A Câmara Municipal de Braga tem abertas as candidaturas o “Prémio Literário Maria Ondina Braga”, que, a título excepcional, assume como género desta edição o ensaio.

O Prémio Literário Maria Ondina Braga foi instituído em 2005 pelo Município de Braga com o intuito de desenvolver o gosto pela leitura e pela escrita e assim «honrar a memória desta insigne escritora, nascida e falecida na cidade e cuja obra representa um património da mais elevada importância para a cultura nacional e um grande motivo de orgulho para todos os bracarenses».

De periodicidade bienal, o prémio é consagrado à ficção e à poesia, géneros em que a patrona se notabilizou, mas, conforme foi definido no momento da sua criação, a edição de 2009 é dedicada ao ensaio, devendo os trabalhos versar obrigatoriamente sobre a vida e a obra da escritora.

A este prémio – que tem um valor pecuniário de 2500 euros – podem concorrer cidadãos nacionais ou estrangeiros, maiores e naturais ou residentes nos distritos de Braga e Viana do Castelo.

Para efeitos de concurso, o ensaio deve fazer «uma abordagem crítica do maior número de obras da autora», relevando «a forma como a experiência de vida marcou o seu próprio projecto literário, designadamente no quadro dos movimentos literários portugueses contemporâneos».

A investigação em causa não deve esquecer igualmente a contribuição de Ondina Braga para a difusão da cultura portuguesa no mundo e para a inovação literária.

O vencedor deste prémio é anunciado publicamente no contexto da evocação do Dia Mundial do Livro de 2009.

Os candidatos – que podem solicitar o regulamento ao Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Braga (Convento do Pópulo, 253 203 150) – devem apresentar os trabalhos sob pseudónimo, anexando-lhe em envelope fechado o processo de identificação.

O júri deste prémio é composto pelo Presidente da Câmara Municipal de Braga ou seu representante e por dois outros elementos indicados igualmente pelo Município.

Maria Ondina Braga nasceu em Braga em 1932, aqui concluiu os seus estudos secundários e aqui faleceu em 2003. Obteve formação superior em Inglês em Cambridge e em Francês em Paris, tendo dedicado grande parte da sua vida ao ensino, em Angola, Goa, Macau e no Instituto de Línguas Estrangeiras em Pequim. Colaborou com regularidade em páginas literárias de diversos jornais e revistas, nomeadamente na prestigiada “Colóquio/Letras”.

Foi, contudo, no domínio da produção literária que Ondina Braga consagrou o seu nome junto do grande público. “Eu Vim Para Ver a Terra”, “A China Fica ao Lado”, “Estátua de Sal”, “Amor e Morte”, “Os Rostos de Jano”, “A Revolta das Palavras” ou “Angústia em Pequim” são alguns dos títulos que lhe grangearam lugar de relevo no panorama da literatura contemporânea.