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MUNICÍPIO DE BRAGA E “TERRITÓRIO ARTES”
O Município de Braga elegeu a componente pedagógica, com a intenção de privilegiar a formação de novos públicos, como área de intervenção prioritária no âmbito da sua adesão ao “Programa Território Artes” promovido pelo Instituto das Artes / Ministério da Cultura.
Programa do Ministério da Cultura traz a Braga os espectáculos "A Herança Maldita" ("A Barraca"), "Pedro e o Lobo" (Orquestra Sinfónica Juvenil), "O Sonho da Princesa Clarice" (Companhia de Dança de Almada) e "Chupetas, Chuchas e Outras Coisas Pequerruchas" (“Os Papa-Léguas - Teatro de Animação”)
O Município de Braga elegeu a componente pedagógica, com a intenção de privilegiar a formação de novos públicos, como área de intervenção prioritária no âmbito da sua adesão ao “Programa Território Artes” promovido pelo Instituto das Artes / Ministério da Cultura.
Neste contexto, quatro eventos culturais vão consubstanciar a adesão de Braga a este programa, sendo que o primeiro – a dramatização “A Herança Maldita”, de Augusto Boal, pela companhia de teatro “A Barraca” – acontece já a 29 de Junho (21h30), no Theatro Circo.
Integrada no programa do “Mimarte 2007 - Festival de Teatro de Braga”, “A Herança Maldita” é encenada por Hélder Costa, tem Maria do Céu Guerra e João d’Ávila nos principais papéis e fala «das relações actuais, familiares ou não, totalmente dominadas pelo dinheiro», isto é, assume-me como «um “close-up” da ideologia económica neo-liberal que conduziu à globalização universal». |
Depois do teatro, é a vez da música, através da Orquestra Sinfónica Juvenil, que traz igualmente ao Theatro Circo, a 20 de Outubro, “Pedro e o Lobo”, de Prokofiev, e “Pastoral d’Été”, de Honegger, um concerto sob a direcção de Christopher Bochmann.
Fundada em 1973, a Orquestra Sinfónica Juvenil apresenta-se hoje como uma instituição fundamental no panorama musico-pedagógico nacional. Em permanente renovação, o seu repertório é bastante vasto – mais de 500 obras, abrangendo os séculos XVIII, XIX e XX – e conta nos seus quadros 90 elementos das diversas escolas de música da área de Lisboa. |
“O Sonho da Princesa Clarice” é outro espectáculo integrado no Programa Território Artes que a Companhia de Dança de Almada traz a Braga, desta feita a 24, 25 e 26 de Novembro, também ao Theatro Circo.
Dirigido a pais, crianças e outros educadores, “O Sonho da Princesa Clarice” envolve o público num «mundo encantado, que, para além da cor, música e personagens engraçadas, tem cheiro, sabor e pode-se tocar».
A Companhia de Dança de Almada é uma companhia profissional que iniciou as suas actividades em 1990, tendo realizado já mais de 500 espectáculos, vistos por cerca de 80.000 espectadores, no país e no estrangeiro. Sendo assumidamente uma companhia de repertório, tem como objectivo convidar coreógrafos nacionais e estrangeiros representativos de diferentes tendências da dança contemporânea.
Neste pacote de conteúdos culturais integrados no Território Artes, até final deste ano apresenta-se ainda em Braga a criação dramática “Chupetas, Chuchas e Outras Coisas Pequerruchas”, uma produção de “Os Papa-Léguas - Teatro de Animação” que sobe ao palco do Theatro Circo às 11h00 de 9 de Dezembro. É a história de um rapaz que se recusou a crescer e convida um amigo e duas amigas a um mergulho saboroso nas lengalengas, brincadeiras e memórias da infância.
“Os Papa-Léguas” é uma cooperativa de animação cultural constituída em 1976 por um grupo de adultos jovens com um elo comum – a arte e a educação –, que se dispôs a iniciar um projecto vocacionado sobretudo para a infância e para a juventude.
O Programa Território Artes corresponde a uma intervenção na área da descentralização das artes e da formação de públicos e sucede ao Programa Difusão das Artes do Espectáculo. É seu propósito promover a cobertura do território com um serviço cultural básico, no domínio das artes do espectáculo e das artes visuais, e o alargamento do mercado para as artes do espectáculo, integrando acções que visam criar condições para melhorar o acesso do cidadão aos bens culturais e que procuram a correcção de assimetrias regionais e desigualdades sociais.
A implementação do Programa Território Artes está associada a uma plataforma informática denominada Oficina Virtual, disponibilizada através da “Internet”, integrando três dimensões com desenvolvimento faseado: uma componente fundamental de gestão e disponibilização de informação, traduzida na constituição de directórios com informação relativa a câmaras municipais, espaços, produções artísticas e respectivas entidades fornecedoras; uma plataforma de contratação “on line” de espectáculos, ateliers e exposições, traduzida num módulo de agendamentos com base no funcionamento de uma bolsa de acções artísticas; e a contratualização de linhas de investimento prioritário, de acordo com os objectivos do programa, associadas à possibilidade de co-financiamento ao agendamento de produções no domínio das artes do espectáculo.
Até ao final do ano, decorrem neste contexto 887 espectáculos, ateliês e exposições, integradas no primeiro ciclo de programação do Território Artes/2007, acções promovidas por 77 municípios em parceria com o Ministério da Cultura, envolvendo a participação de 76 entidades artísticas.
A bolsa de produções do Território Artes integra neste momento 645 possibilidades de programação, incluindo espectáculos, ateliês e exposições, continuando aberta à admissão de novas produções e de entidades fornecedoras de produções artísticas.