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COMPANHIA DE TEATRO DO CAHPITÔ
A Companhia do Chapitô é a única companhia de teatro portuguesa a estar presente no Festival de Teatro Clássico de Mérida, com o espectáculo: “O Grande Criador”.
A Companhia do Chapitô é a única companhia de teatro portuguesa a estar presente no Festival de Teatro Clássico de Mérida, com o espectáculo: “O Grande Criador”. A apresentação é já dia 27 de Julho pelas 23h00 em Alcazaba.
Trata-se de uma aposta do Festival na modernidade, nas novas linguagens e na captação e formação de novos públicos.
A Companhia de Teatro do Chapitô é também a Companhia de Teatro Portuguesa que mais itinerância faz (em especial no território de “nuestros hermanos”).
O Grande Criador é uma criação colectiva da Companhia do Chapitô , com encenação de John Mowat, Interpretação de: Jorge Cruz, José Carlos Garcia, Rui Rebelo e Música de Rui Rebelo
O GRANDE CRIADOR
Baseado em vários episódios da Bíblia
• Deus criou Adão e Eva ou simplesmente os encontrou?
• Qual foi a maçã que a Eva comeu? Reineta, Golden, Starking, Bravo de Esmolfe?
• Os animais vão para o céu?
• Será que Darwin tinha razão?
• Será que a falta de espaço na arca de Noé foi a verdadeira causa da extinção dos dinossauros?
• Oração devota, bondade humana ou suborno. Qual destas qualidades fez com que Moisés se aproximasse de Deus?
• Terá sido Moisés um dos grandes alpinistas da sua geração?
• Qual a equipa de futebol de que Jesus era adepto? Jerusalém Giants ou Galilean Gladiators?
• A queda das penas do Arcanjo Gabriel deveu-se a um sacrifício supremo? Qual?
• Que método de caminhar sobre as águas utilizou Jesus para convencer os discípulos que era filho de Deus?
• Qual foi a especialização que Jesus escolheu durante o seu treino religioso? Discursar em público sobre experiências pessoais de âmbito religioso, milagres médicos avançados ou dança?
• E no que se refere a Buda?
Bem aventurados os que sem terem visto acreditam que o Grande Criador é uma comédia da Companhia do Chapitô. E em verdade vos digo que esta peça é baseada em vários episódios do Livro. A vós é dado a conhecer os mistérios de um Deus humanizado, confrontado com inúmeros problemas relativos à criação do mundo do Homem e da sua evolução, numa constante busca pelo perfeccionismo.
Perdoai-nos, pois nós não sabemos o que fazemos e quem nunca errou
que atire a primeira pedra.
Alegrai-vos porque será grande a vossa recompensa.
I - A Criação
II - A Arca de Noé
III - Moisés e os 10 Mandamentos
IV - O Nascimento de Jesus
V - O treino religioso de Jesus
VI - Última Ceia
VII - Crucificação
VIII – Apocalipse
COMPANHIA DO CHAPITÔ
Criada em 1996, a Companhia do Chapitô tem como objectivo solidificar uma linguagem artística própria, articulando o teatro com a música, a dança, o movimento e diferentes técnicas circenses.
Tem trabalhado desde 1998 com o encenador inglês John Mowat no apuramento da linguagem do Teatro do Gesto, sendo a única companhia portuguesa dedicada a esta técnica teatral.
Nos últimos 9 anos a Companhia pôs em cena 22 peças originais, tendo algumas das quais participado em vários festivais nacionais e internacionais, desde o Brasil até ao Irão passando por França, Espanha, Itália e Eslováquia.
Em 2004, a Companhia do Chapitô realizou, em Portugal e no Estrangeiro, um total de 71 espectáculos, 6 workshops e 2 grandes acções de formação no Zoomarine de Albufeira e em Stª Maria da Feira onde fez a direcção artística da Viagem Medieval, tendo atingindo um público de cerca 8000 pessoas, com uma média de idades compreendida entre os 15 e os 50 anos.
