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8ª EDIÇÃO DO PRÉMIO REVELAÇÃO MANUEL TEIXEIRA GOMES - VENCEDORES
A Câmara Municipal de Portimão promoveu, no passado mês de Novembro, a 8ª edição do Prémio Revelação Manuel Teixeira Gomes, concurso que tem como principal objectivo incentivar e dar a conhecer novos talentos na área literária.
A Câmara Municipal de Portimão promoveu, no passado mês de Novembro, a 8ª edição do Prémio Revelação Manuel Teixeira Gomes, concurso que tem como principal objectivo incentivar e dar a conhecer novos talentos na área literária.
Este ano foram admitidos a concurso sessenta e cinco trabalhos, tendo sido posteriormente apreciados por um Júri constituído por Casimiro de Brito, J.J. Dias Marques e José Alberto Quaresma.
Após uma pré selecção de seis textos, o Júri decidiu atribuir o Prémio Revelação Manuel Teixeira Gomes à obra “Nem por Sonhos”, assinado com o pseudónimo E.S Tagino.
A novela “Nem por sonhos” narra, pela voz do seu protagonista, cenas da vida de um fiscal das Finanças, desterrado numa cidadezinha de província. Trata-se de uma localidade aparentemente banal, em que convivem personagens próprias do chamado realismo mágico. Destas, o júri dá destaque ao psiquiatra (que mais adequadamente se poderia chamar psicanalista), o qual, consultado pelo herói, adopta como terapia uma sesta diária deste e do próprio clínico, em divãs paralelos. De acordo com o júri, o leitor é também “atraído pelas complicadas relações amorosas que o fiscal, espécie de don juan involuntário, vai estabelecendo com três mulheres, enquanto se tenta libertar da obsessiva recordação de uma estranha figura feminina, que entreviu uma única vez. A história é servida por uma linguagem original, com propr.iedade vocabular e frequentes traços de fino humor”.
O Júri deliberou ainda atribuir uma Menção Honrosa ao trabalho “e-medo”, assinado com o pseudónimo Lolita Implicada, uma novela que “retrata o quotidiano vivido por uma mãe, acompanhada da sua filha de um mês, numa casa isolada no interior do país, comunicando permanentemente com o marido que está ausente no estrangeiro. É, como o título sugere, uma narrativa epistolar – como são agora as do nosso tempo, em mensagens instantâneas através da Internet –, de mistério e de suspense que se avolumam num crescendo de tensão, angústia e medo induzido pelo isolamento e pela atmosfera psicológica resultante do “regresso” fantasmagórico de vidas passadas que habitaram o mesmo espaço claustrofóbico. A linguagem coloquial, realista, sóbria, consegue transmitir de forma expressiva, sobretudo através da personagem principal, os sentimentos de solidão e de insulamento entre os indivíduos, apesar dos instrumentos de comunicação instantânea que têm à sua disposição”.
Os vencedores serão premiados com a publicação da 1ª edição da obra, estando o seu lançamento previsto por ocasião das comemorações do 25 de Abril.