Novo Grupo.

As comemorações incluem a inauguração da exposição «Todos os dias são Dias do Autor» - exposição-retrospectiva sobre os Dias do Autor ao longo de 25 anos de existência deste evento, constituída por 25 painéis com imagens e textos alusivos a cada um dos Dias do Autor anteriores - e a leitura da mensagem do Dia do Autor de autoria de Júlio Isidro; uma mensagem que é sempre de grande significado para todos os autores e marca um momento de partilha de anseios, dúvidas e alegrias entre os autores portugueses.

Seguir-se-á a leitura das mensagens do ministro da Cultura Dr. José António Pinto Ribeiro e do director-geral da CISAC Eric Baptiste; a entrega do Prémio Consagração de Carreira à escritora Isabel da Nóbrega; a entrega das Medalhas de Honra da SPA a cooperadores; a revelação do vencedor do Grande Prémio do Teatro Português SPA/Novo Grupo (Grande Prémio instituído em 1997 e que, até agora, contemplou João Carlos dos Santos Lopes, Fernando Augusto, Pedro Pinheiro, António Ferreira e Jaime Rocha); o lançamento do livro «Ódio», de Jorge Humberto (vencedor do Prémio Bernardo Santareno/Novos Dramaturgos 2005); uma homenagem aos trabalhadores da SPA; a entrega da Medalha de Honra da Cidade de Lisboa à SPA, cerimónia que conta com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa Dr. António Costa; um concerto do guitarrista Pedro Jóia e um jantar.

Momento de especial relevância das cerimónias do Dia do Autor Português é a entrega das Medalhas de Honra da SPA aos membros desta Sociedade, galardão que foi até agora atribuído uma única vez, em 2005, durante as comemorações do 8Oº aniversário da SPA. Os cooperadores distinguidos este ano com a Medalha de Honra são o maestro Álvaro Cassuto,  o compositor Arlindo de Carvalho, os escritores António de Andrade Albuquerque (Dick Haskins), António Rebordão Navarro, António Valdemar, Baptista-Bastos, Maria Isabel Barreno, Manuel Alegre, Mário Zambujal, Mata da Nazaré e Teresa Rita Lopes, a artista plástica Maria Keil, os realizadores António-Pedro Vasconcelos e Ruy Ferrão, vultos incontornáveis do teatro como Augusto Sobral, Armando Caldas, Carlos Porto, Jorge Listopad, Leandro Vale, Miguel Barbosa e Norberto Ávila e o divulgador de jazz Raul Calado.



BREVES BIOGRAFIAS DOS MEDALHADOS

  • Música

Álvaro Cassuto
Álvaro Cassuto – nascido em 1938, no Porto – é um dos mais prestigiados maestros portugueses. Dirigiu várias orquestras em Portugal e no estrangeiro – Orquestra Sinfónica da Universidade da Califórnia (EUA), Orquestra Sinfónica da RDP, Rhode Island Philarmonic (EUA), National Orchestra of New York, Nova Filarmonia Portuguesa, Orquestra Sinfónica Portuguesa e Raanana Symphony Orchestra (Israel). Da sua discografia constam cerca de trinta discos gravados com reportório clássico e romântico.

Arlindo de Carvalho
Cantor, músico e compositor, Arlindo de Carvalho nasceu em Soalheira (Beira Baixa), em 1930. Estudou na Academia dos Amadores de Música, em Lisboa, e iniciou a sua carreira como cantor em 1966, quando se encontrava exilado em Paris. Inspirando-se essencialmente na música de raiz tradicional – mas compondo também alguns fados –, escreveu canções como «Chapéu Preto», «Penamacor», «Oh, Castelo Branco», «Fadinho Serrano», «Retaxo», «Balada do Emigrante» ou «Trova da Guarda»,  tendo as suas canções sido interpretadas por muitos outros artistas como Amália Rodrigues, Júlio Pereira, Luís Piçarra, Maria de Lurdes Resende ou Nuno da Câmara Pereira.

