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BRAGA EVOCA DIA DO PADROEIRO

O Município de Braga aproveita a evocação de São Geraldo, padroeiro da cidade, a 5 de Dezembro, para agraciar publicamente algumas figuras da vida política e autárquica local, de acordo com uma deliberação nesse sentido hoje (30 de Novembro) tomada por unanimidade.

Município atribui condecorações no Dia de São Geraldo (5 de Dezembro)

O Município de Braga aproveita a evocação de São Geraldo, padroeiro da cidade, a 5 de Dezembro, para agraciar publicamente algumas figuras da vida política e autárquica local, de acordo com uma deliberação nesse sentido hoje (30 de Novembro) tomada por unanimidade.

Assim, em cerimónia pública a realizar nesse dia (terça-feira), às 17h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o Presidente do Executivo Municipal procede à aposição de várias condecorações municipais, designadamente da “Medalha de Ouro - Grau Ouro” a António de Sousa Fernandes, sacerdote católico e académico que exerceu a presidência da Assembleia Municipal de Braga durante vários mandatos, até Outubro de 2005.

A “Medalha de Mérito - Grau Ouro” é, por seu turno, atribuída à Casa do Professor, instituição de utilidade pública com trabalho exemplar em prol da classe profissional que serve, bem como a um conjunto de autarcas e ex-autarcas, em que pontuam António Fernando Carvalho da Cunha, António Neto Gouveia, Carlos Alberto Pereira da Silva, Ilídio Ferreira Vilaça, Jorge Eduardo Carvalho Gomes, José Alves Veloso, José Costa Ferreira, José Fernandes da Cunha, Manuel António Gomes Pinto, Manuel Dias Duarte, Manuel Gomes de Oliveira, Manuel Matos Basto e Jaime de Carvalho Lemos, este último a título póstumo.

Igualmente a título póstumo, foi deliberada a atribuição da “Medalha de Mérito - Grau Prata” a Maria da Assunção Jácome de Vasconcelos Chaves, que então será entregue a seu representante.

A “Medalha Municipal de Bons Serviços - Grau Ouro” vai ser também entregue a representante de Pedro Miguel Feio Soares de Azevedo, jovem arquitecto dos quadros municipais recentemente falecido.

A par deste acto público, o dia do padroeiro é assinalado com a celebração da eucaristia, na Sé, às 18h00, cerimónia a que preside o Arcebispo Primaz e a que se segue o acto de veneração de São Geraldo, na capela que lhe é dedicada no Claustro de Santo Amaro, na catedral.

Neste contexto, realiza-se ainda um jantar para autarcas e membros do Cabido Metropolitano de Braga, que obriga a prévia inscrição junto da organização.

Conforme referido, São Geraldo é evocado numa capela situada junto à fachada norte da Sé de Braga e uma das particularidades deste dia é a ornamentação dos seus altares com a fruta da época, alusiva a um milagre que lhe é atribuído.

Outra das particularidades, com raízes certamente mais recentes, é a oferta, no acto de veneração, de um cesto de fruta por parte do Arcebispo Primaz ao Presidente da Câmara Municipal.

Nascido de família nobre, Geraldo era natural da diocese de Cahors (França), tendo professado na Abadia de Moissac. Foi visitador de mosteiros de obediência desta localidade e chantre da sé de Toledo. Eleito bibliotecário do mosteiro, tal o seu fervor pela leitura, dedicou-se ao ensino dos monges menos instruídos, tanto na música como nas artes.

Nas reuniões capitulares distinguia-se pela sua eloquência e erudição, desde logo porque era versado em gramática, cujo exercício regia doutamente.

Eleito para a sé de Braga, foi sagrado em Sahagum pelo arcebispo de Toledo D. Bernardo, que ao mesmo tempo desempenhava as funções de legado apostólico.

Em Abril de 1096, Geraldo encontra-se já em Braga, governando a diocese e fazendo todos os esforços para engrandecer a Igreja local, de que é testemunho o facto de ter conseguido do papa Pascoal II a dignidade de Braga como Metrópole da Galiza.

A sua acção em prol do engrandecimento da Igreja bracarense registou sempre o apoio do conde D. Henrique, então titular do Condado Portucalense, sendo vários os relatos que o implicam nas circunstâncias que haviam de favorecer a fundação de Portugal. É com base nessa intervenção “política” que chegou até nós a informação de que terá sido precisamente o primeiro arcebispo metropolita a baptizar o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques.

Geraldo terá morrido no concelho de Vila Pouca de Aguiar, quando, em Dezembro de 1108, por lá andava em visita pastoral. Foi então trazido para Braga e sepultado na capela que edificara em honra de São Nicolau, junto da Sé.

Cedo foi organizado o seu processo de canonização e, em fins do século XII, aparece já como padroeiro da diocese que eficazmente governara.

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