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"BRACARA AUGUSTA"

O Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Braga apresentou no dia 8 de Fevereiro, mais um número de “Bracara Augusta”, revista cultural de carácter arquivístico e erudito, que, com esta edição, alcança os 119 números, repartidos em 51 volumes.

O Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Braga apresentou no dia 8 de Fevereiro, mais um número de “Bracara Augusta”, revista cultural de carácter arquivístico e erudito, que, com esta edição, alcança os 119 números, repartidos em 51 volumes.

O acto de apresentação – às 11h00, no salão nobre dos Paços do Concelho – registou a presença do Presidente do Executivo Municipal, Mesquita Machado, da Vereadora da Cultura, Ilda Carneiro, e do Director da “Bracara Augusta”, António Sousa Fernandes.

No texto de apresentação inserto neste volume, referente ao ano de 2003, Sousa Fernandes lembra a feliz proliferação de estudos sobre história local, investigações que trazem à luz aspectos relevantes e desconhecidos de personalidades, acontecimentos e contextos sociais que marcaram o passado e cujos contornos ainda hoje merecem destaque.

«É o que acontece com este número onde se inscrevem vários estudos resultantes de projectos de investigação», adianta o Director, lembrando, por exemplo, três artigos sobre a Idade Média: «o primeiro, de José Marques, sobre o Foral de Ponte de Lima (1126), outorgado por D. Teresa no final do seu governo, um período conturbado e marcado pelos tempos de mudança; um segundo, do mesmo autor, onde se descreve um conflito entre o oitavo Conde de Barcelos, D. Afonso e o Abade de Santa Cristina de Cervos, referente à jurisdição de determinadas terras – o interessante é que o abade ganhou a questão perante o rei, D. João I, que era o pai do Conde; um terceiro, de Justiniana Maciel, que procura pesquisar a origem, posição social e proveniência geográfica dos capitulares da sé de Braga entre 1245 e 1374».

O culto a Santa Marta no monte da Falperra, nos arredores de Braga, é também objecto de um longo estudo elaborado por Franklin Neiva Soares, abrangendo um período que vai do século VIII ao século XX e que visa também responder a uma disputa actual sobre limites geográficos de freguesias vizinhas que se arrogam jurisdição sobre esse espaço.

Outra personagem histórica a motivar estudo e sua publicação na “Bracara Augusta” é o Cardeal Saraiva, figura marcante da primeira metade do século XIX, tendo ocupado lugares de relevo na Ordem Beneditina, onde professou com o nome de D. frei Francisco de São Luís. Foi nessa condição que resolveu elaborar um catálogo sobre os escritores beneditinos da congregação portuguesa, documento inédito recuperado agora por Luís Oliveira Ramos.

As indústrias de Braga constituem uma secção permanente assegurada por Aurélio de Oliveira, que neste número descreve a indústria da seda sediada em Braga, que chegou a ter uma significativa expansão e exportação para fora da região.

O Bom Jesus no tempo do arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles é objecto de um estudo de Luís Costa, nele sobressaindo também o papel do engenheiro e arquitecto Villa-Lobos, a quem o arcebispo encarregou do projecto e superintendência da construção dos escadórios e da primeira igreja no século XVIII.

Este número, de 358 páginas, termina, como habitualmente, com a transcrição das actas camarárias, sob a responsabilidade de José Marques.

A “Revista Cultural de Regionalismo e História da Câmara Municipal de Braga” – dirigida, conforme referido, por António de Sousa Fernandes – tem um Conselho de Administração em que pontuam Luís António de Oliveira Ramos, Aurélio de Oliveira, José Marques, José Viriato Capela, Armando Malheiro e Franklin Neiva Soares, sendo coordenada pelo Pelouro da Cultura.

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