  • Literatura

António de Andrade Albuquerque (Dick Haskins)
António de Andrade Albuquerque – que desde há muito é conhecido internacionalmente como Dick Haskins – é um dos mais reputados escritores portugueses de um género muito específico, o policial, tendo as suas obras sido traduzidas em mais de duas dezenas de países - dos Estados Unidos à Nova Zelândia, da Alemanha à Grécia, da África do Sul à Colômbia. Nascido em Lisboa, em 1929, António de Andrade Albuquerque é, segundo Paulo de Medeiros (cf. em «Os Maiores Detectives de Todos os Tempos», Editora Civilização Brasileira), «um dos melhores escritores policiais contemporâneos». Autor de inúmeros livros policiais – entre os quais «O Fio da Meada», que vendeu mais de meio milhão de exemplares em todo o mundo -, António de Andrade Albuquerque escreveu também dois romances fora desse género, «O Papa Que Nunca Existiu» e «O Expresso de Berlim».

António Rebordão Navarro
Nascido no Porto, em 1933, o escritor António Rebordão Navarro licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra e a sua profusa actividade literária reparte-se pelo romance – nomeadamente com o livro «Um Infinito Silêncio» (Prémio Alves Redol, 1970) -, teatro, conto, ensaio, poesia e jornalismo. Colaborou em várias publicações como o Jornal de Notícias, Diário de Notícias, Bandarra, Vértice, Colóquio Letras, Notícias do Bloqueio, Diário Popular, Diário de Lisboa e JL, entre outros. Em 1992 organizou, juntamente com Orlando Neves, a antologia «Poetas Escolhem Poetas».

Baptista-Bastos
O jornalista e escritor Baptista-Bastos (Armando Baptista-Bastos, nascido em Lisboa, em 1934) é autor de uma extensa obra literária – onde se destacam livros como «O Secreto Adeus», «O Passo da Serpente», «Cão Velho Entre Flores», «A Colina de Cristal» ou «No Interior da Tua Ausência» - e é também um dos mais influentes jornalistas portugueses. Como jornalista trabalhou (ou trabalha) n'O Século, O Século Ilustrado, República, O Diário, Seara Nova, Diário Popular, Jornal de Notícias, O Ponto, JL, Expresso, Público, Diário de Notícias, Diário Económico, SIC, Antena 1 e Rádio Comercial. Venceu o Prémio Literário Município de Lisboa (1987), Prémio PEN Clube Português (1987), Prémio da Crítica do CPAICL (2002) e Prémio de Crónica João Carreira Bom (2006).

Maria Isabel Barreno
A escritora Maria Isabel Barreno (nascida em Lisboa, em 1939) tem como um marco fundamental da sua carreira a edição do livro «Novas Cartas Portuguesas» (1972), em parceria com Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta. Mas a sua carreira não se limita, longe disso, a esta obra seminal. Também jornalista e conferencista, Maria Isabel Barreno editou também os livros «De Noite as Árvores São Negras», «Os Outros Legítimos Superiores», «A Morte da Mãe», «Célia e Celina», «O Mundo Sobre o Outro Desbotado», «O Chão Salgado», «Crónica do Tempo» (Prémio Fernando Namora), «O Senhor das Ilhas» e «Os Sensos Incomuns» (Prémio Pen Club 1994 e Grande Prémio do Conto APE 1994), entre outros.

Manuel Alegre
Político, poeta, escritor de canções, Manuel Alegre é uma das personalidades mais marcantes do último meio século em Portugal. Natural de Águeda, onde nasceu em 1936, empenhou-se em actividades políticas muito cedo, desde os seus tempos de estudante na Universidade de Coimbra. Em 1962, em Angola, organiza uma tentativa de revolta militar contra o regime salazarista e a guerra colonial. Esteve preso pela PIDE e exilou-se, em 1964, na Argélia. Fez parte das direcções da F.P.L.N. - Frente Patriótica de Libertação Nacional, e, desde 1974, do Partido Socialista. Concorreu como candidato independente às últimas eleições presidenciais e é vice-presidente da Assembleia da República. Muitos dos seus poemas foram e são interpretados por cantores e grupos como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Luís Cília, Manuel Freire, António Portugal, José Niza, António Bernardino, Amália Rodrigues, Janita Salomé, Carlos do Carmo, João Braga, Fuxan Os Ventos ou Tony Haynes, entre outros. Entre os seus livros – de poesia e de ficção - contam-se «Praça da Canção», «O Canto e As Armas», «Um Barco Para Ítaca», «Nova do Achamento», «A Terceira Rosa», «Cão Como Nós» e «Uma Carga de Cavalaria», entre muitos outros.

