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ALUNOS POVOACENSES NO PARLAMENTO JOVEM
Decorreu no passado dia 14 de Janeiro, pelas 10 horas, no Auditório Municipal da Povoação mais uma sessão ao abrigo da iniciativa Parlamento Jovem, que reuniu dezenas de estudantes da Escola Básica e Secundária da Povoação em torno do tema “Energia Alternativas/Renováveis”.
Decorreu no passado dia 14 de Janeiro, pelas 10 horas, no Auditório Municipal da Povoação mais uma sessão ao abrigo da iniciativa Parlamento Jovem, que reuniu dezenas de estudantes da Escola Básica e Secundária da Povoação em torno do tema “Energia Alternativas/Renováveis”. Nesta sessão os jovens povoacenses apresentaram e debateram os trabalhos realizados, criando, assim, um grupo de trabalho final, a apresentar brevemente na Assembleia Legislativa Regional (ALR).
Aos iniciais dois grupos de trabalho juntaram-se outros dois, num total de 40 alunos, que participaram num processo democrático de eleição da comissão final de elaboração de um trabalho sobre as energias renováveis, a apresentar, então, na ALR. Chamados a trabalhar sobre o tema das energias renováveis, os alunos da Escola Básica e Secundária da Povoação responderam com entrega e dedicação, surpreendendo tanto os professores como o deputado José Manuel Bolieiro, para quem os alunos “surpreenderam pela positiva, entregando-se ao trabalho e mostrando real interesse nesta questão vital para o futuro deles próprios”.
Os alunos centraram-se nas questões de aplicação e exequibilidade das energias alternativas/renováveis, criando uma pequena comissão de estudo sobre este tema, tendo em conta os aspectos relacionados com a vertente económica; a vertente humana e a vertente da real aplicação destas energias. Questionados sobre se concordavam com as energias renováveis, os alunos elaboraram programas para a apresentação de medidas a tomar sobre a aplicação das energias renováveis, partindo de um diagnóstico da actual situação sobre este tema.
Para a professora Maria José Pereira, coordenadora deste projecto, “é de realçar a iniciativa dos alunos, sendo eles os únicos responsáveis pelas ideias aqui expostas. Foram eles entre si que debateram e chamaram os colegas para as reais preocupações dobre o meio ambiente. Foram eles que diagnosticaram os problemas da sociedade no que toca a energias renováveis, concluindo que existe a real necessidade de poupar e reduzir o uso de combustíveis fósseis, impulsionadores do efeito de estufa”, disse a docente.
Já de tarde, os alunos eleitos numa mini assembleia reuniram-se com o José Manuel Bolieiro para então discutirem as considerações finais, juntando as elações tiradas de todos os trabalhos, ficando essa comissão encarregue da elaboração de um documento final a apresentar na cidade da Horta.
José Manuel Bolieiro explica que “está a cargo dos próprios alunos o resultado final deste projecto, sendo que nos cabe orientá-los nesse sentido. Eles têm que saber que há certos obstáculos à imediata aplicação destas energias. Explicamos que as energias renováveis são um investimento a médio/longo prazo, apelando a que estes jovens não se esqueçam que há uma componente económica que não pode ser esquecida. Se formos comparar energias renováveis, teremos que ver a aplicação financeira mais vantajosa de umas sobre outras, tendo em conta sempre a relação custo/benefício”.
“Os alunos ganharam consciência para estes problemas, aprendendo que há a necessidade de aplicação destas energias consoante a região em que estamos, sendo que as energias renováveis nos Açores poderão ser diferentes das que são aplicáveis no continente. Penso que eles começam a perceber que há a necessidade de tornar a Região e o país autónomos no que à produção de energia diz respeito”, reiterou o deputado.
De igual forma foi explicado aos jovens alunos, por parte do deputado ali presente, que no caso doa Açores haveria a necessidade de considerar cada vez mais o mar como fonte inesgotável de energia, aplicando neste sentido, talvez, a mais importante e útil fonte de energia reutilizável no arquipélago, bem como em toda a costa portuguesa. “Há que ter em conta as vocações energéticas e não podemos descurar o mar como uma fonte muito importante nos Açores, no próprio país. Contudo, reitero, há que ter em conta a importância económica, a aplicabilidade destas energias e os resultados que trarão para a sociedade em geral, contribuindo para uma considerável melhoria do estilo de vida, da economia nacional e do desenvolvimento sustentável das nossas populações”.
Esta iniciativa é da responsabilidade conjunta do Ministério da Educação, da Assembleia da República, Direcção Regional da Educação e Direcção Regional da Juventude, que contou com a colaboração da Câmara Municipal da Povoação.