É de salientar o reconhecimento da peça “D. Quixote” (e dos seus actores) pelo jornal Blitz, como uma das 18 melhores a nível nacional, em 2003 e a premiação do espectáculo “Talvez Camões” como Melhor Espectáculo de Sala na VIII Feria de Teatro Castilla y León en Ciudad Rodrigo, Espanha, em 2005.
O seu programa anual é de cerca de 70 apresentações, entre a Tenda do Chapitô e digressões a nível nacional e internacional (festivais, bienais e autarquias).
Paralelamente a Companhia desenvolve uma importante actividade a nível da formação e divulgação da técnica do Teatro do Gesto em diferentes autarquias do país promovendo a criação de novos públicos.
FILOSOFIA
No percurso feito pela Companhia do Chapitô, temos com alguma frequência recorrido a textos clássicos. Sentimos que estes se tornam numa fonte de inspiração inesgotável, jogando com todas as referências culturais do mundo ocidental.
Pretendemos que a comédia clownesca corresponda directamente ao jogo, à brincadeira, ao riso e à capacidade de usar o texto para criticar a nossa realidade física e social. Compreendemos o riso como uma ferramenta social fornecendo condições perfeitas para criticar o nosso próprio mundo, quer através do recurso a situações cómicas por vezes grotescas, fársicas, absurdas, negras, burlescas, clownescas ou mesmo circenses. Procuramos promover através do Teatro uma Educação pelo divertimento.
Em relação à cenografia optamos por trazer à cena o mínimo de elementos.
Nessa quase ausência de cenografia, a imaginação do público e dos actores ganha total liberdade. Queremos que todos os elementos cénicos nasçam desse conjunto de improvisações, onde não existe a necessidade de construir elaboradas cenografias e onde a concepção cenográfica ajude a criar a ideia de um lugar imaginário, que é apropriado pelos actores.
A busca da cumplicidade com o público é também uma constante no trabalho da Companhia, quer através da criação de momentos, no decorrer dos espectáculos, onde se estabelece o jogo directo com a plateia, quer através da utilização de uma linguagem teatral bastante gestualizada.
A companhia tem apostado fortemente numa política de itinerância dos seus espectáculos, divulgando-os nacional e internacionalmente. Levamos o Teatro a um grupo etário mais jovem que representa amplamente o nosso público-alvo, cumprindo um dos objectivos que nos propomos, a formação e a captação de novos públicos.
Procuramos, desta forma, com o trabalho que temos vindo a desenvolver, criar uma forma teatral, capaz de quebrar barreiras impostas pela linguagem verbal. Inserimos grupos que geralmente são excluídos do acto teatral, como por exemplo a comunidade surda.
Através desta linguagem é lícito esperar que se forje um género de teatro mais universal, reinventando a comédia visual.
REPERTÓRIO
Desde a sua formação, a Companhia do Chapitô levou à cena 22 criações originais:
Os viajantes Malucos; Ele foi, contou e voltou; O meu cobertor é um tapete voador (1996) uma triologia encenada por António Pires
Fígados de Tigre o Melodrama dos Melodramas (1997) com encenação de Nuno Carinhas
Populus Absconsus - uma viagem imaginária ao reino de Preste João (1997) com encenação de Claude Crespin, do Cirque du Soleil
Os Irmãos Lenga-Lenga (1998); Água Vai (1997), Histórias Que Me Contaste Tu (2003); Na Casa da Dona Infortúnia (2005) com encenação de José Carlos Garcia
Momo (1999) encenação de Sandra Faleiro Banda Sonâmbula (1999) encenação colectiva a partir de uma ideia original de Fernando Mota
Os irmãos '4Darinnelli (1999) com encenação de Fernando Gomes
O Sorriso (2000) com encenação por Nuno Pino Custódio
Não Diga Nada (1998); Café (1999); Leonardo (2000); Romeu & Julieta (2001); D. Quixote (2002); Tartufo (2003); Talvez Camões (2004);
O Grande Criador (2005) com encenação de John Mowat
É Bom Boiar Na Banheira (2005) com encenação de Bruno Bravo