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DIA DE S. GONÇALO

S. Gonçalo abre, como habitualmente, o calendário das muitas romarias com que Gaia homenageia os seus padroeiros ao longo do ano.

S. Gonçalo
é o primeiro santo do ano

S. Gonçalo abre, como habitualmente, o calendário das muitas romarias com que Gaia homenageia os seus padroeiros ao longo do ano.

As comunidades ligadas ao mar e ao rio começam o mês de Janeiro em festa, com um dupla romaria aos santos padroeiros S. Gonçalo e S. Cristóvão.

Sendo a primeira festa do género a realizar-se em cada ano, ocorre no primeiro domingo após o dia 10, que é o Dia de S. Gonçalo. Ou seja, hoje mesmo é o dia do santo e a festa decorre já neste Domingo, respeitando um importante capítulo do património popular gaiense cujas origens são bem remotas.

Com efeito, esta romaria foi incorporando diferentes manifestações religiosas e populares, algumas já da Idade Média e outras mesmo de alguns séculos antes de Cristo. Percorrendo as ruas da cidade, tem como ponto fulcral a Igreja de Mafamude, onde existe um altar a S. Gonçalo, protector dos homens do mar, marinheiros e pescadores, santo das doenças dos ossos e também construtor de pontes.

Mas o cortejo contempla também a imagem de S. Cristóvão, o protector dos barqueiros do rio e por isso igualmente muito acarinhado pelas populações ribeirinhas de Gaia. E é ainda homenageado S. Roque que, em tempos idos, era o protector dos carpinteiros navais e calafates, tido também como protector contra a peste.

Seja como for, S. Gonçalo é que dá nome à romaria, tendo em conta as antigas tradições das actividades ligadas ao mar e ao rio em Gaia.

Como refere o Prof. Gonçalves Guimarães no livro “S. Gonçalo e S. Cristóvão”, publucado no ano passado pelo Pelouro da Cultura, Património e Turismo, a romaria começa com os Mareantes do Rio Douro, de Santa Marinha, e as Comissões Velha e Nova da Rasa, de Mafamude, a percorrerem as ruas da Cidade «como já os seus pais e avós faziam».

De resto, a ligação destas gentes a tais padroeiros era já óbvia por alturas de 1764, quando haveria em Santa Marinha cerca de 600 barqueiros e 160 marinheiros. E se as actividades por eles protegidas entraram em decadência um século mais tarde, não foram esquecidas pois que a romaria anual se encarrega de preservar tal memória.


Festa anual que honra S. Gonçalo e S. Cristóvão

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