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MUSEU FERROVIÁRIO DE LOUSADO

Equipamento cultural, considerado "o melhor do País" no sector dos caminhos-de-ferro, passa a ter gestão municipal. Câmara de Famalicão com plano para relançar Museu Ferroviário

Equipamento cultural, considerado "o melhor do País" no sector dos caminhos-de-ferro, passa a ter gestão municipal


Armindo Costa com Carlos Frazão, presidente Fundação Museu Ferroviário Nacional

Câmara de Famalicão com plano para relançar Museu Ferroviário

“A integração do Museu Ferroviário de Lousado na Rede Portuguesa de Museus será um objectivo estratégico do trabalho cultural, pedagógico e turístico que vamos desenvolver.”
Este foi o primeiro compromisso assumido pelo presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Armindo Costa, logo após a assinatura do protocolo de transferência para o Município de Vila Nova de Famalicão da gestão do Museu Ferroviário de Lousado e do Núcleo Museológico de Nine, que estavam sob a alçada da Fundação Museu Ferroviário Nacional, organismo que tem entre mãos a criação de um museu nacional do caminho-de-ferro, no Entroncamento.

Na cerimónia de assinatura do protocolo, que decorreu na passada sexta-feira, em Lousado, Armindo Costa disse ainda que “este é, sem dúvida, um passo importante na estruturação e na organização da rede de museus que Famalicão possui e que quer valorizar e projectar no país e além fronteiras”.

Considerado o museu do País "que melhor representa a museologia ferroviária nacional", como afirmou Carlos Frazão, presidente da Fundação Museu Ferroviário Nacional, o Museu de Lousado  é visitado por cerca de sete mil pessoas por ano, acolhendo muitos visitantes estrangeiros. Com a assinatura do protocolo, a Câmara de Famalicão assume não só a responsabilidade da gestão e funcionamento do Museu mas também de assegurar a coordenação técnica e a sua promoção.

Armindo Costa salientou que o Museu Ferroviário de Lousado “é um monumento vivo da história do caminho-de-ferro em Portugal, em todos os seus aspectos". E acrescentou: “O seu valor é incalculável, não só no ponto de vista patrimonial e museológico, mas também pelas potencialidades educativas, turísticas e culturais que possui.”

Por sua vez, o presidente da Fundação Museu Ferroviário Nacional salientou que o Museu Ferroviário de Lousado “é hoje o elemento que melhor representa a museologia ferroviária nacional”. Carlos Frazão explicou que a estratégia da Fundação é “devolver às autarquias os diferentes núcleos espalhados pelo país”.

Ao assumir a integração do Museu Ferroviário de Lousado na Rede Portuguesa de Museus como um objectivo estratégico, Armindo Costa, por seu lado, sublinhou que “esta não é uma tarefa exclusiva do município, mas uma obra de todos, destacando que “esta tem sido a nossa orientação e a base de trabalho que temos vindo a concretizar”. Neste sentido, o autarca explicou que “a par dos museus municipais, com o Museu de Camilo, o Museu da Indústria Têxtil, o Museu Bernardino Machado e a Casa-Museu Soledade Malvar, participamos na gestão do Museu da Guerra Colonial e estamos associados com a Fundação Arthur Cupertino de Miranda na criação do Centro de Estudos do Surrealismo”.

O Museu Ferroviário de Lousado que foi inaugurado em 2003, substituindo a secção museológica que abriu em 1980 ocupa uma área de 1400 metros quadrados e tem expostas várias relíquias, como fardas, ferramentas, mobiliário, dispositivos de sinalização e demais objectos associados aos comboios. Para além disso estão em exposição composições e locomotivas fabricadas por 15 construtores em seis países e que acabaram por ser adquiridas entre 1875 e 1965 por oito companhias que operavam em várias linhas portuguesas. É este acervo histórico e museológico que foi agora transferido da Fundação Museu Ferroviário Nacional para o município de Vila Nova de Famalicão.

 

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