Mário Zambujal
O escritor e jornalista Mário Zambujal – nascido em Moura, em 1936 – chegou à prática jornalística durante a sua juventude, no Algarve. Ao longo da sua carreira escreveu para publicaçãoes como o Record, Diário de Notícias, O Século, A Bola, Se7e, Tal & Qual, tendo também sido apresentador da RTP. «Crónica dos Bons Malandros» (1980), o seu primeiro livro publicado, foi adaptado ao cinema e continua a ser um sucesso de vendas (tendo já ultrapassado as 25 edições). Seguiram-se os livros «Histórias do Fim da Rua», «À Noite Logo Se Vê», «Os Novos Mistérios de Sintra» (em parceria com outros escritores), «Primeiro as Senhoras» e «O Código d'Avintes» (também em parceria com outros escritores).

Mata da Nazaré
Mata da Nazaré (cujo pseudónimo literário é D'Silvas Filho) é um estudioso da língua portuguesa há mais de trinta anos. É membro do Conselho Científico da Sociedade de Língua Portuguesa e do Conselho Científico do Instituto de Cultura Europeia e Atlântica. É professor há mais de trinta anos, vinte no ensino superior. É o autor dos livros «Prontuário Universal, Erros Corrigidos do Português», «Prontuário Fácil», «Breviário de Língua Portuguesa» e do romance «Flávia e João» (1996).

Teresa Rita Lopes
Escritora com trabalhos editado nas áreas da ficção, teatro, poesia e ensaio, Teresa Rita Lopes – nascida em Faro, em 1937 – é professora catedrática na Universidade Nova de Lisboa e uma das maiores especialistas na obra de Fernando Pessoa – foi sobre ele que versou a sua tese de doutoramento, na Sorbonne, em Paris, onde foi professora – e Miguel Torga. Na sua extensa produção literária destacam-se os ensaios «Pessoa Por Conhecer», «Miguel Torga – Ofícios a “Um Deus de Terra”» (ensaios), «Os Dedos, os Dias, as Palavras», «Cicatriz» (poesia) e «Três Fósforos» (teatro), entre outros. Foi galardoada com o Prémio de Poesia da Câmara Municipal de Lisboa (1987), Grande Prémio de Ensaio Unicer/Letras & Letras (1993), Prémio de Ensaio Pen Club (1990) e Prémio Eça de Queirós de Poesia (1997).

  • Artes Plásticas

Maria Keil
Maria Keil – nascida em Silves, em 1914 – tem o curso de pintura da Escola de Belas Artes de Lisboa e, ao longo da sua riquíssima e profícua carreira, tem uma actividade como artista plástica que se reparte pela pintura, desenho, ilustração, design, cerâmica, cenografia, tapeçaria e fotografia. Ilustrou livros de autores como Irene Lisboa, José Rodrigues Miguéis, Almeida Garrett, Francisco Keil do Amaral, Shophia de Mello Breyner, Aquilino Ribeiro e Alice Vieira, entre outros, para além de ter escrito e ilustrado livros seus como «O Pau-de-Fileira», «Árvores de Domingo» e «Anjos do Mal», entre outros. É a responsável por painéis de azulejos em dezanove estações de metropolitano da cidade de Lisboa.

  • Televisão/Cinema

António-Pedro Vasconcelos
O realizador de cinema António-Pedro Vasconcelos – nascido em Leiria, em 1939 – é um dos mais destacados cineastas nacionais saídos do chamado Cinema Novo Português. Com curso de cinema feito em Paris, António-Pedro Vasconcelos é o responsável por alguns dos maiores sucessos de bilheteira do cinema português com filmes como «O Lugar do Morto», «Jaime» ou o recente «Call Girl». Começando a sua carreira como autor de documentários, o seu primeiro filme de ficção foi «Perdido Por Cem» (1973), a que se seguiram – para além dos já referidos - «Adeus, Até ao Meu Regresso», «Oxalá», «Aqui d'El Rei!» e «Os Imortais», entre outros. Foi galardoado com a Concha de Prata do Festival Internacional de Cinema de San Sebastian pelo filme «Jaime» e, em Portugal, foi galardoado com Globos de Ouro pelos filmes «Jaime», «Os Imortais» e «Call Girl». Para além de realizador de cinema, António-Pedro Vasconcelos é (ou foi) também produtor, argumentista, montador, crítico de literatura e cinema, professor, apresentador e comentador de televisão.

Ruy Ferrão
Homem dos sete ofícios, Ruy Ferrão – nascido em Lisboa, em 1918 – foi cantor, actor, locutor de rádio, imitador, sonoplasta e realizador de televisão. Filho de Raul Ferrão – um dos fundadores da SPA -, Ruy Ferrão começou a sua carreira profissional como cantor e imitador na Orquestra Aldrabófila antes de se dedicar ao teatro, contracenando com actores como Maria Matos, Vasco Santana e António Silva, e à rádio (onde fez locução, sonorização e montagem). Esteve na RTP desde o início, onde participou nas primeiras emissões experimentais na Feira Popular. E é na RTP que – depois de ter feito um curso de realização em Itália – Ruy Ferrão inicia a sua carreira de realizador que incluiu desde grandes reportagens (da visita da rainha inglesa Isabel II às cerimónias de Fátima) a mais de duzentas peças de teatro e algumas séries, nomeadamente «Uma Família Inglesa», de Júlio Dinis (transmitida em directo).

  • Teatro/Artes Cénicas

Augusto Sobral
Augusto Sobral (nascido em Lisboa, em 1933) é um dos mais importantes dramaturgos portugueses contemporâneos. Estudou na Escola de Belas Artes de Lisboa, onde se formou em arquitectura,  e fez parte do grupo de oposição ao regime salazarista MUD Juvenil. Da sua extensa produção de escrita para teatro, iniciada nos anos 60 e influenciada pelo Teatro do Absurdo de Samuel Beckett e Eugene Ionesco, fazem parte peças como «O Consultório», «O Borrão», «Quem Matou Alfredo Mann?», «Memórias de uma Mulher Fatal», «Bela-Caligula: Impromptu Teatral» e «Abel Abel: Peça em Três Tempos». A totalidade da sua obra está compilada no livro «Teatro», editado pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Durante os anos 70, em parceria com José Carlos Ary dos Santos, escreveu ainda as peças «Os Macacões» e «O Caso da Mãozinha Misteriosa».

Armando Caldas
O encenador e actor Armando Caldas estreou-se como actor profissional na peça «O Mentiroso», levada à cena no Teatro Avenida (em 1958) e integrou no ano seguinte o Teatro Nacional Popular, de Ribeirinho. Ao longo da sua carreira, Armando Caldas fez parte, fundou ou dirigiu outros grupos de teatro como o Teatro Moderno de Lisboa (o primeiro grupo de teatro independente em Portugal), o 1º Acto - Clube de Teatro, A Barraca e o Intervalo. Entre os autores encenados por Armando Caldas contam-se Dostoiévski, Strindberg; Adamov, Steinbeck, Shakespeare, José Cardoso Pires, Luiz Francisco Rebello, Anouilh, Garrett, Gil Vicente, Brecht, Feydeau, Labiche, Lorca, Ibsen, Marivaux, Woody Allen, Beaumarchais e Miguel Torga, entre muitos outros. No Rádio Clube Português produziu e realizou, juntamente com Rogério Paulo, o programa «Teatro Livre».

Carlos Porto
Escritor, tradutor, crítico de teatro, Carlos Porto – nascido no Porto, em 1930 – iniciou a sua carreira como crítico em 1958, no quinzenário A Planície, em Moura. E, ao longo da sua vida, escreveu textos sobre teatro para o Diário de Lisboa, Flama, Notícia, Vida Mundial, O Ponto e a RDP. Coordenou a secção portuguesa das obras «Escenario de dos mundos» e «Dictionnaire Encyclopedique de Theatre» e foi o responsável pela secção de teatro da «Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira». Editou os livros «10 anos de Teatro e Cinema em Portugal (1974/1984)» (em parceria com Salvato Telles de Menezes), «Fábrica Sensível» e «FITEI - Pátria do Teatro de Expressão Ibérica». Assinou a dramaturgia e/ou versões de peças de Yannis Ritsos, Anton Tchekov e Antonio Skarmeta.

Jorge Listopad
Nascido em Praga (na actual República Checa), em 1921, Jorge Listopad doutorou-se em Filosofia pela Universidade Carolinum (Praga) e está radicado em Portugal desde os anos 50. Escritor, encenador de teatro, realizador de televisão, crítico e professor, Jorge Listopad é autor de cerca de quarenta livros de prosa, poesia e ensaio escritos em várias línguas, encenou cerca de sessenta peças de teatro e óperas em vários países da Europa e realizou inúmeros programas televisivos para a RTP e a ORTF. Presidiu à Comissão Instaladora da Escola Superior de Teatro e Cinema e foi director da Sala Experimental do Teatro Nacional D.Maria II. Foi condecorado com uma medalha militar checa pelo seu empenho na luta contra a ocupação nazi no seu país de origem, onde também foi agraciado com o Prémio Jaroslav Seifert, o mais importante prémio literário checo, pelo seu livro de poesia «Rosa definitiva».

Leandro Vale
Homem do Teatro e da Rádio, Leandro Vale (nascido em Travanca de Lagos, em 1940) foi, ao longo da sua carreira, produtor, encenador, actor, autor, animador. Iniciando-se no Teatro quando fundou o CITAC, em Coimbra, com apenas quinze anos, Leandro Vale dedicou toda a sua vida a esta arte. Com mais de 280 encenações, cerca de 150 peças representadas, mais de cem recitais de poesia, Leandro Vale esteve ligado a cerca de 60 grupos de teatro amadores e treze companhias profissionais. Foi o criador de festivais de teatro em Évora, Pombal, Carrazeda de Ansiães, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Velas e Moncorvo. Na rádio, trabalhou na Só Rádio (Porto), Rádio Placard e Rádio Brigantia, entre outras.

Miguel Barbosa
Escritor de livros policiais e também romancista, poeta e dramaturgo, pintor, paleontólogo e arqueólogo, Miguel Barbosa - nascido em Lisboa, em 1926 – é um «homem dos sete ofícios» que tem livros de poesia publicados em vários continentes e, nos policiais, prefere usar pseudónimos (como Rusty Brown ou Penha Brava), tendência que também manifesta quando publica livros infantis (sob o pseudónimo Mutea Bap Boca). A partir do seu espólio de paleontólogo vai nascer o Museu de História Natural de Sintra. Licenciado em Finanças, Miguel Barbosa publicou o seu primeiro livro, «Retalhos de Vida», há cinquenta anos.

Norberto Ávila
Dramaturgo, romancista, poeta e tradutor, Norberto Ávila – nascido em Angra do Heroísmo, em 1936 -, é autor de 27 peças de teatro. Na primeira metade dos anos 60 estudou na Universidade do Teatro das Nações, em paris. Fundou a revista Teatro em Movimento e, de 1974 a 1978, chefiou a Divisão de Teatro da Secretaria de Estado da Cultura. Escreveu peças – entre as quais se contam «O Homem que Caminhava sobre as Ondas», «O Servidor da Humanidade», «As Histórias de Hakim», «"A Ilha do Rei Sono» ou «As Cadeiras Celestes» - que já foram representadas por grupos de teatro portugueses como o Teatro Experimental do Porto, Teatro de Portalegre, Teatro da Trindade, Teatro Experimental de Cascais e Teatro Animação de Setúbal e, no estrangeiro, em países como a Alemanha, Áustria, Coreia do Sul, Croácia, Eslovénia, Espanha, Holanda, República Checa, Roménia, Sérvia e Suiça. Integra uma colecção alemã que inclui obras de Shakespeare, Fassbinder, Molière e Strindberg. Tem também publicados o romance «No Mais Profundo das Águas» e o livro de poesia «Percurso de Poeta».

  • Rádio

Raul Calado
Amante de jazz e de fado, Raul Calado – nascido em Lisboa, em 1931 -, licenciou-se em Ciências Geológicas mas a sua actividade principal ao longo da vida sempre foi a publicidade... Mas também a divulgação do seu maior amor musical, o jazz, ao qual dedicou sessões fonográficas, críticas na imprensa e emissões de rádio. Na viragem da década de 50 para a década de 60 fundou, ao lado de José Duarte, o Clube Universitário de Jazz.


Para mais informações, contactar:
SPA - Sociedade Portuguesa de Autores
Av. Duque de Loulé, 31 . 1069-153 Lisboa
Tel:   21.3594400
www.spautores.pt
 

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